Posto isso aqui como uma nota de esclarecimento.
Semana passada, um dos comentaristas mais odiados por muitos no Disqus, “Pedro – O Homem Sem Medo”, estava sendo detonado nos comentários do FM sobre “a Ellen Page” ter virado “O Elliot”.
“Aiinnn Ozy, eu odeio o Pedro, ele fica achando que ta
refutando as pessoas, acha que o mundo inteiro está errado e só ele certo. Acha
que todo mundo que discorda é progressista, não dá pra ter diálogo.”
Ok, campeão, em parte também acho isso, e sempre que posso
digo a ele. Vou repetir: Eu tenho críticas a ele e faço A ELE. Eu não chego em
outras postagens para ficar falando dos outros, (e se o faço, tenho ao menos a decência
de marcar o citado ou mandar um link para que este tome ciência) ainda mais em
postagens que quem está sendo citado não tem direito a resposta de qualquer
tipo, isso é de uma síndrome do pequeno poder absurda.
Não adianta ficarem todo dia fazendo palestrinhas na internet
sobre o quanto tem “gente tóxica” (aliás, odeio essa expressão, bem como outras
moderninhas que só tornam rasteiro qualquer assunto e promovem um falso monopólio
da virtude) se usam a pouca influência que tem para agirem assim.
Para os que estiverem lendo rápido ou já vierem aqui com uma sentença
feita, eu não endosso “Rambos de teclado”. Apesar de estar aqui como “anônimo”
(ainda que meu rosto e a cidade que moro nem sejam mais tão secretos assim) eu
prezo para que a conduta de cada pessoa na internet seja o mais próxima do que
ela aja na vida real. Pessoas que fazem ameaças a vida dos outros, tocam esse
tipo de terror, no fundo são fracotes que não diriam nada frente ao perseguido
se estivesse em sua presença física. Já me xingaram de muita coisa na internet,
alguns xingamentos que se fossem feitos pessoalmente, é provável que seriam respondidos
na porrada. Ou na justiça.
Se você, seja lá quem seja, engrossa hordas de cancelamentos
de pessoas, seja elas quem sejam, tiram a voz de adversários e ao final do dia
perguntam para a bolha se estão certos, sabendo que tudo o que vão escutar de
reposta é nada mais do que um eco das próprias vaidades, talvez seja melhor
avaliar mais o caminho escolhido. (Embora ter sempre razão pode ser uma droga
viciante, seja você um civil desconhecido ou o Olavo de Carvalho).
Vamos dar voz a QUASE todos. https://fmarvell.blogspot.com/2020/12/vamos-dar-voz-todos-entao.html |
Ou como diria o Millor (?):
“Democracia é quando eu mando em você. Ditadura é quando você
manda em mim.”
Após quase dez dias do ocorrido, Saitama ainda estava
incomodado em ter textos seus em “um lugar que permite que gente como o Pedro
possa comentar livremente”. Achei que fosse só algo de cabeça quente,
passageiro. Eu por exemplo fiquei puto por uns dois dias, mas depois segui
adiante. Não guardei raiva de Pedro, nem de Saitama, nem da Puta que pariu. A
vida é tão breve, e tem tanta coisa para ser resolvida... Entretanto, Saitama
quer é que tudo seja apagado.
Não acatei a ordem. Para mim, o que está feito, está feito.
Eu não embarco em fantasias de modelar a realidade de uma forma que ela pareça
como eu quero que ela seja, por me sentir especial. Por isso evito apagar
fotos, comentários, o que quer que seja. Assumir o que dizemos e sustentar
nossas posições é algo que nos torna autênticos e não apenas um totem de “tudo
o que há de bom” na visão das pessoas. A tag
do “escritor convidado” surgiu como uma forma de manter o blog movimentado
quando os demais membros não pudessem postar, e partilhar ótimos textos do
pessoal que vi por ai, muitos os quais escreviam ainda na comunidade do Disqus,
e apesar muitas vezes terem uma explosão momentânea de comentários, acabavam
logo sendo “esquecidos” pela brevidade da plataforma, que sempre inundava com
outros posts, até por fim ela acabar. Há também essa função de “arquivamento
público” para leitura futura de outros internautas. Fora que muitas vezes era
uma forma de exercitar minha tolerância e compreensão com pensamentos
contrários.
Sempre fiz questão de dar ênfase no autor, e onde ele possa
ser achado, até criei fichas para todo mundo, nunca gostei da forma sem
identidade que autores são muitas vezes colocados em grandes sites, como meras
formiguinhas trabalhadoras pouco diferente uma das outras carregando um enorme
logo nas costas. Sempre formatava tudo, reupava imagens, buscava outras,
tentava dar um acabamento como um marceneiro finalizando uma peça. Levava
horas, por vezes. Trouxe tudo isso em consideração do prezado Saitama, e recebi
apenas um “obrigado por tudo, agora tire tudo de lá”.
Fosse antigamente, eu guardaria mais mágoa, mas hoje em dia
vejo que não vale à pena se matar nesses conflitos. Todos nós nem sabemos
quanto tempo temos de vida e ficamos com essas palhaçadas uns com os outros.
Por realmente sentir que estava fazendo mal a ele tudo isso, eu atendo seu
pedido Saitama. Espero que se sinta melhor e que possa seguir adiante. Os
textos foram apagados, mas todo o conhecimento e portas que eles abriram a
outras obras não, ao menos, não na minha memória breve, que um dia os vermes
hão de comer.
“... Homem que é homem sabe quando o respeito morreu.”
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