[TIME PARADOX] Pimp my PRide!


- Eu tenho um sonho. - Diz um respeitável homem negro conforme adentra a garagem do popular reality show.
- Olhem quem nós temos aqui! - exclamava o animado apresentador, o rapper Xzibit - Martin 'Yo' Luther King Jr 'Brotheeeeeeer'!!!
- Hehe - ria Luther de forma divertida - Me divirto com a forma que você fala como se estivesse sempre em um show de rap, senhor Xzibit.
- VOCÊS OUVIRAM ISSO? - ele grita para a câmera - Martin Luther King 'Cara' acabou de me chamar de "senhor"! WOOOOOOOOOOOOOOW! - Ele grita exageradamente para a câmera.
- Hehe - Luther ainda ria de forma divertida - É um prazer estar aqui no 'Pimp My Ride'.
- O prazer é todo meu, Jr! E pode me chamar de Xzibit, ou apenas de Dude, se você achar melhor! Então, o que você estava dizendo, mestre Luther? Sobre ter um sonho e tal, yo!
- Eu não sou mestre de ninguém. Meu sonho é que possamos viver todos como irmãos.
- É isso aí! É isso aí! - Xzibit repetia enquanto batia palmas emocionadamente.
- Mas eu tenho outro sonho também! - Martin já continuava. - Nós aprendemos a voar como os pássaros e a nadar como os peixes. Mas ainda é impossível atravessar a avenida principal em menos de 40 minutos na Hora do Rush de Nova York, cara! Ainda mais com essa minha caranga velha.
- Nós sabemos exatamente do que você está falando, Sr. King! - o apresentador falava pra câmera - Vamos lá dar uma conferida no possante de MARTIN-LUTHER-KING-JR! De volta dos mortos, yo!


- Meu Deus! - exclama Xzibit - De quando é essa lata velha, Sr. King?
- Am, meu rapaz... Isso aí eu usei... Acho que em 1955 quando boicotávamos o ônibus de Montgomery.
- Virgem Maria mãe de Cristo, senhor King! Como você andava nisso?!
- É melhor tentar e falhar, que em conformismo ver a vida passar.
- É... acho o que ele quis dizer foi... transformem minha lata-velha em um carrão, irmãos do Pimp My Riiiiiiiiiiiiide! Vamos dar uma olhada por dentro!
Junto com Martin, Xzibit entra no carro velho e vai conferindo os detalhes - Parece que alguns acessórios essenciais para o seu conforto durante o trânsito ainda não haviam sequer sido inventados na época do Sr. King, amigos!
- Devo lembrá-lo que como negro na época era muito difícil conseguir qualquer tipo de atendimento decente.
- Mas você terá o melhor atendimento possível aqui no Pimp My Ride, Sr. King! Vamos tentar ligar isso aqui.


BRuiiiiiiim................


- MAS QUE MERDA FOI ESSA?!
- O que me preocupa não é nem esse grito que ele dá quando gira a chave, o que me preocupa é o silêncio que dá no meio do caminho!
- Vamos dar um jeito nisso, Sr. King! Parece que a nossa volta fica pra depois, no final do programa. Vamos trabalhar, caras!




DIAS DEPOIS...

- Ok, ok, Sr. King. Está ansioso para ver o que fizemos com o seu filhote?
- Posso não ter feito o melhor, mas lutei para que o melhor fosse feito.
- Hehe, você tem mesmo umas frases muito legais, Sr. King. Agora me diga o que você acha do seu... 








BAT-MÓVEL!



