Acreditem
se conseguirem, mas a política brasileira já contou com nomes e homens que não
apenas ousavam ter, mas efetivamente tinham o chamado “espirito público”,
parece algo sobrenatural olhar para algum nome da nossa classe política e
pensar que ele realmente se importa com a administração do estado e o impacto
que isso tem na vida do cidadão.
Uma coisa boa do espírito público é que quando se fala dele, se está falando de
algo que é puro e racional, e toda razão busca um a realização. Para Nabuco (não
o Joaquim, mas sim seu pai) a realização do Brasil e da alma da nação estaria
na reconciliação das ideias dos dois partidos do período do império: o
conservador e o liberal. Obviamente para se falar de reconciliação precisa se
falar de um elemento chamado: tolerância. Uma coisa boa do espírito público é que quando se fala dele, se está falando de
algo que é puro e racional, e toda razão busca um a realização. Para Nabuco (não
o Joaquim, mas sim seu pai) a realização do Brasil e da alma da nação estaria
na reconciliação das ideias dos dois partidos do período do império: o
conservador e o liberal. Obviamente para se falar de reconciliação precisa se
falar de um elemento chamado: tolerância.
Em
seus escritos sobre a vida de seu pai Joaquim Nabuco escreveu trechos de seus
discursos , em um deles ele afirmava “ eu entendo”- (dizia ele falando da
ideia de conciliação), que é preciso fazer algumas concessões em rumo ao
progresso, mas uma reconciliação como coalizão e fusão dos partidos para que se
confundam os seus princípios ou para que se obliterem as tradições, é algo
impraticável. Se todas a barreiras do antagonismo político forem destruídas,
pode-se concluir que as ideias exageradas prevaleceriam sobre as ideias
conservadoras.
E
continua: “as ideias exageradas tem em si o entusiasmo, as ideias
conservadoras trazem em si a reflexão, o entusiasmo está em muitos, mas a
reflexão não. Ouço dizer que os partidos entre si que deveriam se reconciliar, entendo
ao contrário, que é o governo que deve trabalhar para reconciliar os partidos,
porque no estado atual, se os partidos por si mesmos se reconciliarem será na
base de ódio e desrespeito, e isso custará muito caro para a ordem pública e o
futuro do pais”.
Nabuco
escreveu isso quando o Brasil tinha apenas 2 partidos, hoje temos mais de 30 e
nenhum governo até hoje conseguiu governar pleno sem comprometer suas pautas
com coalizões e interesses que por vezes são contra a vontade publica”
Mas
de toda a reflexão que se pode tirar disso, fico com a ideia da reconciliação,
do equilíbrio doas ideias conservadoras e liberais, já que fica explicito que
Nabuco falava que os conservadores pensavam demais mas agiam de menos, e que os
liberais agiam demais e pensavam de menos.
É basicamente o que acontece hoje, a diferença é que é pior, ser conservador,
progressista, liberal, anarco-capitalista, se tornou algo perigosos pois se
você sai desses círculos raramente consegue achar dialogo, e não há liderança
que possa abarcar todas as vertentes em baixo do mesmo guarda-chuva, então
seguimos plantando intolerância e querendo colher empatia, quando na realidade
no debate político no Brasil e ao redor do mundo reinam apenas dois princípios:
o da simpatia e o dá antipatia.
Na simpatia eu tenho respeito pelas ideias única e exclusivamente do meu círculo,
e não quero ter simpatia por nenhuma outra que saia dessa linha, se sair da
linha eu crio a antipatia, e o perigo está no radical dos dois princípios: ou
você ama algo ou você o odeia, e sua mente nunca vai estar aberta para receber
o novo e nem respeitar o antigo.
A
ideia de balança se perdeu, e por isso a injustiça reina, afinal nos tornamos
todos covardes para ser alguém fora de nossos círculos, e somos todos
propagadores dessas covardias e injustiças silenciosas.
Mais textos dele podem ser lidos em seu Instagram: https://www.instagram.com/maskaracientistapolitico/
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