TOP 10 MELHORES HISTÓRIAS DO QUARTETO FANTÁSTICO (JOHN BYRNE)

 


TOP 10 MELHORES HISTÓRIAS DO QUARTETO FANTÁSTICO (JOHN BYRNE)

 

A fase de Stan Lee e Jack Kirby nas Quarteto Fantástico é uma das fases mais importantes e influentes na editora. Além de ter sido o começo do Quarteto nas hqs, foi também o que marcou a ascensão da Marvel no mundo dos quadrinhos na Era Prata. Após a saída de Stan Lee e Jack Kirby, muitos roteiristas que os sucederam tentaram em vão replicar a qualidade das histórias da dupla, resultando em edições bem mais ou menos.

 


Contudo, as coisas mudaram na década de 80, quando as histórias do Quarteto foram assumidas pelo roteirista/artista John Byrne. Tendo sido inspirado por Jack Kirby em seus trabalhos artísticos, Byrne ficou 6 anos escrevendo o que muitos fãs considerando a segunda era de ouro do Quarteto nas hqs, tendo pego vários conceitos estabelecidos pelo Lee e Kirby e elevado eles para o próximo nível, criando histórias novas e emocionantes da primeira família da Marvel. Mas quais histórias foram essas? Quais edições na fase do Byrne foram as mais bem escritas, tiveram melhores momentos e deram melhor destaque para os personagens?

 


Para responder essas perguntas... eis o meu top 10 melhores histórias do Quarteto Fantástico de John Byrne:

 

10) Homem e Super Homem/ X-factor (Quarteto Fantástico vol 1 249 e 250)

 




Antes de trabalhar com o Quarteto Fantástico, Byrne fez dupla com o escritor Chris Claremont na hq dos X-men, tendo desenhado várias histórias icônicas dos personagens como a Saga da Fênix Negra e os Dias de um Futuro Esquecido. Não sendo surpresa, ele teve os filhos do átomo tendo uns crossovers com a família marvel. Num desses primeiros encontros, os X-men ajudaram o Quarteto numa luta contra o Gladiador, o membro mais poderoso da Guarda Imperial Shiar (e uma parodia do Superman da DC), que está sendo manipulado pelos Skrulls.

 


A história é pura cena de ação, cheio de momentos de suspense e twists bem construídos, com destaque para forma como Reed descobre a fraqueza do Gladiador, provando-se mais uma vez como o cara mais inteligente do universo Marvel.

 

9) Êxodo (Quarteto Fantástico vol 1 240)

 


Outros aliados do Quarteto são os Inumanos, uma raça de seres super poderosos que vivem escondidos na cidade de Attilan. Apesar de viverem na Terra por muito tempo, o grupo passou por apuros quando a atmosfera da Terra se tornou insustentável para eles. Com Crystal, a mais jovem da família real, preste a dar luz, os Inumanos entram em contato com o Quarteto para ajudá-los e Reed arma um de seus planos mais ousados de todos: Transportar Attilan para fora da atmosfera da Terra. O resultado desse plano é um dos momentos mais épicos na história do Quarteto assim como uma das mudanças mais importantes no status quo dos Inumanos.

 


Apesar de não ser a primeira no meu top, essa hq é um excelente representação do que torna as hqs do Quarteto tão especiais: São histórias de aventura e momentos grandiosos (Attilan deixando a Terra) combinados com drama de familia, que humaniza os personagens e os tornam relacionáveis (Crystal dando luz a sua filha)

 

8) O arco do Microverso (Quarteto Fantástico vol 1 280 a 284)

 


Dos membros do Quarteto, a Mulher Invisível foi quem teve o maior desenvolvimento nas histórias do grupo. Ela foi de um típico estereotipo de "mocinha dos anos 60" para uma heroína independente, corajosa e uma figura materna do Quarteto. Contudo, foi John Byrne quem deu o maior empurrão na personagem para um ambiente ainda mais sombrio.

 

Após sofrer aborto, a coitada teve sua mente manipulada pelo Psycho man, que a fez atacar sua própria família. Mesmo com Reed libertando ela, Sue chegou ao seu limite e, junto do Quarteto, ela vai para o Microverso atrás do responsável pro ter mexido com sua mente.

 


É com certeza uma das histórias mais sombrias do Quarteto Fantástico, que explora o lado sombrio da Sue e sua jornada emocional para superar as cicatrizes deixadas pela experiência,  o que resulta na sua evolução numa das melhores heroínas da Marvel.

