Capitulo 5 Flash de duas gerações
Subitamente, Onda térmica é jogado para o lado, como se tivesse sido
nocauteado por alguém. Logo em seguida, Mago do Tempo é atingido pela frente,
derrubando Mestre dos Espelhos no processo. Espantado, Frio suspeitaria que
isso é algum truque do Flash, porém ao voltar sua atenção para o velocista escarlate,
o vilão percebe que está tão surpreso
quanto eles. No momento em que Frio
desvia sua atenção do herói, Barry sente uma brisa de ar passar ao seu lado,
derrubando o Frio. Essa brisa de ar contorna a sala, cercando os vilões. Quando
a ventania para, aparece um estranho ser entre os vilões e o Flash derrotado,
parecendo um homem com um rosto vibrando em super velocidade, escondendo as
feições do seu rosto. A figura estaria vestindo um uniforme vermelho e azul e um chapéu prateado.
Enquanto os vilões olhavam confusos para a figura, Barry fica espantado,
achando que enlouqueceu, vendo que existe outra pessoa com super velocidade como
ele.
Conforme os criminosos tentam se levantar, o misterioso velocista olha
para eles, com seus olhos brilhando como dois faróis de carros e, com uma voz
poderosa que ecoa pela sala, ele fala :
- Deixem ele em paz!
Quando os vilões já estão pegando suas armas, prestes a começarem um
novo conflito, uma luz branca passa pelo local, seguido por sons de sirene.
Reconhecendo que a luta deles deve ter disparado um alarme silencioso, os
vilões olham um para o outro, percebendo que é hora deles deixarem o local
antes que sejam pegos pela policia. Aproveitando que o velocista está distraído,
os vilões correm em direção a uma parede e o Mestre dos espelhos aperta um
botão em sua luva, abrindo um portal. Os criminosos entram no portal antes que
ele feche, impedindo o velocista de alcançá-los. Voltando-se para Barry, o
velocista se aproximaria dele, notando que seu corpo ainda está congelado
devido a arma de gelo do Capitão Frio.
- Não se preocupe meu jovem. Uma fricção em super velocidade vai te
tirar desse gelo.
Barry mal respondeu. Ao colocar suas mãos nos ombros de Barry, o
velocista começaria a esfregá-las no gelo em super velocidade. O gesto do
velocista, faz Barry sentir um calor e seu corpo começa a ficar úmido. Ao
observar seu corpo, ele percebe que o movimentos dele estão produzindo calor,
fazendo o gelo derreter mais rápido. Ao sentir seus braços e pernas, Barry
percebe que ele está livre, já podendo se mexer. O velocista ergue sua mão,
ajudando Barry a se levantar.
- Você está bem?
- Sim eu...
Antes que Barry consiga falar qualquer coisa, ele começa a sentir fraco.
A luta contra os vilões o deixou exausto, com ele não tendo alimentado direito
para sustentar seu metabolismo acelerado. Não conseguindo se manter em pé,
Barry cai, sendo segurado pelo seu salvador, cujas feições do rosto começam a
aparecer, que Barry percebe antes de fechar os olhos, ficando inconsciente.
Quando a policia chegou na sala, ela estava deserta, com os dois velocistas já
tendo deixado o local.
Levemente os olhos de Barry começam a se abrir, se adaptando aos poucos
a luz do ambiente. Ao levantar seu corpo, Barry sua mão no rosto, tentando
dispersa seu cansaço. Ao olhar ao seu redor, ele percebe não está nos
Laboratórios STAR nem no seu apartamento e sim num velho quarto, deitado numa
cama. Ao olhar ao seu redor, Barry nota o relógio na bancada registrando 9
horas da manhã, reparando que dormiu por um bom tempo. Ao levantar, Barry
sairia do quarto e andaria pelo corredor da casa, confuso sobre como ele chegou
lá, percebendo ainda está usando seu traje. Ao passar por um quarto, com uma porta aberta,
Barry repara numa estatueta, em cima de uma bancada. Ao se aproximar para olhar
mais perto, ele percebe se tratar de uma estatueta do Flash. Só de ver, as
duvidas começam aparecer na mente : Foi realmente o Flash que salvou a vida
dele na noite passada? Existe outra pessoa além do Barry com super velocidade?
