Um
dos Papas ali cinegrafados, Francisco I, o Chiquinho Milongueiro,
inspirado pelo sucesso de Meirelles resolveu roteirizar, dirigir e
protagonizar sua própria película : Dois Picaretas. Recebeu e abençou o bandido, o quadrilheiro, o condenado Luis Inácio Sapo Barbudo da Silva.
Não
me espanta a benção papal ao Nove-Dedos. Ambos são safardanas de mesma
estirpe. Ambos são esquerdistas de conveniência, comunistas agentes
duplos.
Lula
jura ter lutado contra a ditadura militar e contra o patronado
capitalista opressor das montadoras automotivas do ABC paulista. Lutou é
o caralho que lutou; aliou-se aos dois, isto sim.
Década
de 1980, tempos de inflação galopante, 20, 30, 40% ao mês. Automóveis
encalhados nos pátios das montadoras, ninguém tinha dinheiro para fazer
escoar toda a produção. Produção encalhada e os operários a pleno vapor,
fabricando mais carros e recebendo seus salários : duplo prejuízo para
os patrões. Era justamente nesta hora e nestas circunstâncias que Lula
entrava em cena, era justamente quando ocorria esta conjunção de fatores
que o Sapo Barbudo era convocado pelos patrões para conversar, para
negociar uma greve. Lula, feitos os porcos da Granja do Solar, da Revolução dos Bichos,
de George Orwell, sentava-se à mesa dos homens como se homem fosse;
comunista proletário, sentava-se à mesa dos patrões como se capitalista
patrão fosse, e já se tornara impossível distinguir quem era proletário,
quem era capitalista. Lula vendia greves (e seus companheiros) aos
patrões a preço de apartamento no bairro nobre do Morumbi. As greves
eram combinadas e mantidas pelo tempo suficiente para que a produção
escoasse, para que mais capital físico não ficasse a tomar sereno nos
pátios das fábricas sem nada render aos patrões; além e enquanto isso,
os operários em greve não recebiam seus salários, não oneravam os cofres
das indústrias : dupla economia para as montadoras. Líder metalúrgico,
Lula fingia bater de frente com os patrões, mas, por detrás, estava em
conluio com eles. vendendo greves que beneficiavam muito mais as
montadoras que aos operários bucha de canhão, que viam no Sapo Barbudo o
seu líder salvador. Normalizada a situação, para não levantar
suspeitas, as montadoras davam lá umas quirelas por cento de aumento e o
proletariado todo voltava feliz e satisfeito para o seu inferno.
Ganhavam com isso : o patrão e Lula.
Tal
fato, ouvi-o pessoalmente, e não através de reportagem, duas vezes na
minha vida. A primeira em 1984, quando residia em São José dos Campos,
da boca confiável e com conhecimento de causa de um operário de uma
montadora, pai de um amigo da escola. A segunda em 2014, da boca de um
médico urologista com quem me consulto anualmente. Com um ouvido na
narrativa e um olho no dedo dele, ouvi do médico, que fez sua
especialização em Medicina do Trabalho estagiando num ambulatório de
uma grande montadora e chegou, inclusive, a ver Lula de longe algumas
vezes na década de 1980, exatamente a mesma história contada pelo pai de
meu amigo : Lula começou o seu enriquecimento vendendo greve aos
patrões.
Em
relação à suposta luta do Seboso de Caetés contra o governo militar,
Lula também era agente duplo, também jogava nos dois times (fazendo gol
contra os que vestiam a mesma camisa que ele), era um bolchevique
gilete. Lula entregava seus companheiros de luta numa bandeja de prata
para o xerife Romeu Tuma, que foi diretor do DOPs paulista e da Policia
Federal à época do governo militar. Lula passava para Romeu Tuma as
informações sobre os principais líderes sindicais e, em troca, quando
Lula precisava ser preso para manter as aparências de sua luta contra a
ditadura, ele recebia os maiores confortos e regalias em sua cela
especial. Quem nos conta isto é Romeu Tuma Jr., em seu livro Assassinato de Reputações. Conta que Lula era frequentador habitual de sua casa, um conviva e amigo pessoal casa do diretor do DOPs paulista.
Jorge
Mario Bergoglio, o hoje Chiquinho Milongueiro, também jura por Deus ter
lutado contra a ditadura militar argentina. Será? O atual Papa,
parece-me, é uma unanimidade entre os católicos, porém, não entre o povo
argentino, que o acusa, inclusive o já mítico grupo As Mães da Praça de
Maio, de ter colaborado com a ditadura argentina, ou, na melhor das
hipóteses, de ter sido omisso, de ter feito vistas grossas às ações dos
militares.
O filme Dois Papas
mostra um episódio (real) que bem ilustra o jogo duplo do Chiquinho
Milongueiro. Bergoglio era chefe da ordem dos Jesuítas quando os
militares tomaram o poder na Argentina, e, diferente de muitos de seus
subordinados, ele não encarou os militares de frente. Decidiu
estabelecer uma relação de boa convivência com eles, estabeleceu uma
linha direta com os generais, era por eles bem recebido em seus
gabinetes; de novo, a exemplo dos porcos de Orwell, Jorge Mário
Bergoglio sentava-se à mesa com os generais como se um general fosse, e
já se tornara impossível saber quem era general, quem era jesuíta. Tudo
sob o pretexto de que melhor poderia proteger os seus se soubesse dos
planos dos inimigos. Balela, claro.
O
filme mostra o caso de dois jesuítas subordinados de Bergoglio, Orlando
Yorio e Francisco Jalics, ambos à frente de uma missão na periferia de
Buenos Aires, onde faziam trabalho social com as comunidades carentes e,
claro, ensinavam o povão a rezar, mais que a Bíblia, a cartilha
comunista. Bergoglio os procura e ordena que extingam a missão, diz-lhes
que estão na mira dos militares, manda que façam uma retirada
estratégica, que é o eufemismo preferido do sujeito vendido para "fuga" e
"deserção". Bergoglio não é acatado por seus subordinados. Incorrendo
simultaneamente nos pecados capitais da soberba e da ira, Bergoglio
destitui os dois de suas condições de jesuítas, meio que os excomunga.
Ao fazer isso, "retira a proteção" que tinham contra os militares. Uma
vez que não eram mais "homens de Bergoglio", ainda no mesmo dia, são
sequestrados e submetidos a intermináveis sessões de tortura. Bergoglio
entregou Orlando Yorio e Francisco Jalics aos militares. Um dos dois,
não me lembro qual, morreu em decorrência das torturas.
Não me espantou, portanto, o fraternal encontro de Francisco I e Lula.
Farinhas do mesmo saco. Dois lados do mesmo tostão furado.
Não foi à toa, muito menos por acaso, que o safado do povo brasileiro
elegeu Lula para seu líder, e o Espírito Santo a Jorge Mário Bergoglio
para chefe da Igreja Católica.
O Papa Francisco é o Lula de batina! Lula é o Papa Francisco de macacão de operário! Os iguais se reconhecem e se congraçam!
Os Dois Picaretas
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