 

7) Muitos Destinos/ Esta terra é minha!(Quarteto Fantástico vol 1 246 e 247)

 


Difícil fazer um top desses sem ter uma história do Quarteto com o Dr Destino, o meu vilão favorito de todas hqs. O que torna essa história tão especial não é o fato do Quarteto confrontar o Destino, mas sim eles trabalharem juntos com o vilão.

 

Após serem capturados pelo vilão, Reed e sua família são obrigados a se unirem ao Destino para ajudá-lo a recuperar sua posição como rei de Latvéria. Apesar de se recusarem no inicio, os heróis ficam chocados ao perceberem que o novo soberano é um tirano opressor muito pior que Destino. Isso os coloca diante um dilema: Eles devem ajudar seu inimigo a recuperar o trono de Latvéria ou devem deixar que o povo sofra nas mãos de outro ditador?

 


Apesar da motivação de dominar o mundo ser clichê, mas o roteiro de Byrne dá muita profundidade a esse conceito através do respeito que Destino tem da população de Latvéria apesar de ser um soberano inescrupuloso, e a forma como ele melhorou as condições do país, fazendo até mesmo nós leitores considera a possibilidade do mundo se tornar um lugar melhor sob a liderança do Dr Destino.

 

 

6) Inferno (Quarteto Fantástico vol 1 263 e 264)

 


Outro vilão que chegou a trabalhar junto com o Quarteto nessa fase memorável do Byrne foi o Toupeira, o primeiro inimigo da família Marvel. Nessa aventura, ele se encontra com o Coisa, quando esse estava tentando salvar o Tocha Humana, que tinha sido capturado pelo milionário Alden Maas, cujo plano envolve usar o poder do prisioneiro aquecer o núcleo da Terra, acreditando que isso irá "separar os continentes e criar mais espaço para o aumento populacional". Visto que o projeto de Maas ameaça seu reino subterrâneo, o Toupeira se une ao seu inimigo para juntos impedirem a loucura do ricaço.

 

Apesar de ser visto como um vilão bobo para alguns, histórias ajudam a humanizar o Toupeira, mostrando-o não como o típico vilão que quer conquistar a superfície, mas um homem incompreendido, que deseja ser livre da opressão do povo da superfície.

 


O fato dele trabalhar com Coisa é outro detalhe genial, visto que, de todos os membros do Quarteto, o Coisa consegue se conectar com o Toupeira, visto que ele também tem dificuldade de conviver com outros devido a sua aparência.

 

5) Terrax, o indomável/A Terra sobreviverá /Os começos e os finais (Quarteto Fantástico vol 1 242 a 244)

 


Depois de sua estréia na obra prima que é a "A trilogia de Galactus", o Devorador de mundos se tornou um vilão que muitos escritores tentaram trazer de volta nas hqs, as vezes como um vilão e outras como um "aliado" dos heróis. No entanto, nenhuma de suas aparições  chegou a replicar o sucesso da saga do Stan Lee e Jack Kirby... até Byrne cria esse arco que não é só tão bom quanto a trilogia  original mas até melhor. A trama foca-se no Quarteto sendo contatados pelo violento Terrax, o novo arauto de Galactus, que toma toda Nova York como refém para forçar os heróis a se unirem a ele num plano para matar seu mestre. Se recusando a agir nos termos do vilão, Reed e sua família enganam o vilão e se juntam ao Galactus para salvar sua cidade. No entanto, até mesmo o Devorador de Mundos pode se mostrar não tão confiável.

 


Esse arco é definitivamente uma sequência da trilogia de Galactus, pegando vários elementos estabelecidos por Kirby e elevando eles para o próximo nivel, criando uma aventura cheia de ação, twists, traições, participações especiais e um final bem impactante, com Reed tomando uma decisão que lhe trará sérias consequências no futuro.

 

4) Interlúdio (Quarteto Fantástico vol 1 258)]

 


Eis uma pergunta que muitos fãs poucas vezes fazem: O que um vilão faz no seu dia a dia? Quais são suas atividades quando ele não está batendo nos heróis ou armando algum esquema diabólico? Parece que Byrne pensou nessa questão e o resultado foi essa história divertida do Doutor Destino, mostrando o inimigo de Reed se restabelecendo como soberano de Latvéria, com o foco sendo dado a suas atividades do dia-a-dia e suas interações com seus súditos. Claro que essa história pode parecer filler de anime, mas o carisma do Destino e a narrativa fazem dessa hq uma história bem divertida que humaniza o Destino, mostrando sua vida além de lutar contra o Quarteto.

 


Sem falar que essa história abordar a relação de Victor com  Kirstoff Vernard, um garoto que ele adotou, e a interação dois mostra o contraste entre o vilão e Reed Richards em relação a forma como os dois tratam suas famílias.