Se sim, então quem poderia ser?
Com um simples toque na estatueta, Barry descobre um botão em seu
pescoço. Curioso, ele aperta o botão e uma porta secreta, se abre ao seu lado,
e ele se espanta ao ver o uniforme do
Flash. Barry mal consegue tirar os olhos do uniforme e se aproxima para ver.
Ele também notas as fotos ao redor do uniforme, incluindo uma com os heróis da
SJA. Só de ver essas imagens, jovem velocista
começaria a ter lembranças de sua infância em que ele lia hqs, tendo os
heróis como uma grande inspiração, sempre lembrando-o a ter esperança até mesmo
nos piores momentos.
Nessa hora, Barry escuta uns passos, vindo de trás. Ao se virar ele nota
um homem velho, aparentemente de 60 anos, magro, de cabelos castanhos com
laterais brancas, vestindo um pijama listrado e segurando uma xícara de café.
- Bom dia! Gostaria de tomar café de manhã?
Sem saber o que dizer, Barry faz um gesto com a cabeça, aceitando o
pedido. O velho pede para ele o acompanhar até a cozinha. Ao descer as escada,
Barry vê uma mesa com prato de pães de sal, queijo, presunto, jarra de suco,
uma bandeja de frutas e outros alimentos. Ao se sentar, Barry começou a comer,
recuperando sua energia. Enquanto o velho continua a tomar seu café, Barry
voltaria sua atenção para ele, ainda estando meio ansioso
- Com licença, mas quem é o senhor?
- Meu nome é Jay Garrick.
- Barry Allen.
Jay tomaria mais um gole de café
- Pelo visto, percebeu com meu quarto lá em cima, eu também sou
conhecido por outro nome...
- Você é o Flash?
A pergunta de Barry deixaria Jay com uma expressão de surpreso no rosto,
como ele não espera-se tal dedução.
- Ouviu falar de mim? Isso é inesperado.
Barry fica ainda mais ansioso ao confirma que Jay é realmente o Flash.
Ele estava realmente conversando com seu idolo, em carne e osso.
- Se ouvi... Eu li histórias sobre você quando era garoto. É uma honra
conhece-lo.
- Eu agradeço. Faz anos que alguém se refere a mim como o Flash.
- Então as histórias que li nos gibis eram na baseadas em suas
aventuras?
Pensando no que Barry tinha dito, Jay deduz ao que ele está se
refirindo.
- Os gibis? Pode se dizer que sim. Umas partes eram exageradas, mas em
geral os escritores se baseavam nas noticias sobre mim e a SJA.
O comentário de Jay deixa Barry ainda mais supreso, percebendo que não
só o Flash, mas toda a SJA era real.
- A SJA também existiu. Eles devem ter sido fantásticos.
- Eles eram bons amigos, e os melhores heróis que já conheci e, pelo que
li nos jornais, você tem seguido os passos deles.
Barry sorriu pela observação feita por seu idolo, mas, ao ouvir passos,
ele olhou para as escadas, vendo uma jovem garota descendo as escadas. Ela era
alta, aparentemente de 14 anos, com olhos azuis, cabelo loiro longo, e
carregava uma mochila de estudante.
- Jay, já tô saindo pra escola...
A jovem para ao percebe a presença do Barry, olhando espantada para o
cientista, que por sua vez nota que a garota está reparando no seu traje. Ela
sabe que ele é o Flash.
- Ai meu deus! Você é o Flash! Digo... o Flash que todos estão falando
em Central City.
- Pode-se dizer que sou.
- Sou Jesse Chambers. Minhas colegas na escola falam muito sobre você,
embora elas esperassem que você fosse...
- Mais velho?
- Na verdade mais novo.
Jay deu um pequeno riso ao ouvir o comentário de Jesse, que por sua vez pegaria um biscoito.
- De qualquer forma Jay, já tô saindo pra escola, depois vou na casa da
minha colega a Courtney para completarmos um relatório.
- Ok, mas lembre que vamos pintar a parede da sala quando voltar.
- Só não comece sem mim, velocista.
- E não me espere "Jesse
Quick".
