Trinta anos de o Estatuto da Criança e do Adolescente, o ECA, o Manual Prático de Formação do Delinquente Juvenil. Vinte e cinco anos da LDB, as Leis de Diretrizes e Bases do Ensino, a Cartilha Paulofreirista de Formação do Semianalfabeto, do "coitadinho", do "oprimido", da falsa inclusão e do blá-blá-blá verborrágico da pedagogia em substituição aos conteúdos científicos e acadêmicos de fato, o Português, a Matemática, a Química, a Física, a Biologia.
Vinte e cinco anos de Progressão Continuada, a promoção automática do vagabundo e do preguiçoso, sistema em que a simples presença - muitas vezes malcomportada e desrespeitosa - do aluno o capacita a "passar de ano", a ser promovido para a série seguinte. Vinte e cinco anos da oficialização e da valorização da vagabundagem escolar em detrimento do respeito, da disciplina e do afinco e da dedicação aos estudos.
E tudo!, tudo embasado "cientificamente" pelos pedagogos, educadores, teóricos de gabinete, sociólogos e toda a sorte de ideólogos da esquerda festiva, da esquerda caviar.
Logo, não foi preciso que tenhamos nos debruçado sobre o hermetismo de uma centúria de Nostradamus para prever o resultado colocado abaixo, publicado em manchete pelo portal G1 :
E ainda que fossem os resultados de um Saeb (não realizado) 2020, ainda que fossem. Os números apresentados pela reportagem, tabulados pela plataforma QEdu e divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), correspondem aos aproveitamentos de alunos que acabaram de concluir o terceiro e último ano do ensino médio, que passaram, no mínimo, doze anos na escola. Um único (por enquanto) ano de pandemia não dizimaria desta forma com a formação escolar dos onze anos pregressos. Se tivessem sido onze anos bem feitos, sérios.
Apenas 5% dos jovens adultos brasileiros com diploma de ensino médio sabem voltar ou conferir um troco. Apenas 5% dos jovens adultos brasileiros com diploma de ensino médio sabem decidir, por exemplo, se compensa pagar 10 reais por uma embalagem de 500g de um produto ou 6 reais por uma de 250g; que dirá, então, decidir acertadamente entre pagar R$ 1,89 por uma latinha de cerveja de 350 ml ou R$ 2,39 por um latão de 473 ml, cálculo tão necessário em nosso dia a dia. Apenas 5% dos jovens adultos brasileiros com diploma de ensino médio sabem, inclusive, o que significam 5%.
A cada ano, a escola pública desova no mercado tropas de jovens adultos condenados ao fracasso, jovens que, se derem sorte, terão ocupações profissionais que qualquer chimpanzé bem treinado poderia cumprir até mesmo com maior eficiência, uma vez que não estaria distraído com seu telefone celular enquanto trabalhasse. Jovens adultos que envelhecerão pulando de subemprego para subemprego. E felizinhos e satisfeitos da vida, sem nenhuma mágoa ou revolta por suas inaptidões, pois foram também condicionados socialmente nos bancos escolares a tomarem seus fracassos como uma grande realização pessoal. Ao estabelecer e impor que, nas salas de aula e nos materiais didáticos adotados, sejam trabalhados, enfocados e supervalorizados apenas temas "relevantes e sensíveis" ao cotidiano do aluno, a escola, depois de anos e anos martelando nesta tecla, acaba por convencê-lo de que aquele seu cotidiano de merda não só é bom como também desejável, o único que lhe é possível. E o sujeito fica conformadinho. Pelo resto da vida. Funciona melhor que um sistema oficial de castas.
"Apenas 5% dos alunos da rede pública terminam o ensino médio com conhecimentos adequados em Matemática".
Diante de um quadro tão negro e da total desvalorização do quadro-negro, só me resta dar os meus parabéns aos pedagogos, aos educadores, aos teóricos de gabinetes, aos sociólogos e aos demais ideólogos esquerdistas deste nosso Brasil dantes mais varonil.
Meus mais sinceros parabéns De verdade. Sem nenhum laivo de sarcasmo ou de ironia. Vocês venceram. Dou-lhes a minha cara a torcer e o meu braço a tapa. O aniquilação do Ensino Público não foi uma fatalidade : foi um projeto! Ainda o é. Ainda está em andamento. Parabéns, mesmo. Vocês tiveram pleno sucesso nos seus planos para o fracasso da educação pública.
Eles venceram. Os ideólogos da esquerda canalha venceram. Os políticos de esquerda foram derrotados nas urnas; por outro lado, os ideólogos vermelhos infiltrados na educação nunca lograram maior triunfo.
Os ideólogos da esquerda venceram, por exaltar e conferir vantagens constitucionais à preguiça em um país de índole naturalmente preguiçosa.
Eles venceram. E o sinal está fechado para vocês, que são jovens.
Fonte : Portal G1
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