Olavo promete derrubar o governo Bolsonaro - será à bala? |
Feche os olhos.
Imagine-se no final de 2019.
Responda sinceramente: você imaginava um 2020 como esse? E
olha que mal entramos em junho.
Claro, as evidências já apontavam um caminho difícil com uma
suposta provável pandemia, um governo Bolsonaro que não engrenava nunca e ano
de eleição presidencial nos EUA.
Mas não precisava ser tudo tão tenebroso!
Pois é.
Mas é.
No entanto, vai piorar.
Não tem jeito.
Se o desemprego atingiu quase 12 milhões de pessoas ao final
do ano passado, esse ano, com a pandemia, a crise econômica e as táticas
desastradas do presidente de se manter no cargo, esse número pode e deve
dobrar. É muito provável que fechemos 2020 com 25 milhões de desempregados.
Porém, não para por aí.
Passada a pandemia, hora de juntar os cacos e tentar
reerguer o país, certo? Buscar alianças internacionais, investidores externos e
formas de injetar ânimo na economia.
Ok, porém, o maior parceiro comercial do Brasil é a China; a
mesma China que foi zombada e achincalhada pelo ministro da Educação –
imaginem! – Abraham Weintraub. Ou seja, ofender um parceiro nunca é a melhor
das estratégias.
EUA - através de Donald Trump - estão sempre botando o nosso
país para baixo, e em sua última declaração disse que o direcionamento
brasileiro em relação ao Covid foi no mínimo controverso.
Trump, porém, tem seus próprios problemas e vive crise com a
OMS.
E o que Bolsonaro faz? Faz coro! Diz que sairá também, junto
com o colega estadunidense.
Pensamento menor, impossível.
Brasil está junto com os países como Bielorrússia, Nicarágua
e Turcomenistão, pequeninos países que não aderiram ao isolamento social e,
claro, todos pagam o preço por isso.
Agora, quantos mortos teremos?
Não temos Ministro da Saúde.
O presidente decidiu maquiar os números, depois mandou que
sejam divulgados após o término do Jornal Nacional, botando uma emissora de tv
em pé de igualdade com o estado.
Na verdade, Bolsonaro nem sabe a responsabilidade que tem
nas mãos; não entende o tamanho e a importância do Brasil no cenário mundial.
Ele viu apenas a oportunidade de se sentar no trono e
mandar! Achou que era assim. Mas não é.
Bolsonaro planejou tudo tão mal que tinha apenas um
ministro, quando candidato; os outros vieram mais ou menos no estilo futebol
solteiros contra casados. A aquisição de Moro foi exatamente assim.
Lembremos que ele queria nomear o próprio filho como
embaixador.
A justificativa dele para tanto é muito semelhante com a de
Lula quando descobriu-se que seu filho ascendeu na vida após sua chegada ao
Planalto.
Enfim, o cenário é esse e a coisa vai se complicar ainda
mais, principalmente com as investigações a respeito das fake news. Algo que
poderia inviabilizar a eleição de 2018.
E quem está no olho desse furacão é justamente um dos filhos
de Bolsonaro.
O Brasil sobrevive?
Digamos que sim.
Aí, vem a próxima etapa: reerguer a nação.
2021, 2022, 2023--- alguém terá que arregaçar as mangas e
reerguer o Brasil.
Como fazer? Quem fará?
Essa é a minha preocupação.
Brasil estará basicamente na mesma posição pré-Collor. Ou
seja, imagine o tempo que regredimos.
Não pense que há direita ou esquerda, que uma é boa, a outra
má. Não há isso.
Quanto antes você entender isso, melhor. Há apenas
aquele[a]s que a Elite Mundial aceita.
Não acredita?
Analise o governo FHC.
Chefe O'Hara |
Agora, analise os governos Lula e Dilma.
Agora, o Temer – sim, ele fez muita coisa para a Elite,
incluindo enviando uma carta à Dilma para queimá-la ainda mais.
Todos esses governos tiveram agendas muito parecidas. Sempre
voltadas para o “liberalismo”.
E Bolsonaro?
Também. Se não, não teria sido eleito.
O problema dele é que ele já era enrolado com coisas como
Queiroz, Rachadinhas, Milícias – assista Tropa de Elite 2 – e muito mais.
Lembro de umas declarações de petistas em época de eleição
que diziam “quando não tiver hospital, emprego, etc, faça sinal de arminha”. É
mais ou menos isso que o Bolsonaro é. Um cara enrolado que inventou esse “sinal
de arminha” que viralizou, e agora que é necessário trabalho, criatividade e
humildade, o homem deu para andar a cavalo.
E a última: Olavo de Carvalho, o famigerado guru de
Bolsonaro decidiu chutar o pau da barraca e, numa live incandescente botou a mão
na garganta do presidente, exigindo reciprocidade e dinheiro!
O Brasil não é para amadores!
0 Comentários