Eu sei que sou mais chato que a média dos nerds, mas não devo ter sido o único que ao acompanhar o DC Fandome ficou um pouco contrariado que em uma indústria que podia estar fazendo jogos do Superman, do Flash e do...
Lanterna Verde...
Lanterna Verde... |
Eles estão produzindo um jogo dos ajudantes do Batman... e outro do Esquadrão Suicida. Sinceramente? Acho que ambos têm potencial pra ser excelentes, contanto que as demonstrações não sejam uma enganação. Inclusive, com a qualidade ascendente da produção de jogos, eu não duvidaria se eles fossem alguns dos melhores jogos já feitos na história. Mas se por um lado é otimista que estejam fazendo um jogo blockbuster do Robin que parece um cenário apocalíptico uma mera missão contra o Senhor Frio, por outro é pessimista que personagens tão secundários estejam recebendo super produções enquanto alguns dos MAIS POPULARES DA HISTÓRIA NO MUNDO TODO, como Flash, Superman e Mulher-Maravilha, não vejam a luz do dia. Eu tenho plena consciência da razão por trás dessas escolhas: o jogo dos Robins é esteira do sucesso dos outros jogos do Batman e o do Esquadrão Suicida faz parte da insistência de quase uma década da DC de popularizar o grupo (com adaptações mil vezes piores do que os gibis de antes deles serem populares...).
O olhar dos fãs da DC quando ela tenta transformar o Esquadrão Suicida em um grupo de adolescentes para ganhar mais popularidade. |
Podemos torcer pra que um dia isso mude (quem sabe com ajuda desses próprios jogos). Mas é interessante e criativo considerar outras possibilidades, então vou compartilhar minhas ideias com vocês.
Outros textos meus: https://ozymandiasrealista.blogspot.com/2020/02/o-post-dos-melhores-posts-ii.html
11-Homem Formiga
Engraçado, diferente da maioria, esse aqui eu reconheço que só considero a ideia por causa da forma tão cativante que seus poderes foram usados no filme. Assim como os jogos do Batman funcionavam pela mistura perfeita de momentos de furtividade e ação competentes, com o Homem Formiga seria necessário fazer
1-momentos de quebra cabeça onde precisasse mudar de tamanho cativantes
2-ao mesmo tempo que as lutas os utilizando fossem legais também.
No caso dos quebra cabeças eles podiam se inspirar em jogos como "Portal" e "Control", onde você tem que utilizar as leis da física ao seu favor. Não podemos subestimar outras características do personagem que também serviriam bem num jogo! Ficar gigante seria ótimo pra momentos de ação. Podia ser partes pra extravasar após ralar muito com quebra cabeças. Como no jogo "Destroy All Humans!", onde após acabar as missões você recebia sinal verde pra entrar na sua nave espacial e destruir todo o cenário. Ainda tem a Vespa que podia ser uma contraparte com habilidades diferentes e também a habilidade de comandar as formigas a seu favor! Deixar objetos maiores ou menores... Não falta mecânica interessante...
Eu entenderia a defesa que vilões de revistas como Homem-Aranha, Flash e Superman teriam mais habilidades a ser exploradas em um jogo do que os do Batman. Mas recentemente escrevi um post sobre vários videogames onde algumas partes me marcavam quase exclusivamente pelo contexto do que estava acontecendo. O que quero dizer? Que por mais que não tenham poderes, os vilões do Batman normalmente são os mais amados, então acho que a gente não devia subestimar a diversão que pode causar a pessoa simplesmente pensar que está controlando o Coringa ou o Duas-Caras, mesmo não sendo personagens fortes.
Soma isso com o contexto específico de Gotham City e o Asilo Arkham. Fases que envolvessem fugir da prisão, atacar com carros alegóricos, fugir do Batman, participar de brigas de gangues fantasiadas... Tudo ia causar um clima específico e familiar de histórias que curtimos. Pensa por exemplo na possibilidade de montar seu próprio esconderijo e ir o personalizando. Depois ver suas armadilhas entrando em ação conforme algum vigilante o invade! São muitas possibilidades que só seriam tão divertidas se fossem feitas com os vilões do Batman.
E se a falta de poderes parece ser um problema, ela podia ser usada a favor dos produtores, deixando personagens extremamente mais poderosos, como Cara de Barro e Hera Venenosa, como cartas na manga pra partes mais específicas. Sendo muito otimista, se fizesse bastante sucesso podia até virar uma franquia igual GTA, que se passa em várias cidades. Aí fariam versões com outros elencos, tipo cidade do Flash, cidade do Arqueiro Verde... Mas estou sendo muito otimista mesmo, só estou dando a ideia, duvido que chegasse nesse ponto.
