Perda
de dois ícones dos meus dois esportes preferidos nos últimos dias, apesar de
ambos amargarem a “sina do coadjuvantes” – Porque ao final do dia, a maioria
faz a seleção em cima apenas de quem está ganhando –, cada qual deixou sua
marca.
Franco
Columbu foi boxeador, ator e fisiculturista. Apesar de sua baixa altura (1,60,
se não me engano), era um homem de proporções físicas e força absurdas. Como
registrado no clássico documentário “Pump Iron” (disponível no You Tube e
Netflix), o atleta em seus tempos áureos conseguia até levantar carros de
pequeno porte, fora alguns recordes para a época, como 220 kg no supino. Arnold
era parceiro de treino, bem como – ao menos, segundo ele – seu melhor amigo,
mesmo tendo ridicularizado o amigo no citado documentário, e depois alegado que
era só promoção de evento. Em sua autobiografia, Arnold até que dedica um bom
pedaço a Franco, narrando como ambos saiam impressionando e pegando a mulherada
em bares e praias, motivavam um ao outro, e claro, jogavam quase diariamente
xadrez após os pesados treinos. Não há dúvida que os dois, junto a Lou Ferrigno
(o eterno Hulk dos seriados e filmes antigos) estão entre os atletas mais
célebres dos anos 80.
Pal
Benko, por outro lado, foi um longevo guerreiro dos tabuleiros, criador do “gambito
Benko” (também conhecido como “gambito Volga”), autor de vários livros
didáticos sobre aberturas, meio-jogo, finais e composições de xadrez, bem como
desafiante no torneio de candidatos em duas ocasiões, em 1959 e 1962.
Teria sua última chance de disputar esse mesmo torneio de elite, que garantia a vaga a enfrentar o campeão mundial (na época, Bóris Spassky, com seu “estilo universal” e elegante) em 1970, representando os Estados Unidos (país o qual ele foi campeão nacional OITO VEZES (!!), mas, em um gesto de humildade, cedeu sua vaga a Bobby Fischer – que se queixara da maneira baixa com que os russos agiam em campeonatos, a exemplo de empatarem jogos de propósito uns com os outros a fim de manter sua soberania, bem como ajudar em análises as posições de jogos que paravam em um dia para continuar no outro –, e Fischer de fato se tornou o campeão mundial em 1972, embora em sua egolatria, nunca tenha agradecido de verdade o sacrifício que Benko fez por ele.
Teria sua última chance de disputar esse mesmo torneio de elite, que garantia a vaga a enfrentar o campeão mundial (na época, Bóris Spassky, com seu “estilo universal” e elegante) em 1970, representando os Estados Unidos (país o qual ele foi campeão nacional OITO VEZES (!!), mas, em um gesto de humildade, cedeu sua vaga a Bobby Fischer – que se queixara da maneira baixa com que os russos agiam em campeonatos, a exemplo de empatarem jogos de propósito uns com os outros a fim de manter sua soberania, bem como ajudar em análises as posições de jogos que paravam em um dia para continuar no outro –, e Fischer de fato se tornou o campeão mundial em 1972, embora em sua egolatria, nunca tenha agradecido de verdade o sacrifício que Benko fez por ele.
O placar deles, aliás, em 19 partidas entre 1958 – 1966 foram de 7 empates, 3
vitórias para Benko, e 9 para Ficher. Mas, finalizemos o post com a primeira
vez que os dois gigantes se enfrentaram, onde ele esmagou o jovem talento em 41
lances:
E uma curiosidade final, que vi no Xadrez Brasil, foi o problema de mate em 3 que Benko criou, que nem o próprio Fischer conseguiu resolver, quiser tentar e deixar nos comentários, eis ele:
Brancas jogam e dão mate em 3!:
E ai? Gostou? Odiou? Deixe nos comentários e compartilhe o post.
Até o próximo.
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