ESPANTOSO HOMEM-ARANHA #01 - #04


“Alguns homens prosperam na independência.
 Outros desejam aprovação dos outros tanto que fazem
 piadas fúteis constantemente, tentando ganhar
risadas até de seus inimigos jurados.”

Roteiros: Nick Spencer
Desenhos: Ryan Ottley
Cores: Laura Martin
Capas: Ryan Ottley e vários artistas
Tradução: Donnie, Ozymandias_Realista
Revisão: Donnie
Diagramação: Faloko, Carique, Ozymandias_Realista
Finalização: Son Motta

Equipes: Spider-Team, SóQuadrinhos, Ozymandias_Realista!




N
ick Spencer vem escrever na corda bamba um dos títulos mais difíceis de se lidar nos quadrinhos, com missão cristalina de conciliar avanços na vida pessoal de Peter Parker, enquanto põe ele “De Volta ao Básico”, tanto para os leitores novatos – afinal, gibis mensais são ciclos –, quanto para os mais velhos que prenderam o amigão da vizinhança na ideia fixa de que ele deve ser jovem, pobre e azarado, quem sabe ainda, pelos próximos 50 anos do personagem. (e confesso que de certa forma, me enquadro nesse grupo, com ressalvas). A fase anterior, de Dan Slott, conhecida mais por excentricidades, a principio foi toda focada em “zerar” muito do que havia sido estabelecido por JMS (Parker professor, totemismo, Tia May sabendo do segredo, Guerra Civil, brotheragem com o Stark...) não só fazendo as histórias remetendo narrativamente às primeiras 100 edições, mas tentando (e claro, sempre há erros no processo) trazer o frescor e surpresa de novos vilões a cada número, desenvolvendo narrativas de subtramas, “cozidas” pedaço por pedaço, como quem não quer nada, até chegar em algo grande recompensando os leitores, no melhor estilo que Kirby/Lee faziam outrora no Quarteto Fantástico, só para citar. Por que dizer tudo isso? Por ser justamente essa a trilha que Spencer, sem arriscar muito, está fazendo com o Aranha. Como quem não quer nada, coloca Peter para voltar a interagir de forma não violenta com o professor Curt Connors, reata seu romance com Mary Jane, e até brinca com o aparelho que irradiou a aranha, lá em Amazing Fantasy #15.
O escritor trás parte do humor (bem recebido) de sua mini “Os Inimigos Superiores do Homem-Aranha” para alguns vilões classe C, bem como para a parte “babaca” do protagonista, embora por vezes o excesso possa pesar. O artista Ryan Ottley, a primeira vista, causa desconforto, entretanto seu trabalho se mostra bem competente ao passar das páginas, conseguindo combinar uma narrativa bastante fluida, por vezes até “salvando” partes que poderiam ser monótonas do roteiro, o cara pode não ser um John Romita Jr, mas é um colírio pós-Humberto Ramos.
Nota: 6,8




ATRASOS E BRIGA RESOLVIDA(?) COM OUTRO GRUPO DE SCANS


Me frustrou muito atrasar essa série. Não só pelas pessoas que esperam ler, mas por ter sido uma falha minha com um compromisso que eu tinha treinado pra assumir, me julgando apto. Inicialmente minha meta no mundo dos scans, era ir na manha fazendo as Marvel Adventures sem tretar com ninguém, mas conforme foram aparecendo outras oportunidades de títulos, fui assumindo, naturalmente eu gostaria de produzir de forma rápida como o Jon, do The Old Shinobi, mas outros compromissos acabam não dando tempo. E é justamente sobre o Jon, e alguns esclarecimentos que acho que devem ser dados.
Ano passado, quando tirei férias, eu praticamente não sai de casa nas duas primeiras semanas, só trabalhando freneticamente em scans. Deixei em dia na época o Ben Reilly, passei o Adventures para outro cara que diagramava, e tava mandando ver em ritmo de contagem regressiva nos últimos números do Espantoso, precisamente da #794 até a #801, sendo a #800 provavelmente a edição mais trabalhosa que já lidei, por ter mais de 80 páginas, comemorativa, etc. Nunca gostei dessa ideia de dois grupos fazendo o mesmo material, por mim, sempre daria pra fazer uma parceria, mais títulos seriam feitos, e todos saíram ganhando. Na época, esse rapaz, o Jon, começou, junto a alguns poucos outros caras, a fazerem alguns títulos por conta própria, geralmente séries fechadas, só pela diversão, nem mesmo haviam formalizado um grupo de scans, era apenas uma pequena galera no grupo de whats app do New Yakult tomando essa atitude que faz falta em 95% dos “leitores de scans”. Cheguei pro Jon, e mandei mensagens propondo parceria. Falei que tinha acabado essas outras edições, e que podia juntar o futuro grupo dele, com o meu e os demais que me associo -- até mesmo pela série ser quinzenal --, dois caras trabalhando nela seria ótimo, e ele recusou educadamente a proposta. Dizendo que só ia fazer as três primeiras, e depois ia fazer outras. O convite continuou de pé.