Os dois trocam um sorriso, e Jesse se dirige até a porta, dando um toque
amigável no ombro de Barry, que fica curioso sobre a relação do Jay com Jesse.
- Não se preocupe, ela sabe guardar segredo.
- É sua filha?
- Ela é filha do meu amigos, Johnny Chambers. Fomos colegas na faculdade
trabalhando num experimento com vapores de agua pesada. Numa noite, aconteceu
um acidente que me expôs a esses vapores.
- Foram os vapores que lhe deram sua velocidade?
- Sim. Johnny me ajudou a manter meus poderes um segredo enquanto eu os
usava para ajudar as pessoas, até mesmo invetou o nome Flash.
Jay deu um pequeno riso, demonstrando sua paixão por essas lembranças
tão marcantes.
- Ah... Aqueles anos eram fantásticos. Mas com passar dos anos, os
tempos vai mudando e logo vão nos alcançando. Percebi que não poderia me manter
no jogo por tanto tempo, então dei uma ultima corrida. Johnny não pode
testemunhar isso. Acabou falecendo meses antes, deixando para trás apenas uma
filha, Jesse.
A história de Jay causaria um impacto em Barry, sentindo pena do
velocista e conseguindo compreender direito a dor que a perda de alguém próximo
pode causar no pessoa.
- Desde minha aposentaria tenho me dedicado a cuidar bem da Jesse e dar
ela uma vida boa que o Johnny iria querer que ela tivesse. Eu nunca coloquei
meu chapeu de novo... isso até alguns dias atrás, quando senti uma sensação
estranha durante uma tempestade de raios.
Barry interrompe seu café. Teria
ele ouvido direito oque o Jay falou? "tempestade de raio"?
- Espere aí, "tempestade de raios"? Tipo a tempestade que
aconteceu no mês passado?
- Sim. Essa mesma. Por que o espanto?
- Foi nessa tempestade que ganhei meus poderes, quando um relâmpago me
atingiu na janela do meu laboratório...
Nesse momento Jay interrompe Barry
- Você disse, um relâmpago?
- Sim, me derrubou contra produtos químicos. A reação dos dois deve ter
alterado meu metabolismo.
- Não foi um relâmpago.
- Como?
A revelação de Jay deixou Barry bastante confuso, afinal se não foi um
relâmpago natural que o atingiu oque teria sido e por que o Jay parece estar
preocupado com isso?
- Você ter ganhado sua velocidade
e eu ter me sentido fraco e lento durante está tudo ligado a tempestade. Não
foi um fenômeno da natureza mas sim um distúrbio na força de aceleração.
- Força de Aceleração?
Percebendo como Barry não compreende ainda o conceito, Jay faria uns
gestos com as mãos, tendo explicar ao inexperiente velocista :
- A força de aceleração é uma energia extra dimensional capaz de dobrar
as leis da física. Ela nos conectar a essa força e nos entrega essa energia. É
oque nos permite mover em super velocidade.
Um pensamento fascinante tomou conta da mente de Barry conforme ele
analisava a explicação de Jay, percebendo fazer sentido. Em todas as suas
corridas, ele sentia uma energia passando pelo corpo, como uma aura de
eletricidade que tornava seu corpo leve e mais rápido.
De repente, toca um alarme na cozinha, Jay observa achando que é o seu
telefone, porém Barry revela ser seu
celular, recebendo uma ligação do Julio. Só de ver quem está ligando, Barry
começa a deduzir o motivo e mesmo assim atende a ligação.
- Sim Julio? Ih cara... Eu sei...Ok...Ok... Diz pro capitão que já estou
chegando.
Ao desligar o celular, Barry passa a mão no rosto, indicando frustração
e arrependimento por ter se lembrado que ele tinha que estar no laboratório
entregar o relatório dos seus casos para o Capitão Singh.
- Algum problema?
- Meu trabalho, Jay. Se eu não
aparecer por lá em menos de 5 minutos meu chefe vai me matar.
Rapidamente, Barry se levantaria, começando a guardar seu celular no
bolso.
- Obrigado pela refeição Jay. Foi ótimo falar contigo, mas agora eu
tenho que ir.
- Sem pressa garoto. Na verdade eu acho que também...
