Hello, folks, estou de volta, mas não
sei por quanto tempo. Faz um bom tempo desde meu último post, e a razão é que
estava ocupado, com questões de trabalho e pessoais. Agora estou de férias, mas
mesmo assim fiz um freela que me tomou um tempinho. Claro, não preciso
justificar porque me ausentei esse tempo todo, mas quem é vivo sempre aparece,
e eu consegui aparecer.
Sem mais delongas, vamos ao review do
número 2 de Capitão Marvel (Shazam é o cacete!) da Panini. Edição que custa extorsivos 9,90 por 48 páginas e
faz parte do cada vez maior grupo de mensais de luxo da Panini. Mas o objetivo
aqui não é reclamar do preço das revistas da editora, pois só isso já é margem
para uns cem posts.
No último número, Billy Batson e seus “irmãos”
foram parar no Reino da Diversão, governado por um tal de Rapaz-Rei.
Previsivelmente, este é mais um personagem que a gente sabe que se tornará vilão, e o Geoff Johns nem esconde muito isso.
Na verdade, o citado Rapaz-Rei está atrás é de emprego e quer ser o sétimo
membro da turma do Capitão Marvel. Claro que objetivos bons, ele não tem.
O tal Rapaz-Rei era um garoto que sofria
muito graças aos pais cruéis e acabou fugindo de casa. Perseguido pelos pais,
terminou por cair em um poço e encontrou a tal Varinha dos Desejos. Então, ele criou seu Reino da Diversão e acabou por aceitar outras crianças, que também sofriam maus-tratos de pais
violentos.
Para variar, como fez com Lanterna Verde
e Aquaman, Geoff Johns resolveu mexer na mitologia do Capitão Marvel. No caso
do Lanterna Verde, já havia muitos elementos construídos. No caso do Aquaman,
uma grande lacuna. No entanto, o Capitão Marvel, por sua vez, possui uma mitologia
bastante rica, mas desconhecida por muita gente.
De acordo com a nova mitologia do herói,
os reinos místicos são divididos em sete: o Reino da Terra; o Reino da
Diversão; o Reino dos Jogos; o Reino Sombrio; o Reino dos Monstros; o Reino das
Maravilhas; e o Reino Selvagem. E cada campeão da magia deve defender um dos
reinos.
No entanto, o tal Rapaz-Rei acaba dando
piti porque descobre que Billy e o resto da cambada querem voltar para casa e
que moram com os pais. E também porque descobre que Mary tem quase 18 anos e já
está na idade legal de beber, fornicar, dirigir e ir para a faculdade. Uma das
grandes cagadas que Geoff Johns fez foi desconsiderar Billy e Mary como irmãos
biológicos e também ter feito Mary mais velha que Billy. É por isso que ainda
prefiro o Capitão Marvel clássico que o dos Novos 52, mas não dá mais para
chorar no leite derramado, né?
Então, o Rapaz-Rei manda seus asseclas
palhacinhos pegarem Mary e a jogarem no poço; Billy e a patota não vão aceitar
isso numa boa e assumem suas formas super-heroísticas. Aí é que o dito
Rapaz-Rei fica puto da vida, pois fica achando que todo mundo é adulto
malvadão. Eugene, o coreaninho, e Pedro, o cucaracha gordo, são enganados pelos
palhacinhos e vão parar no Reino dos Jogos. Freddy Freeman e Darla vão parar no
Reino Selvagem. Lá, são capturados por uns meganhas animais antropomorfizados.
É aí que temos a
melhor coisa dessa edição, que é a volta do Sr. Malhado, um ilustre habitante
do Reino Selvagem, mas que não concorda com a cadeia alimentar e é detido como
subversivo.
Por sua vez, o
Capitão Marvel descobre o odioso segredo do Rapaz-Rei: todas as crianças que
completam 18 anos são mandadas para o fosso e obrigadas a trabalhar para manter
o Reino da Diversão. Será que ele conseguirá salvar Mary?
A revista conclui com a aparição do Adão
Negro, que está puto da vida. De alguma forma, ele conseguiu sobreviver ao
confronto anterior com o Capitão Marvel. Adão Negro descobre que os selos de
todos os reinos místicos caíram e resolve botar ordem na porra toda. Como Geoff
Johns é muito fã do personagem, tenho receio de que talvez o vilão roube o
protagonismo do Capitão Marvel. A bem da verdade, não acredito que o Adão Negro
será vilão, mais provável que será anti-herói mesmo. Fazendo uma analogia com
Cavaleiros do Zodíaco, Adão Negro seria o Ikki enquanto o Capitão Marvel seria
o Seiya. Então, quando personagem chega, já desce o cacete em todo mundo, sem coré
coré.
Essa edição conta
com os competentes desenhos de Dale Eagleshaw e Marco Santucci. Eagleshaw foi o
desenhista de Justiceiro Ano Um nos anos 90, mas a arte dele evoluiu bastante e
hoje ele é um fera. E olha que eu já gostava bastante do traço dele antes. Tem
também Mayo “Sem” Naito, que desenha o flashback mangalizado do Rapaz-Rei. Nota
8 de 10.
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