Certamente, algum dia você parou para analisar a américa Latina e se perguntou, “Deus, por que eu nasci aqui?”
Bom é obvio que motivos para pensar assim não faltam, mas sejamos realistas, todos os galhos de uma imensa arvorem tem em comum uma mesma raiz.
Estou atualmente lendo e compartilhando com vocês as
reflexões do Livro de um dos ex-ministro das relações exteriores, “comercio e relações
internacionais” de Celso Lafer. No Livro escrito entre 1973 -1977 o autor
destrincha as condições de comercio e suas implicações para a ordem global e
distribuição de recursos a nível internacional neste período do século XX.
Na época organizações como a OMC ainda nem existiam, mas ele
fez boas previsões sobre como esses certos esses círculos eram anda menos que
propagadores de ideias abstratas de desenvolvimento e economia que não,
necessariamente ajudavam países subdesenvolvidos.
Em dado momento de suas reflexões Lafer nos conduz a pensar,
já que os modelos de desenvolvimento propagados por organizações onde países
ricos mandam é abstrato e não necessariamente funciona, a quais conclusões
podemos chegar?
Para ele era fundamental ter-se em mente que é sempre necessária
uma cautela para distinguir os impactos dos diferentes tipos de informações que
são geradas pelos diversos tipos de reivindicação ao comercio internacional,
feitos pela américa latina.
É fato que em diversos fóruns da ONU países subdesenvolvidos
são maioria, mas como raramente têm um bom nível de concertação entre si, raramente
essas reivindicações são ouvidas, além da falta de dialética para se criar um
discurso viável, já que basicamente todo discurso de líderes de países subdesenvolvidos se parecia e ainda se parece
com o clássico populismo barato, para Lafer isso gerava um ciclo infinito da
“retorica da indignação”.
E com certeza você já ouviu algo sobre isso, “países latinos
são pobres pro causa de suas histórias de exploração, escravidão, etc”, isso é
em partes verdade, mas só em partes enfim nós reclamamos muito e fazemos pouco.
já que no mundo no qual Lafer escrevia e no mundo em que
vivemos, as oportunidades surgem como grãos de areia na praia. Nós, e quando
digo “nós” digo a comunidade politica latino-americana que não buscamos essa
capacidade de coordenação para se impor a coisas que não seja benéficas aos
nossos países e subcontinente, um exemplo disso? temos nessa pandemia onde
vemos a Europa se reunindo e fechando ,mega acordos de recuperação,
investimento conjunto em vacinas, entre outras “vitorias” da integração
europeia( lembrando que por lá nem tudo em sua integração são rosas também).
Por fim , Celso Lafer em meados da década de 70 conclui que
a falta de capacidade de cooperação efetiva entre os países latinos para que se
unam em bloco capaz, assim, de mobilizarem os instrumentos de pressão que detêm,
como pro exemplo, os recursos naturais, e na época dois terços da população do
mundo , que que apesar de até hoje não possuírem uma eximia renda per capita,
não deixam de ser um enorme mercado consumidor.
Falta de interesse, síndrome de vira-lata, não sei como
explicar o que ocorre conosco, mas apesar de tudo temos um passado com a
Europa, quem sabe talvez algum dia, depois de guerras e imensas lutas, assim
como foi com eles, nós possamos acabar por alcançar algum grau de relevância extrema no
cenário externo?
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