10.5-Sereias de Gotham
Se achassem muito arriscado meter um jogo com a galera toda de uma vez, fazer um focado no trio das garotas podia ser uma ótima ideia. Ser um jogo só das três traria uma caracterização bem diferente do que se tivesse todo mundo. Como fã do Batman, essa revista é uma das que eu lembro com mais carinho, não surpreende que tenha sido criada pelo Paul Dini. Na série Arkham nós já controlamos a Arlequina, a Mulher-Gato e o Coringa, o que foi bem legal. Não faltaria muito, é só investirem na ideia.
9-Quarteto Fantástico
Os jogos que adaptavam os filmes do Quarteto Fantástico já eram divertidos a princípio, com a porradaria controlando os 4. Mas como muitas adaptações do tipo, ficava repetitivo depois. Esse não é muito mirabolante. São só 4 personagens, fazer uma mecânica colaborativa entre eles é mais fácil do que com todos os Vingadores, como rolou recentemente. A revista do Quarteto tinha uma diversidade de cenários, situações, vilões e ferramentas muito boa. Seria só usar tudo dentro de um jogo, sem precisar inventar muito.
A preguiça da indústria de games em adaptar super-heróis é revoltante porque É TÃO SIMPLES! Pega um personagem terciário: a Elektra! Faz um Assassin's Creed no universo Marvel e pronto! Você tem a possibilidade de um jogo irado da Elektra! Digo isso porque o Justiceiro é um dos mais óbvios. É só fazer uma salada de Metal Gear e Hitman dentro do Universo Marvel e pronto. As histórias já tão escritas, é só nos dar o controle do protagonista. Sendo bem pé no chão, a intervenção de personagens como Demolidor, Motoqueiro Fantasma e Homem-Aranha podiam ficar bem impactantes. Já fizeram isso com o Justiceiro, mas apesar de todo mundo ter curtido, faz mais de 10 anos, passou da hora de fazerem de novo.
7-Hulk
É quase o caso do Justiceiro, mas com uma diversidade de histórias interessantes bem maior. O Hulk já teve histórias dramáticas e impactantes viajando no tempo, lutando em uma arena romana do espaço, enfrentando seu próprio inconsciente, indo pro inferno, trabalhando pro governo. Algumas dessas histórias por conta própria já serviriam de pano de fundo pra um game completamente diferente do outro. Não concorda? Dava pra fazer um post só do Hulk. Imagina aquela história do "Hulk Contra o Mundo"? Já é um "God of War" da Marvel feito sob medida! E ainda com a possibilidade de você controlar os dois lados, tanto do Hulk, quanto dos heróis.
6-X-Men
Pois bem, o que diferenciaria um possível jogo dos X-Men de qualquer outro grupo de heróis? Quarteto, Titãs, Vingadores, Liga? Antes de mais nada, na MINHA OPINIÃO, é o grupo que tem os melhores integrantes. Mas de resto acho que é a possibilidade natural de usar a forma que os personagens se relacionam para eles integrarem sua equipe, ou mesmo abandonarem a escola Xavier e irem atrás de outro grupo, seja o do Magneto ou qualquer outro. Acho que podia ficar interessante a sensação de estar criando seu próprio grupo dos X-Men de acordo com escolhas que faz. No mercado japonês é mais comum jogos focados em relacionamentos. Aqui temos alguns que envolvem isso, mas acredito nunca ao ponto de ter marcado os jogos mais famosos, no nível "The Last of Us". Acho que é questão de aperfeiçoar uma mecânica, de forma que valeria bastante a pena.
Pensa como em tantos jogos do Homem-Aranha, apesar dele ter um elenco tão apaixonante, nunca faz parte do jogo você dialogar com o J. Jonah Jameson, a Mary Jane ou a tia May. Reconheço que a ideia podia se aplicar aos outros grupos que usei de exemplo, mas como os X-Men contam com o fundo político e personagens tão legais, acho que é o melhor candidato pra esse tipo de experiência. Claro... como... detalhe... Muitos dos melhores momentos já vistos em histórias de aventura que podiam ser adaptados... Lógico. É um prato cheio pra missões secundárias, evolução de personagens e finais alternativos.
Como está ficando muito grande, vou fechar em uma segunda parte, amigos!
Hasta luego!
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