Antes que possa completar a frase, com vento de sua passagem derrubando
uns guardanapos na bancada da cozinha. Jay
daria uma breve respirada e continuaria a tomar seu café calmamente,
soltando um breve susurro.
- Ah, jovens!
Enquanto isso, em outro lugar da cidade, na sala de reunião dos criminosos,
o gorila preto estaria assistindo inúmeros canais de televisão, porém sua
atenção estaria bem voltada para um canal do discovery channel falando sobre
gorilas. Ao escutar o som da porta se
abrindo, o gorila se vira, vendo Capitão Frio e os outros criminosos entrando
na sala.
- Senhor Snart. Soube de uma
complicação no assalto de ontem a noite.
Capitão Frio fica na frente do grupo, demonstrando seu papel como líder
e porta-voz da gangue.
- Uma complicação que poderia ter
sido facilmente evitada se tivéssemos ideia que Flash ia ter ajuda de um
segundo velocista.
O gorila apresenta um certo espanto com o relato de Snart, porém logo
recupera a calma, com um sorriso de confiança no rosto.
- Um segundo velocista? Sim, claro.
Os vilões olham intrigados um para outro, sentindo como se o gorila soubesse
quem é esse novo misterioso velocista. Mestre dos Espelhos perguntaria, com seu
sotaque irlandês :
- Você conhece esse cara?
- Não importa nesse momento, senhor McCulloch. O importante é que ainda
preciso dos componentes para meu projeto. Ou seja, iniciaremos um novo assalto
aos laboratórios STAR e dessa vez não haverá falhas.
Snart manifestaria sua opinião :
- Cometer um crime repetido é possível pra nós, mas vai custar um
adiantamento.
- Seu pagamento será dado quando meu projeto estiver finalizado.
- Nós criminosos temos nossos próprios termos de agir.
Em resposta a atitude do Capitão Frio, o gorila se levantou de sua
poltrona, encarando Snart com um olhar agressivo, como um predador preste a
atacar sua presa indefesa. Snart sentiu um pouco de arrepio ao estar encarando
um gorila bem maior e mais forte que ele, porém ele não demonstrava medo,
mantendo sua arma de gelo caso as coisa ficassem tensas. Os outros vilões
também seguiam o exemplo de Snart, assumindo seus posto caso tivessem que
enfrentar o gorila. Para surpresa deles, a expressão de raiva do gorila se
transformou num sorriso confiante, como se o comentário do Snart não tivesse
incomodado nada o animal.
- Nesse caso, sugiro que façam uma mudança nesses termos. Concorda
senhor Snart?
A lâmpada no capacete do gorila começa a brilhar e Snart sente uma
estranha dor na cabeça, com se algo o estivesse forçado a seguir as regras do
gorila. O grande primata volta seus olhos para os outros vilões, cada um deles
estaria com a mesma expressão que Snart, baixando suas armas, como se
estivessem sendo num estado de transe. Quando o gorila olha de novo para ele,
Snart finalmente consegue soltar uma expressão.
- C..concordo.
A luz no capacete do gorila se apaga, e todos os criminosos saem do seu
estado de transe.
- Pois bem, isso é oque vocês farão hoje...
Alguns minutos depois, na delegacia de policia de Central City, Barry
passa pela porta de entrada, se dirigindo em direção ao laboratório, quando
ouve uma voz familiar.
- Barry!
O cientista olha pro lado e vê Julio se aproximando.
- Barry, onde você se meteu cara. Te
mandei umas três mensagens nessa manhã cara. O capitão tá te
procurando...
- Agora não, Julio. Eu tô...
Antes que Barry complete a frase, ele é interrompido por uma voz grave e
autoritária do capitão Singh, que se aproxima dos dois amigos.
- Allen! Nós estamos lidando com
uma das maiores gangues de Central City, e você chega atraso. Como explica
isso?
- Eu entendo senhor. O motivo do meu atraso é que...
De repente, uma voz calma interrompe a conversa entre os dois.
- Pegue leve capitão. O atraso do senhor Allen, foi por minha culpa.
