RETORNO DE WOLVERINE #01 - #03




Roteiros: Charles Soule
Desenhos: Steve McNiven, Declan Shalvey
Arte-final: Jay Leisten
Cores: Laura Martin
Capas: Steve McNiven
Tradução: Arañita-Girl
Revisão: Psorx
Diagramação e Finalização: Sith
Parceria entre as Equipes: Renegados, Mochileiro dos Quadrinhos


“Nada sai daqui... A menos que você deixe sair.”


M
esmo ciente do quanto virou uma “piada de mesa de bar entre amigos”, a “morte” de personagens, as editoras ainda insistem nelas, e nós, mesmo cientes de cada assassinato de um querido herói de décadas ser meramente uma deixa para que ele “tire férias e volte renovado ao trabalho”, seguimos comprando, (ou lendo digitalmente, na malandragem) com um sorrisinho cínico no rosto. Tipo o George Clooney naquela obra prima de 1997:
 
"Quer me dizer que o Wolverine voltou, hein?"

Em 2014, após fases no mínimo dignas de nota de Jason Aaron com secular Wolverine, trazendo a tona um lado seu, digamos mais “maduro” ao se tratar de guerras, recrutamentos, e o próprio significado de suas diferenças biológicas aos demais, havia se tornado o “mais do mesmo” nas mãos de Soule, que para agitar as coisas, o tornou mais vulnerável, menos apelão gradativamente, culminando nisso: https://ozymandiasrealista.blogspot.com/2014/11/review-e-download-morte-do-wolverine.html
"Misturei viagra e wiskey na noite anterior, e olha no que deu."

Ou se quer apenas uma imagem, sem ter que LER NADA:


Agora, 4 anos depois, o mesmo Soule, sorrateiramente reconvoca McNiven, em uma que aposta no mistério, mesmo desprovida de sequer um digno de nota: Wolverine, no melhor estilo “Arma X”, acorda em meio a uma carnificina, desprovido de sua memória (é sério), com objetivos primários de achar o filho sequestrado de uma mulher – nem um pouco suspeita...—e de quebra derrotando uma nova vilã chamada Persefone, criada para essa nova fase, e em suas breves aparições, uma promessa de antagonismo pesado e inescrupuloso. Em uma espécie de “método Peter David para o Hulk” são mostradas no subconsciente do protagonista algumas de suas mais famosas versões, cada qual enjaulada e disposta a “sair”, entre elas o Caolho de Madripoor, a de sua primeira aparição contra o Hulk, e até mesmo vilanescas. O exercício criativo aparentemente é construir um “e se...” para valer, baseado no celebrado trabalho de Barry Windsor Smith, uma espécie de devolução do mito a onde ele supostamente “nasceu”, e com isso, características que lhe eram caras: ser animalesco, sem respostas do que aconteceu antes, disposto a fazer o certo, irrefreavelmente violento, trágico, e mais uma vez: sem saber quem é quem. Cabe ao leitor escolher esses números para ser seu ponto de partida para entender quem é Wolverine, ou ignorar e ir ler sua fase que está sendo publicada pela Panini na “Biblioteca Histórica Marvel”. Fico com a segunda opção.

Nota: 5.4
 

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Até o próximo.



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