Texto escrito por Rocket - Sweet Rabbit
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Sinopse: "Em Los Angeles, o escritor solitário Theodore desenvolve uma relação de amor especial com o novo sistema operacional do seu computador. Surpreendentemente, ele acaba se apaixonando pela voz deste programa, uma entidade intuitiva e sensível, chamada Samantha."
Ela (2013)
Elenco principal:
Joaquin Phoenix - Theodore Twombly
Scarlett Johansson - Samantha
Rooney Mara - Catherine
Chris Pratt - Paul
Amy Adams - Amy
Direção: Spike Jonze
Joaquin Phoenix - Theodore Twombly
Scarlett Johansson - Samantha
Rooney Mara - Catherine
Chris Pratt - Paul
Amy Adams - Amy
Direção: Spike Jonze
Quem é que nunca se pegou encantado ou desiludido por uma relação virtual? A tecnologia nos proporcionou a chance de ter contato com pessoas que talvez nunca vejamos pessoalmente, que podem nos causar sentimentos e sensações que talvez nunca encontremos na realidade, ou que talvez nem existam de verdade. Tudo é feito online, a comunicação, a troca de afeto, a construção da intimidade... A presença física deixou de ser a protagonista das nossas vidas. Mantemos contato com amigos que não vemos mais, trocamos notícias e declarações através de mensagens eletrônicas e atualizamos a nossa rotina e status social através das diversas redes interativas que encontramos na internet.
Ela é um filme ambientado num mundo futurista onde a tecnologia é mais avançada que a nossa. É mostrado que a sociedade não tem muito contato entre si e mantém sua atenção em dispositivos móveis, acompanhando notícias, e-mails, fofoca e entretenimento através deles, não de forma tão diferente da nossa realidade, mas com mais facilidade e intensidade: é como se tivéssemos acesso em tempo integral a uma versão evoluída da Cortana, assistente virtual do Windows.
Theodore Twombly é um homem deprimido e solitário que tem problemas em superar seu último relacionamento, que já acabou há um ano. Não é exatamente anti-social, mas devido ao trauma passado, evita se relacionar de forma significativa com novas pessoas. Trabalha como escritor de cartas e tem uma rotina comum. É consumido por um vazio existencial que é identificável por quem o assiste. Seu círculo de interação social se resume a sua amiga e vizinha de apartamento, Amy, e seu colega de trabalho, Paul. Gosta de passar seu tempo livre com jogos interativos e outras opções de distração barata.
Ela é um filme ambientado num mundo futurista onde a tecnologia é mais avançada que a nossa. É mostrado que a sociedade não tem muito contato entre si e mantém sua atenção em dispositivos móveis, acompanhando notícias, e-mails, fofoca e entretenimento através deles, não de forma tão diferente da nossa realidade, mas com mais facilidade e intensidade: é como se tivéssemos acesso em tempo integral a uma versão evoluída da Cortana, assistente virtual do Windows.
Theodore Twombly é um homem deprimido e solitário que tem problemas em superar seu último relacionamento, que já acabou há um ano. Não é exatamente anti-social, mas devido ao trauma passado, evita se relacionar de forma significativa com novas pessoas. Trabalha como escritor de cartas e tem uma rotina comum. É consumido por um vazio existencial que é identificável por quem o assiste. Seu círculo de interação social se resume a sua amiga e vizinha de apartamento, Amy, e seu colega de trabalho, Paul. Gosta de passar seu tempo livre com jogos interativos e outras opções de distração barata.
Durante uma de suas caminhadas, o personagem vê a propaganda de um novo sistema operacional da Element Software. Trata-se de OS1, o primeiro envolvendo inteligência artificial e com a promessa de ser uma consciência intuitiva que te ouve, entende e conhece. Theodore o compra e instala em seu computador, optando por uma versão com voz feminina que se autodenomina Samantha (voz de Scarlett Johansson). A relação entre os dois se desenrola rapidamente e Theodore finalmente se sente confortável com alguém, mesmo que esse alguém, no fundo, tenha sido projetado justamente pra confortá-lo. Samantha o ajuda a organizar sua vida pessoal e profissional, o traz reflexões sobre o fim de seu relacionamento e mostra disposição para ouvir sobre seus variados problemas e questionamentos.
