Pois é, maratonei outra série na
“Lacraflix”. Dessa vez, a série dos Titãs. Afirmar que não se compara às HQs
clássicas de Marv Wolfman e George Perez é chover no molhado. No entanto, como
dizem, adaptação é adaptação. Nessa segunda temporada, pelo o que notei,
quiseram corrigir o que a galera reclamou da primeira. Dick Grayson já não é
mais o Robin “loko” e assassino, e Estelar está usando uma peruca melhor,
apesar de ainda se comportar como uma “sister” negra, e não uma princesa de
Tamaran.
A conclusão do arco contra o demônio extradimensional
Trigon ficou para o primeiro episódio dessa temporada e, no final das contas,
foi bem apressada. Pior que o CG do vilão ficou muito estranho. Sei que, para
economizar, eles seguraram no CG, e Trigon fica uma boa parte na forma humana,
mas, quando ele se transforma no Capiroto, fica mesmo bizarro. A resolução da saga de Trigon é ridícula, com
os Titãs saindo do transe e Ravena mandando o papai de volta para o Inferno.
No entanto, a segunda temporada começa a
engrenar quando Slade Wilson, o Exterminador dá as caras. Os roteiristas da
série adaptaram a motivação original do personagem para antagonizar os Titãs,
que era vingar a morte de seu filho mais velho, Grant Wilson, que morre em
decorrência de receber os poderes da C.O.L.M.E.I.A e se tornar o Devastador. Na
série, o filho do Exterminador que “morre”, digamos, assim é Joey Wilson, o
Jericó.
Uma personagem que ficou bem adaptada
foi Rose Wilson, a Devastadora, a filha do Exterminador. Apesar de ser joguete
do vilão, ela é bem dúbia em alguns momentos, e a atriz Chelsea Zhang é muito carismática.
Connor Kent, o
Superboy, também estreia nessa temporada. Pena que o ator que o interpreta é
péssimo. Talvez seja o pior ator do elenco, que em sua maioria tem atuações
fraquíssimas. O ator do Superboy consegue ser pior que o do Rapina, mas o
episódio de origem dele é interessante, em que também se apresenta o laboratório
Cadmus.
Aliás, um dos grandes
problemas dessa temporada foi o excesso de vilões. Do Exterminador, passando
pelo Doutor Luz e o Cadmus. E ainda há a ameaça da Estrela Negra, a irmã da
Estelar, que ficou com jeito de “sister” má.
E, claro, a cereja do
bolo é a participação de Bruce Wayne, o notório Batman. Se, na primeira
temporada, se excluíam os adultos, a exemplo da turma do Charlie Brown, na
segunda o herói mais popular da DC dá sua graça. Pelo menos, em sua forma
civil. O problema é que o ator que escolheram Iain Glen, o eterno Sir Jorah de
Game of Thrones. A interpretação de Glen está boa, ele faz um Bruce Wayne mais
irônico; o problema é sua aparência física, que não tem porra nenhuma a ver com
a do Bruce dos quadrinhos. É estranho ver o personagem velho, magro e meio
careca.
A série dos Titãs
ainda tenta acertar seu tom. Se, na primeira temporada, tentaram ir por uma
linha mais dark e realista, que lembrava os filmes do Zack Snyder e tinha
vergonha de dizer que era adaptação de quadrinhos, na segunda temporada
resolveram assumir que Titãs é série de HQ, e há uma profusão de vilões que não
foram empregados na primeira temporada. Além da abordagem de elementos mais
míticos e fantasiosos da DC.
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