O Espetacular Homem-Aranha no 1 (ou a velha tática de renumerar as revistas para atrair novos leitores)




Última leitura. Nessa edição, começa a fase do Homem-Aranha por Nick Spencer, pós-Dan Slott.  Substituir Slott não será tarefa fácil, uma vez que ele ficou mais de dez anos escrevendo o Aranha. Entretanto, como Slott também tem muito haters, acho que as expectativas por essa nova fase do herói escrita por Nick Spencer não estão muito altas. Mas pior que ela não começa tão ruim assim.
Depois do confronto contra Norman Osborn como Duende Vermelho e da morte de Flash Thompson, Peter só quer seguir com sua vida normal; com suas duas vidas, aliás. A de Peter Parker e a do Aranha. Mas, para variar, a velha sorte dos Parkers se voltará contra ele. Nessa nova fase, o Aranha já começa enfrentando vilões como Bumerangue, Elektra, Rhino e Engrenagem. E Peter ainda tem de procurar um apartamento para dividir com seu velho amigo, Randy, mas os problemas começam quando o novo colega de quarto deles é Fred Myers, o já citado Bumerangue.
Como desgraça pouca é bobagem, o agora prefeito de Nova York, Wilson Fisk, o Rei do Crime, resolve apoiar publicamente o Aranha, e isso o põe em conflito com os outros heróis da cidade. Esse é um ponto falho do roteiro de Spencer, pois Demolidor, Luke Cage, Punho de Ferro e os outros heróis realmente não confiam no Aranha, e acho que pelo menos o Demolidor deveria ter dado ao teioso o benefício da dúvida, visto que sempre foram bons amigos e tal. Sem contar que nas histórias do Demolidor, o herói da Cozinha do Inferno pede ajuda ao Aranha para derrubar o Rei da prefeitura da cidade. Maior incoerência.
Como Peter Parker é fudido e azarado, ele acaba sendo acusado de plágio pela tecnologia conhecida como o Vigia, na Universidade Empire State. Claro que foi tudo um mal entendido, pois, quando Peter escreveu sua tese de doutorado, na verdade não era Peter, mas o doutor Otto Octavius, o Dr. Octopus, que dominou seu corpo e se tornou o Homem-Aranha Superior. Claro que Peter não tem como contar a verdade, e é difamado como um picareta do meio acadêmico e ainda perde seu emprego como editor de ciências do Clarim Diário.
Com tudo dando errado em sua vida, pelo menos agora Peter volta a ter sorte no amor. Depois de mais um confronto com Mystério, ele volta a pedir Mary Jane em namoro, e ela aceita. Peter e Mary Jane estão juntos de novo, para a alegria dos fãs, que estão putos da vida desde que J. M. Straczynski e Joe Quesada apagaram o casamento do casal da realidade, com a ajuda de Mefisto.
Peter também tem de voltar a estudar e enfim terminar sua graduação. Ele recebe uma segunda chance acadêmica, e quem deu essa forcinha foi justamente o Dr. Curt Connors, o Lagarto. A questão é que agora Connors está sob a forma de Lagarto, mas consciente. E quando o Treinador e o Formiga Negra atacam a Universidade Empire State, Peter deve dar um jeito de assumir a identidade do Aranha e derrotar os vilões. Vale dizer que o Treinador de um grande vilão quase invencível, o Exterminador da Marvel, se tornou o maior bucha. A questão é que, após a luta com os vilões, surge um surpreso Peter Parker. Mas Peter não é o Aranha? Como é que fica essa história? Essa edição tem os competentes desenhos de Ryan Ottley, que é novo no ramo, mas pode ser um artista promissor da indústria de comics. Nota 7 de 10.



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1 Comentários

  1. Bacana o texto, mas o Ottley não é bem "novo no ramo" dos quadrinhos, já que ele desenhou o Invencivel, da Image Comics, por mais de 10 anos.

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