É
isso mesmo. E eu me matando um tempo atrás pra chegar nos primeiros 100 mil. E
agora? Encho de propaganda, fico polido e me junto aos nerds pops?
POOOOOOOOORRRRRRRRAAAA
NENHUMMMMMMMMA.
Nerds
pops? “Nerds dominando o mundo”? Quem pensam que são, porra? Um dia desses eu tava
numa “palestra” um pouco antes da sessão de Vingadores Guerra Infinita. Nessa,
discutiram várias mega sagas da
Marvel da última década, e depois caiu no futebolístico “quero isso e aquilo”,
com a maioria dos integrantes (cujo um dos poucos que se salvavam lá, era o
colaborador Sr. W) aparentemente
passaram mais tempo assistindo vídeos sobre os gibis, do que OS LENDO. Sem
brincadeira agora, coisa de 5 anos atrás, eu iria encarar como alguém “me tirando”,
dizendo que o pessoal prefere ler / assistir sobre do que ler o material fonte,
entretanto hoje, vejo que é a REGRA. Parece ter mais gente gritando “ADAPTA
ISSO PRA TELA, UHUUU”, do que “Caramba, que fase foda aquela ali, preciso ler
com urgência!”.
Infiéis! Queimem! |
Um
desses integrantes da palestra, estava bem eufórico. Do tipo que olhando de
longe, dá até suspeita de ter cheirado uma
carreira daquelas. Botou um chapéu de bobo da corte (sério!) e ficou
pulando com o trailer de Guerra Infinita, que já havia sido
exibido trocentas (x mil)vezes. Pulava, como se tivesse marcado o gol que decidi-se
o mundial de uma Copa do Mundo.
Eu,
com meu caderninho, observava tudo. E pensava que ISSO É SER NERD. Graças a Deus, não padeço desse mal. Só
mais do tipo desapercebido, que prefere realizar um trabalho que faça reais
interessados lerem mais, do que colonizar as massas de forma tão lugar comum. Resenho,
traduzo, diagramo, te busco gibis, e por vezes empresto da minha coleção de
menos de 1 mil, mas dificilmente faço esse papel. Todavia eu sou um cara com
senso de humor, e sei ri do estrago passageiro de todo modismo nesse mar de
gente usando estampas de personagens sem nem terem lido uns 30 números do mesmo.
Dependendo do dia, dá pra rir, e quem sabe poder zoar bastante, como fazem hoje
com os excessos editoriais dos anos 90.
Quando
eu era criança, entupido de formatinhos de sebo, comprados com qualquer
trocados, era uma puta felicidade achar outra pessoas também estivesse lendo.
Parecia mais que eu era algum sobrevivente de Kripton, encontrando outro.
Participar de comunidades online, e poder discutir arcos era algo pra muito
orgulho. E eu ainda era o “aceita tudo”, em outras palavras, o tipo de cara que
só queria ler, que gostava de quase tudo o que via, ao contrário dos que tinham
mais tempo de leitura, que só sabiam zombar de quase tudo atual, com alguns
ressalvas. Os anos se passaram, e apesar de eu ter tido um padrão mais crítico,
não virei desses que detonam para não parecerem menos inteligentes, e nem que
acompanham tudo para não “ficar de fora”. Virei só mais um que gosta de ler
quando dá na telha, quando não, foda-se, e vai fazer outras coisas da vida, não
sendo mais refém disso, como outrora.
Entre
esses outros afazeres, um espaço do zero, que tencionei chegar em 1 milhão, sem
cair no lado fácil, e construindo todo um “Nick” para poder viver minha vida
livremente, caso desse uma zebra e fica-se famoso além da conta. E olha ai.
Missão quase cumprida, né, Silvio?
Está certo disso? |
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Até o próximo.
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