E a marvetada aqui do blog? Tá forte nos
gibis atuais? Ou tão só nos filmes?
Seguinte, foi divulgado no CBR as primeiras páginas dessa próxima megasaga, que além da proposta usual de todas as outras de “abalar o universo Marvel”, carrega uma dura responsabilidade de puxar melhor às vendas da editora, em especial após um ano tão atípico de 2020. O evento é escrito por Donny Cates, escritor responsável (segundo dizem, eu não sei de nada e não me comprometo) por dar profundidade ao Venom/Eddie Brock, bem como aprofundar toda a mitologia e origem dos simbiontes, e é justamente o deus deles, conhecido como Knull, que pretende incluir a Terra entre os seus pontos turísticos de destruição pela galáxia. Esse cara parece mal, não é mesmo? Talvez só perca para o Mau do Castelo Rá-Tim-Bum.
O que me surpreendeu foi o ponto de
destaque e liderança que Venom está assumindo (dando comandos pro
Capitão-América?!), aparentemente coordenando os Vingadores – que meio que
estavam se matando em Guerra Civil 2 há apenas alguns anos -. As ilustrações
ficarão a cargo de Ryan Stegman, já conhecido bem pelos fãs do personagem.
E ai? Ansiosos? Deixem nos comentários. Da
minha parte, eu ando completamente perdido quanto a esses eventos, não os leio
desde de “Império Secreto” e explico rapidamente as minhas razões:
1 – Uma Megasaga antes de tudo, demanda um
planejamento coordenado das melhores mentes criativas de uma editora, que levem
a sério o que tá sendo feito, e que possam competir entre si, de forma construtiva,
a montarem um quebra-cabeça único, a exemplo de Guerra Civil (2006).
2 – Deve fugir do comum, e ser uma ameaça
muito grande, que proporcione batalhas épicas, com algum tipo de adversário que
justifique tamanha força de guerra reunida.
3 – Deve haver consequências reais nos anos
seguintes. O que parou de haver, com megasagas sendo criadas para reverter,
mesmo que tentando disfarçar, o que as outras tinham feito. A exemplo de “O
Cerco” acabando com a “Lei do Registro”, ou Vingadores VS X-Men com a
Feiticeira Escarlate restabelecendo a quantidade de mutantes que tinham no
mundo, os quais ela mesmo tinha destituído dos dons.
4 – Além desses eventos terem “o cara” do
momento, costumavam ter um desenhista na principal, com maestria, mostrando que
deveria estar ali, na ponta da lança: Steve McNiven, Stuart Immonen, Olivier
Coipel, Mike Deodato Jr, Francis Lenyu Yu e Bryan Hitch estão ai como grandes
exemplos de grandes trabalhos entregues, e de forma completa, excetuando a
última edição de “Era de Ultron” que Hitch não fez. “Império Secreto” rompeu
com isso, colocando três desenhistas diferentes, e que apesar de serem bons,
não estavam no padrão requerido.
5 – Tudo muito amontoado, muito barulho por
nada. Nos últimos anos, vi por alto os heróis ajudando o Thor em uma batalha
contra Malekith, esse ano era alguma coisa relacionada ao casamento entre dois
heróis dos Jovens Vingadores, e agora isso do Venom, fora alguma saga, ou sei
lá o que era aquilo, na qual o Homem de Ferro aparentemente perdia a perna.
Coesão e continuidade, duas coisas que a Casa das Ideias copiadas sempre
se orgulhou, parecem meros obstáculos sendo atropelados por um trator
chamado “multimídia”.
Fonte consultada: CBR
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