Sinopse: Em Mortal Kombat, o lutador de MMA Cole
Young, acostumado a apanhar por dinheiro, não faz ideia da herança que carrega
- ou por que o Imperador da Exoterra, Shang Tsung, enviou seu melhor guerreiro,
Sub-Zero, um criomancer de outro mundo, para exterminar Cole. Temendo pela
segurança de sua família, Cole sai em busca de Sonya Blade por recomendação de Jax, um major das
Forças Especiais que tem a mesma estranha marca de nascença na forma de dragão
que Cole. Logo, ele se encontra no templo do Lorde Raiden, um Deus Ancião e
protetor do reino da Terra, que acolhe aqueles que ostentam a marca. Lá, Cole
treina com os experientes guerreiros Liu Kang, Kung Lao e o mercenário
vigarista Kano, à medida que se prepara para enfrentar, ao lado dos maiores
campeões da Terra, inimigos oriundos da Exoterra em uma arriscada batalha pelo
universo. Contudo, será que ele treinará o bastante para desbloquear sua arcana
- o imenso poder que existe dentro de sua alma – a tempo não só de salvar sua
família, mas também de vencer a Exoterra de uma vez por todas?
Como eu poderia começar... É um filme a meu ver complicado de se ter uma opinião sólida, e levando em consideração que aqui a minha opinião pessoal reina eu vou me dividir em o que achei e o que é, e assim: Mortal Kombat 2021 é uma bosta, porém, se você vai até o filme sabendo disso pode acabar se entretendo.
A direção de Simon McQuoid não é das melhores (mesmo que bem feita ao meu ver e até coerente com o roteiro fedorento que teve que trabalhar) e o roteiro do filme escrito por Greg Russo deixar muito a desejar sendo o
filme todo corrido, mal explicado e expositivo. A apresentação dos personagens
se soma ao simples motivo de haver lutas, para mover a trama para mais lutas
com a finalidade de acabar em lutas, e nisso o filme se perde com muitos
personagens tão vagamente expostos em tela que cada um deles parece uma tábua
de passar roupa de tão fracos de personalidade, um ou outro se salva graças ao
seu carisma de ator e coisas assim.
O filme literalmente tenta se manter na base
da pancadaria, e acaba deixando maior tempo de tela ao personagem menos
interessante (mesmo em lutas) ficar em cena, meio que sabotando a si mesmo,
pois Cole Young é um zé ninguém que se mantém um zé ninguém até o final do
filme, porém agora com os poderes de protagonismo tirados da bunda de roteiristas
preguiçosos, ao final de uma hora e meia ele fica fodão simplesmente porque
sim, como se o simples fato de estar num mundo onde tem fodões lutadores
explicasse o fato de ele virar um cara ‘poderoso o bastante para bater de
frente com o Goro’... Mas não! Só parece que a bola do Goro foi enchida como
uma espécie de propaganda enganosas para manter possíveis inimigos longes, e se
esse fosse o caso seria plausível, mas não é, então fica meio estranho sim e
por coisas assim a imersão no filme fica fraca deixando muito a desejar e as
incoesas do filme vão além com personagens agindo de modo controverso a dor ou
a situações praticamente iguais com reações divergentes (os mesmos personagens,
como se ele tivesse Alzheimer ou dupla personalidade). Você fica achando
estranho, e incomoda. O filme não se deixa levar a sério mesmo querendo fazer
você o achar sério.
Numa direção não tão boa (mesmo que
funcional) o gore funciona bem e as lutas são boas, bem coreografadas e
melhores que de muitos filmes de ação por ai, não há reclamações quanto à ação,
pois ela é muito boa e bem feita e com certeza é um dos pontos fortes do filme,
o que não o torna uma tralha completa e vira mais um no nível Godzilla vs Kong.
A muita criatividade no uso de poder dos
personagens, o figurino deles ficaram meio estranhos. Uns muito bons e outros
muito ruins, mas isso não prejudica em nada. O CGI é bem feito a meu ver e
mesmo com muita gente falando mal acho que esse não é o problema do filme, pois
na parte de pós-produção dele ficou realmente um bom trabalho, não é
esplendoroso, mas é bem feito e isso já é muito num filme com tantos problemas.
O sangue explicito foi ótimo já que é a alma
desse universo (imagine The boys family friend, não rola), mas mesmo assim o
senso de perigo não existe e o Mortal Kombat de fato (o torneio que devia
manter a tramam e que mantém até hoje nos jogos) nem acontece então meio que
você lá pela metade do filme só quer ver o circulo pegar fogo e terminar logo
de assistir a porra do filme vendo quem mata quem usando no fim das lutas as
frases típicas do jogo que você sente vergonha a leia assistindo (menos a do
Kano. A dele combinou muito com o jeito que ele é apresentado e com a
personalidade dele, o resto da vontade de desligar a tv).
A parte estética do filme: Cenários, efeitos especiais, som, fotografia é tudo bem feito e encaixado, o roteiro é meio chocho e a direção é condizente. Para um cara que dirigiu o seu primeiro longa metragem com o peso de uma franquia enorme não fez uma merda colossal já que no fim vem a parte sentimental em relação ao filme. Ele realmente queria que fosse um bom filme, e foi obrigado pela warner a por o Cole, o protagonista bundão. Tem amor no projeto, porém amor não enche barriga e esse foi o caso, mas para um primeiro trabalho ele fez um bom trabalho. O filme é, como eu disse, bem ruim, mas se você vai até ele sabendo disso, que não há profundidade e nem história pode acabar curtindo as fodasticas cenas de luta (que não decepcionam).
O filme começa de
maneira gloriosa (isso é inegável, e provavelmente esse início te mantem até o
fim, para ver a revanche que você sabe que vai acontecer). Vemos Hanzo e o Sub-Zero
antes de serem de fato eles numa luta espetacular onde o de azul mata o desfalecido
(Hanzo que perde ali sua esposa e filho pelo Sub-Zero) o que o leva a se tornar
o Scorpion. Ao fim da luta vem o Lord Raiden e leva o filho bebe que sobrou do
Scorpion, a linhagem que iria dar no Cole. Que fracasso... Ai os atores dos icônicos
personagens de gelo e fogo mandam super bem e são perfeitos no papel, o Raiden
é uma porcaria, é triste isso. O filme é lotado de personagens com atores
ruins, menos Kano que é extremamente bem interpretado e seu personagem é o
melhor do filme. Os atores que fizeram o papel Sub-Zero e Scorpion são ótimos,
mas parecem muito pouco no filme e com quase nada de diálogos e por isso não
tem também como haver erro neles, por outro lado Kano esta do início ao fim e
nunca falha (eu literalmente vi o filme até o final por causa dele, o único
personagem que realmente me cativou).
O em desenho animado do ano passado foi perfeito, podia continuar que eu ia adorar. É animação e tudo fica mais fácil, mas também mais difícil para uma sequência que sendo sincero é mais jogo de acontecer do que a desse filme. Vai saber né?
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