 

3) Herói (Quarteto Fantástico vol 1 285)

 


Sendo fãs de quadrinhos e super heróis, todos tivemos aquele sonho de querer ser como nossos ídolos e ter suas habilidades. Mas tudo tem  limites, como demonstrado nessa edição, onde Tocha Humana descobre que um de seus fãs, um garoto chamado Tommy Hanson, morreu ao incendiar seu próprio corpo, querendo ser igual ao seu herói. O fato arrasa com Johnny, que se culpa pela morte de Tommy, achando que ele foi uma má influência. No entanto, é por meio de um encontro com Beyonder, que o jovem herói percebe que ele pode ter sido algo muito mais importante na vida de Tommy.

 

Em geral, quadrinhos são ficção, com elementos fantasiosos e criados da imaginação de alguém, mas isso não significa que eles sejam completamente desconectados da realidade. Nessa história Byrne toca na influência tem em nós leitores e como eles podem afetar nossa vida, tanto de forma negativa quanto positiva. É fácil culpar o Tocha e o que ele representa pela decisão do Tommy porém a história apresenta a vida do garoto, mostrando como fatores exteriores são capazes de converter sua admiração por uma obsessão.

 


Ter o foco sendo no Tocha Humana, o membro mais exibido e descontraído do Quarteto, foi uma sacada genial para tornar o choque de realidade ainda mais impactante, com os leitores estão tão surpreendidos quanto Johnny e entendo o estado emocional do herói. Isso também ajuda a mostrar o desenvolvimento do Johnny Storm, revelando como no fundo ele se importa com as pessoas e é capaz de tomar responsabilidade por seus atos quando eles vão longe demais.

 

2) O Julgamento de Reed Richards (Quarteto Fantástico vol 1 262)

 


Lembram que eu falei que no arco do Galactus o Reed tomou uma decisão que teria sérias consequências no futuro? Pois é, essa edição mostrar Reed sendo preso pelos Shiar e colocado em julgamento perante todos os seres do universo que culpam o cientista de ter poupado a vida de Galactus, que destruiu o planeta dos Skrulls, matando milhares de vidas.

 


Com uma participação de vários seres cósmicos da Marvel, assim como uma aparição especial do próprio John Byrne, essa história é um debate fascinante  sobre Galactus e o que ele representa para o universo Marvel. Ela também explora bem a humanidade o Reed Richards, que, mesmo após ver o resultado que seu ato teve nos Skrulls, mesmo sendo criticado pelos seres cósmicos pelo efeito negativo de sua decisão de poupar uma vida, ele defende que salvar Galactus foi a coisa certa, vendo sua compaixão não como uma falha mas como sua força.

 

 

1) Terror numa pequena cidade (Quarteto Fantástico vol 1 236)

 


Uma das aventuras mais importantes do Quarteto foi a sua viagem ao espaço onde eles sofreram um acidente com raios cósmicos que os transformaram nos heróis. Mas o que aconteceria se eles não tivessem ido naquela missão? E se todas suas aventuras até agora não passassem de um sonho? Essas são as perguntas que Reed fez ao despertar numa cidade do interior americano. Ele e seus amigos não tem poderes e todos tem uma vida normal e feliz. No entanto, conforme as memórias vão voltando para Reed e seus amigos, eles vão percebendo que as coisas não o que parecem.

 


Embora o conceito de uma falsa realidade não seja nada novo, o roteiro de Byrne realmente atrai a atenção do publico, não só pelo mistério bem construído mas também pela reação do Quarteto ao descobrir a verdade por trás da cidade e o questionamento que eles se encontram, se devem se libertar daquele mundo, sabendo que isso custará a vida feliz que eles tem. Esse dilema é perfeitamente representado pelo Coisa, que teria que abrir mão de sua aparência humana para poder escapar da cidade.

 

Quando foram criados por Stan Lee e Jack Kirby, a ideia por trás do Quarteto (e os heróis Marvel em geral) era deles serem personagens humanizados, pessoas com incríveis poderes mas problemas relacionáveis, que fazem a coisa certa mesmo que isso afete sua vida pessoal. Essa hq perfeitamente representa essa essência dos heróis da Marvel assim como a temática sobre família presente nas histórias do Quarteto, demonstrando como John Byrne é um verdadeiro sucessor de Lee e Kirby e o que torna sua fase no Quarteto simplesmente... fantástica.

Então é isso, Quais histórias do Quarteto Fantástico do Byrne são suas favoritas? Sintam-se a vontade para colocar suas opiniões e ideias nos comentários abaixo...




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