Para
quem conhece o mínimo da história americana entre presidenciáveis, o enredo e
desfecho do longa não é surpresa. Um monólogo do ex-presidente Richard Milhous Nixon ( em atuação de
entrega total do ator Frank Langella,
o qual lhe rendeu, merecidamente, o Oscar) nunca me saiu da cabeça...
“Os esnobes te desprezam, não? Claro que sim. Essa é a nossa
tragédia, não, Sr. Frost? Não importa o quanto subimos, eles ainda nos
menosprezam. Não importam quantos prêmios ou artigos que são escritos sobre
você, ou a importância do cargo para qual fui eleito, não basta. Ainda assim
nos sentimos como um homem insignificante, “o perdedor” foi como me chamaram
várias vezes. Os espertalhões da faculdade, os superiores, os bem nascidos, as
pessoas cujo respeito realmente queríamos, desejávamos.
E foi por isso que trabalhamos duro, que lutamos sem trégua,
disputando para subir sem dignidade?! Se somos honestos por um minuto, se
refletimos em privado por um momento, se nos permitimos um olhar no lugar
sombrio que chamamos de alma... Não é por isso que estamos aqui? Nós dois?
Buscando um lugar ao Sol, sob os refletores, no pódio? Porque sentimos a queda,
estávamos fadados à lama! No lugar em que os esnobes disseram que
terminaríamos, na lama, humilhados ainda mais por ter tentado com tanta gana.
Para o inferno com tudo isso! Nós dois não vamos deixar que isso aconteça.
Vamos calar esses malditos! Vamos fazê-los engolir nosso sucessos! Nossos
prêmios, poder e glória! Vamos fazer esses filhos da mãe sufocarem! Estou
certo?!!”
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Até o próximo.
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