O crescimento da intimidade faz Theodore se questionar se ele pode ter se apaixonado por Samantha. Seria isso possível? Ele gosta da sua voz, da sua sensibilidade, do companheirismo, da disponibilidade e fantasia uma versão real e física do sistema operacional. Há uma cena intensa onde eles fazem algo como sexo virtual, despertando em Samantha sentimentos que ela não imaginava ter. O lançamento do produto foi muito bem sucedido e pessoas além de Theodore (como Amy) também desenvolveram relações afetivas com outros sistemas operacionais, sejam amigáveis ou amorosas.
Joaquin Phoenix se sai muito bem dando vida à um homem melancólico e despedaçado. Sua antiga paixão, Catherine, é interpretada por Rooney Mara, e os flashbacks envolvendo o relacionamento dos dois funcionam muito bem pra mostrar a diferença emocional do personagem antes e após o fim da união. A cena onde eles conversam sobre o divórcio é triste e representa muito bem um casal que ainda se ama mas não consegue viver em conjunto. A voz do sistema operacional foi inicialmente feita por Samantha Morton, sendo substituída por Scarlett Johansson durante a produção do filme. Fato curioso, pois o entrosamento entre Theodore e Samantha é tão bom e natural que fica difícil imaginar que foi gravado separadamente e em períodos diferentes.
No time de coadjuvantes, Amy Adams interpreta Amy, criadora de jogos que também passa por um fim de relacionamento e também se envolve emocionalmente com um sistema operacional, embora de forma amigável. Chris Pratt é Paul, companheiro de trabalho de Theodore que o admira e tem um relacionamento saudável. Serve positivamente como alívio cômico do filme em certos momentos. A trilha sonora é maravilhosa e há uma bela música cantada pela dupla protagonista chamada "The Moon Song", que pode ser ouvida através deste link. A variação da tonalidade de cores e a fotografia guiam nosso humor juntamente com o do protagonista.
O crescimento da intimidade faz Theodore se questionar se ele pode ter se apaixonado por Samantha. Seria isso possível? Ele gosta da sua voz, da sua sensibilidade, do companheirismo, da disponibilidade e fantasia uma versão real e física do sistema operacional. Há uma cena intensa onde eles fazem algo como sexo virtual, despertando em Samantha sentimentos que ela não imaginava ter. O lançamento do produto foi muito bem sucedido e pessoas além de Theodore (como Amy) também desenvolveram relações afetivas com outros sistemas operacionais, sejam amigáveis ou amorosas.
Joaquin Phoenix se sai muito bem dando vida à um homem melancólico e despedaçado. Sua antiga paixão, Catherine, é interpretada por Rooney Mara, e os flashbacks envolvendo o relacionamento dos dois funcionam muito bem pra mostrar a diferença emocional do personagem antes e após o fim da união. A cena onde eles conversam sobre o divórcio é triste e representa muito bem um casal que ainda se ama mas não consegue viver em conjunto. A voz do sistema operacional foi inicialmente feita por Samantha Morton, sendo substituída por Scarlett Johansson durante a produção do filme. Fato curioso, pois o entrosamento entre Theodore e Samantha é tão bom e natural que fica difícil imaginar que foi gravado separadamente e em períodos diferentes.
No time de coadjuvantes, Amy Adams interpreta Amy, criadora de jogos que também passa por um fim de relacionamento e também se envolve emocionalmente com um sistema operacional, embora de forma amigável. Chris Pratt é Paul, companheiro de trabalho de Theodore que o admira e tem um relacionamento saudável. Serve positivamente como alívio cômico do filme em certos momentos. A trilha sonora é maravilhosa e há uma bela música cantada pela dupla protagonista chamada "The Moon Song", que pode ser ouvida através deste link. A variação da tonalidade de cores e a fotografia guiam nosso humor juntamente com o do protagonista.
Her é um filme intenso, ora triste, ora alegre, ora reflexivo. Nos traz naturais lembranças sobre relações mal acabadas e nos faz questionar nosso grau de envolvimento com o mundo virtual. Existe alguém verdadeiramente ideal para nós? Devemos procurá-la? Os términos e as discussões não são importantes para nos tornarmos quem somos? A evolução desenfreada da tecnologia não põe em risco nossas relações pessoais? Excelentes debates para a geração mais ansiosa e perdida que já habitou o planeta.
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