Por já ter tido várias guerras de grupos no passado, existe uma regra clara de que grupos não usam os scans de outros grupos. Porque nisso já teve gente assumindo crédito por coisa que não fez, e o que mais se pode imaginar.
Num belo dia, eu “pistolei” no grupo do New Yakult, criticando como os caras muitas vezes ficavam reclamando dos tradutores/diagramadores, como se fossem empregados deles, e postando os scans por lá, muitas vezes renomeando o arquivo, “usando capa original” como se tivesse vergonha do trampo feito pelas outras equipes, e ainda anunciando “os lançamentos do dia”, como se fossem deles. Após vir uns 20 pra cima, me baniram. Se terminasse ai, tava tudo ok. Os caras logo ficaram de piadinhas pelas costas – o que dava pra levar na boa até certo ponto --, até o momento que começaram com um boato de que eu tinha um “blog secreto”, que pegava as scans deles, alterando créditos e capas, e postando por lá, o que era uma zoação, passou pro campo da calunia, e ficaram passando adiante essa informação, como se fosse a coisa mais natural do mundo.

Nossa, depois te mando uma dedicatória.

De volta a esse título, por ele ser quinzenal, acabei atrasando a tradução dele por problemas pessoais, que fez me fez atrasar todos os demais que eu trabalhava, passando quase meses sem lançar nada. Nesse tempo, Jon encabeçou o grupo “The Old Shinobi”, e foi colocando o título em dia, estando quase igual com a numeração americana atualmente. A única parte que me irritava nisso, era o mesmo ficar com gracinhas ENQUANTO LANÇAVA AS EDIÇÕES como “ah, fiz uma parte aqui, e o Ozymandias não continua de onde parei, por questão de EGO”, em vez de assumir que ele que não quis trabalhar junto.
Eis que meses atrás, pelo Telegram, converso com o Jon, e “resolvemos a desavença”. Me desculpei pelos meus excessos em seu grupo, às vezes eu não fico impassível a algo que eu vejo que ta errado, e ficamos tranquilos. Refiz a proposta, agora de outra forma:

Vamos fazer assim, já que vive reclamando de edições duplicadas, eu viro seu diagramador desse título, e vou trabalhando com alguns caras nas edições que lançou antes, revisando elas, corrigindo alguns erros, trabalhando nos logos das capas, e portanto, colocando os selos de parceria.

E Jon, recusou, no direito dele. Mas disse que por ele, tá tudo mais que resolvido.

Afinal, não saia “ganhando” nada com isso após fazer todo o trampo.

E aqui sigo, por enquanto como diagramador, por mais alguns números, mesmo que devagar, até outras pessoas assumirem. Por mim, de boa. Tem muito gibi bom antigo do Homem-Aranha que tô trabalhando aos poucos, e a qualquer dia desses, eles começam a aparecer por aqui.


Fim dos esclarecimentos. Concordem, ou xinguem. Transparência sempre, em vez de ficar atacando escondido. Se existe alguma lição nisso, é que, não é porque não vou com a cara de alguém, que tenho que jogar a culpa de alguma coisa, sem prova alguma, nessa pessoa, e pronto, sair com a sensação de que “vai resolver dois problemas ao menos tempo”.

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Até o próximo.



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