Os 3 policiais olham para trás, vendo um velho de cabelos castanhos com
laterais brancas. Enquanto Julio e o capitão não demonstram conhecerem esse
homem, Barry reconhece sendo Jay Garrick. O capitão se aproxima de Jay.
- Quem é você, senhor? Aqui só é permitida a entrada de pessoa autorizada.
- Bem, capitão, então minha entrada é totalmente permitida.
Ao pegar sua carteira do bolso, Jay tira um cartão e o entrega ao
capitão Singh, que confere o documento.
- Você é dos Laboratórios STAR?
- Trabalho no prédio como
assistente de Keystone City, capitão. Acredito que o apoio dado pelos STAR a
policia de Central City na investigação da "Galeria de Vilões", me
concede plena autorização para ajudar seu pessoal.
O capitão volta seu olhar para o cartão, mas percebe que é legítimo e
assim devolve ele para Jay.
- Pois bem senhor Garrick. Espero que até o fim do dia, você e o senhor
Allen tenham relatório sobre algum progresso na investigação. Essa cidade já
está entrando a beira de um caos desde que essa gangue deu as caras.
- Não se preocupe capitão. Seus
relatórios serão entregues no fim do dia.
O capitão Singh deixou os dois cientista continuarem seu trabalho e
Julio o seguiu.
- Também vou deixar os dois gênios trabalhando. Te vejo mais tarde
Barry.
Conforme os dois se afastavam Barry voltou sua atenção para o Jay,
surpreso com a aparição dele.
- Muito simpático o seu capitão!
- Sim, ele é simpático como uma pedra de gelo... Espera aí, Jay, o que
está fazendo aqui.
- Como você saiu antes que eu pudesse completar minha frase, eu vim
ajudar na investigação.
- Achei que você disse que tinha se aposentado.
- E é verdade, até que você me falou sobre o acidente que lhe deu seus
poderes.
Para evitar que alguém escute os dois, Barry leva o Jay ao seu
laboratório e tranca a porta, evitando que alguém ouça algo suspeito, que
comprometa sua identidade secreta.
- Sim, o acidente que você disse ser resultando de um distúrbio na...
força de aceleração.
- Exatamente. Mas um distúrbio assim não pode ser provocado por um fenômeno natural. Algo
ou alguém tentou acessar a força de aceleração, oque provocou uma pequena
fissura, como um furo num encanamento, liberando a energia dela em nossa
dimensão, sob a forma de relâmpagos, incluindo oque lhe atingiu naquela noite.
Barry se surpreendeu com a explicação de Jay.
- Deixa ver seu entendi Jay. Está dizendo que a tempestade foi
resultando de alguém mexendo na Força de Aceleração? Eu achava que apenas
velocistas poderiam conectar com ela.
- E é verdade. Considerando a aparição da Galeria de Vilões após a
tempestade e os roubos cometidos aos laboratórios STAR, suspeitei que teria uma
ligação com esse distúrbio.Talvez eles estejam trabalhando para quem tentou
acessar a Força de Aceleração antes.
- Claro. Talvez seja essa mesma pessoa que criou essas armas para a
Galeria. O conhecimento que esse inventor tem da Força de Aceleração
justificaria o porque algumas armas apresentam um certo efeito na velocidade
molecular, como a armadura do Tartaruga que desacelerava a velocidade dos seres
com uma aura de energia verde
Nesse momento, um pensamento passa pela
mente do Jay.
- Aura de energia verde? Quando ele usou isso?
- Na minha luta contra ele. Tenho
ela gravada num disco das câmeras de segurança da região.
- Pode me mostrar?
Rapidamente, Barry pegou uma caixa de seu armário, tirando um disco e
colocando-o no computador, abrindo um video de sua luta contra o Tartaruga. Ao
observar Jay, Barry notou como ele estava concentrado na imagem, demonstrando
uma surpresa ao ver o Tartaruga em ação.
- Não pode ser...
Barry deu uma pausa no vídeo.
- O que foi, Jay?
- Eu já vi algo com uma energia parecida como essa da armadura Tartaruga
antes. Foi uma arma criada por um criminoso anos atrás.
- Quem era?
- Alguém que eu achei que estivesse morto, ou será que não? De qualquer
forma preciso encontrar resposta e acho que já sei por onde começar.
