Créditos da edição #52:
Escritor: Jason Aaron
Desenhista e arte-finalista: R.M. Guera
Colorista: Giulia Brusco
Capa: Jock
Tradução, revisão, diagramação: Ozymandias_Realista
Finalização e diagramação: Epistarse HQs
“Sabe de alguém precisando de emprego? Diz a eles que podem ficar com o meu.”
Uma
das minhas profundas indignações quando assisti ao primeiro “O Poderoso Chefão”,
foi o fim “prematuro” ao Don Corleone (Marlon Brando). Revendo o filmes outras
vezes, fica claro a função narrativa ser o motivo que faz a conversão de Mike
no Don daquela geração, talvez por essa idiossiocracia, eu ainda prefira a
sequência, que mesmo de forma fragmentada, mostra mais sobre como o patriarca
se tornou a figura mítica do crime, isso, deve ter me instigado a gostar mais
de Escalpo, em especial meu personagem preferido da série, o Lincoln Corvo
Vermelho, uma lapidação e extensão do “arquétipo” Don Corleone, que desde do
longa de Coppolla serviu tanto de fonte, que virou paródia e lugar comum. Ainda
assim, Aaron (logicamente não se inspirando só nele) conseguiu trazer nuances
novas, enquanto combinou com “Scarface” (remake do Brian de Palma), com algumas
“figuras históricas”, assunto para um futuro post, e futura pesquisa. Aqui o
acompanhamos ter sucesso enquanto causador de toda espécie de deturpação do que
é certo, e ser punido quando se tenta ser honesto em situação irremediável.
Outro clichê de gênero que não parece perder nunca a graça, a série da Netflix “Narcos”
que o diga. É triste, mas mata a sede de revanche do leitor. A cena em que o
velho índio gangster vê seu cassino vazio, em provável boicote por tentar ser
correto, é de rara sensibilidade nos gibis, lembrando até de certa forma, o final
do filme “Touro Indomável”.
A
mesma complexidade infelizmente não se aplica ao agente federal que o persegue
por um crime mal resolvido de décadas atrás, talvez uma forma do autor de reforçar
a atemporalidade de “a meus amigos favores, a meus inimigos a lei”, instruindo
o cada vez mais fora da missão Dash Cavalo Ruim, ainda em processo –mudo— de
montar as últimas peças do quebra cabeça ligado ao assassinato da sua mãe,
talvez um dos relacionamentos mais polêmicos de toda a saga. É de destaque a
cena dele “voltando as origens” indo comprar um nunchaku na mesma loja onde
comprou o primeiro com sua mãe, muito bem sacado, embora Aaron tenha usado com
mais sucesso posteriormente esse recurso emocional mais a favor da narrativa,
em Justiceiro Max, embora isso seja assunto para outro dia. E o Shunka? Qual
lado ele resolveu escolher nesse imbróglio? Bem, observe a imagem e aguarde em
maio a próxima edição!
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Até o próximo.
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