Num segundo, Jay desaparece e reaparece na sala, vestindo seu uniforme
de herói, com sua camisa vermelha com um símbolo de raio, calças azuis, botas
vermelhas, e seu elmo prateado, baseado no deus grego Hermes. Jay olha para
Barry.
- Você vem?
Sem pensar num segundo, Barry aperta o seu anel, liberando seu traje e.
num segundo ele aparece vestindo seu uniforme.
- Tô pronto.
Os dois velocistas olham um para o outro com uma expressão de admiração.
É a primeira vez que eles vêem um ao outro com seus uniformes.
- Belo uniforme, rapaz!
- Obrigado! Me inspirei no seu!
Sem perderem tempo, os dois velocistas saem da sala em super velocidade
e começam a correr pelas ruas de Central City. De inicio, Barry estaria
preocupado do Jay não conseguir manter o ritmo que ele, considerando sua idade.
Porém, Barry se surpreende ao ver que Jay o ultrapassou e ele é quem se esforça
para alcança-lo, percebendo que seu herói continua forte e rápido o bastante,
mesmo estando velho.
- Então onde nós vamos, Jay?
- Já esteve na África?
- Não eu... você não está pensando...
Barry mal acreditou na ideia do Jay. Ele já tinha percorrido a cidade
toda com sua velocidade, chegando até mesmo visitar umas cidades vizinhas,
porém nunca chegou ir de um país ao outro em super velocidade, muito menos
ainda um que está do outro lado do oceano. Antes que Barry consiga protestar,
ele percebe que ambos já estão no cais de Central City, indo direto para o mar.
- Cuidado!
- Confie mim, rapaz! Apenas continue a correr.
Percebendo que não há como parar a tempo, Barry apenas segue o conselho
do Jay e fecha seus olhos, aguardando pelo momento onde ele cairá na agua.
Porém, nada acontece. Embora hesitando no inicio, Barry vai conseguindo coragem
para abrir os olhos, não estando preparando para o susto que leva ao perceber
que ele está correndo sobre as aguas. A velocidade dele permite ele correr
sobre a superficie do mar como se fosse sólido.
- Uau!
Barry mal consegue acreditar no que vê. Jay tinha razão ao falar que a
Força da Aceleração altera as leis da físicas. É incrível. Ele volta sua
atenção para Jay, que se mostra feliz pelo seu sucessor ter descoberto mais sobre
a velocidade.
Após correrem por alguns minutos, logo os velocistas chegam na costa
africana, passando por uma praia e deserto. Ao chegarem uma floresta, Jay sinaliza
para o Barry parar. Os dois se reúnem numa clareira. Jay colocou suas mãos nos
joelhos, tentando respirar.
- Você não está em melhor forma!
- Tenta correr cruzando o oceano após 45 anos.
- Certo. Melhor descansar um pouco. Depois voltamos a...
De repente, os dois velocista escutam um som vindo da mata. Eles
observam os arredores, sentindo a impressão que estão sendo observados. Se
guiando pelo som, Barry nota uma sombra de alguém.
- Está ali.
- Espere...
Infelizmente as palavras de Jay não conseguem chegar ao Barry que
instintivamente ataca o observador, agarrando no pescoço, sentindo suas mãos
peludas, tocando em suas costa. Os dois acabam caindo no chão, com Barry
encarando seu oponente, vendo se tratar de um gorila cinza. Antes que o
velocista possa atacar, ele ouve uma voz jovem vindo do gorila.
- Tire suas patas fedidas de mim seu maldito humano imundo.
Barry não acredita no que vê. O gorila falou com ele. Se aproveitando da
distração do velocista, o gorila acerta ele com sua pata, empurrando Barry para
o lado. Ao se levantar, Barry é atingido por uma rede, que o derruba mais uma
vez no chão. Ele tenta se levantar, porém sente uma descarga elétrica toda vez
que resiste. De cima das arvores pulam outros gorilas, porém todos trajando
armaduras medievais e carregando armas avançadas e lanças elétricas, todas
apontadas para ele. Só de ver sua situação em que se encontra, o cientista fica
cada vez mais confuso. Que tipo de gorilas são esses? Em que tipo de insanidade
ele se meteu?
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