- Vocês transformaram meu carro no Bat-Móvel?! - Pergunta o ativista surpreso.
- É isso aí, Sr. King! O carro mais legal de Hollywood! Nós trabalhamos da seguinte forma: existe nenhum personagem mais negro na cultura pop do que o Batman!
- Mas...
- Eu sei o que você está pensando! Mas Bruce Wayne não é negro, ele é um playboy branquelo que fica construindo aparelhos customizados, pegando vadias insandescidas e depois as mandando pro Asilo Arkham. Mas isso é só porque quando eles lançaram Detective Comics#27, os negros praticamente não existiam na cultura pop americana. Senão eu te garanto... Com toda a sua atitude e sutilidade, conhecimentos sobre o mundo das ruas, Batman seria um herói de etnia negra. Yo!


- Entendi o seu ponto... Posso experimentar?
- É claro, Sr. King! Mas antes vamos falar um pouquinho mais sobre histórias em quadrinho, você se importa? Não é sempre que há essa oportunidade no programa!
- Se o programa é seu, tome a liberdade de guiá-lo como sua consciência diz que é certo.
- Eu não quero ser confundido com um poser que começou a fazer pesquisas culturais na Internet depois de "The Big Bang Theory". Xzibit é pura cultura, cara! Desde das minhas meias, passando pelas minhas bolas ao meu cérebro. Talvez você ache que eu devesse ter afirmado que o Pantera Negra é o herói mais negro do mundo das histórias em quadrinho... Mas como ele nunca apareceu no cinema ou séries de TV... Ninguém conhece! Então achei mais seguro que nos inspirássemos no Batman, o Cavaleiro das Trevas, yo!
- Desconheço esse personagem que você falou... Mas o que importa? Agora vou poder dirigir o carro do Batman!
- Todos os dias defendendo Nigga City, yo! Mas antes! Temos um convidado especial no programa que vai te acompanhar! Segure os seus cintos para, o Batmaaaaaaaaaaaaaaaan!!!


E a câmera revela Batman no set do programa.
- Ai caramba! É mesmo o Batman! Espero que não seja o Ben Affleck - King dizia tentando ver o rosto dele de baixo pra cima.
- Yo, yo, Sr. King, não podemos revelar a identidade do Batman no programa. Vamos dar uma-- Ei, o que você está fazendo aqui? - a câmera passa pro lado revelando...






- Que papo era esse que estavam falando que ninguém me conhece? - pergunta o Pantera Negra.
- Quem é esse? É o tal do Pantera Negra? - perguntava Luther King sem estranhar mais nada.
- Sim, ele é o Rei T'Challa, majestade de Wakanda, criado por Stan Lee e Jack Kirby em julho de 1966! Mas eu não entendi, ainda nem fizeram um filme, o que você está fazendo aqui?
- Com meus sentidos aguçados ouvi muita besteira sendo dita quanto a minha popularidade. É um absurdo o primeiro herói negro da história, que já lutou ao lado do Quarteto Fantástico e dos Vingadores, ser chamado por um apresentador de TV negro de "desconhecido" e substituído pelo Batman.
- Cara! O que você tá falando? Então por que que o seu arco (yo, muito bom, diga-se de passagem, yo) com o diretor Reginald Hudlin e John Romita Jr. se chama "Quem É O Pantera Negra?".

?????????????

- Oh... Tá bem, vocês venceram. T'Challa reconhece uma derrota.
- Ei, antes que mais um personagem da ficção nos interrompa, como é que você faz tudo isso... 'mano' Xzibit? - pergunta o Martin Luther King desconfiado.
- Am? Hehe. Como assim? Hehe. Do que você está falando, cara? - ele parecia meio nervoso e desconcertado.
- O Bat-Móvel e... todos esses caras. Como foi que você fez isso?
- Larga de cafonice Malcolm, quer dizer, Martin, isso é segredo de profissional, hehe, essa é a televisão. - ele responde com um sorriso apreensivo olhando pros lados com insegurança.


- A verdade - diz o Batman se colocando a frente da câmera. - É que ele só manejou fazer tudo isso porque é um ser manipulador de realidades da quinta dimensão. Quem mais se chamaria "Xzibit"?
- Droga, Batman! Não devia ter te chamado pro meu programa!
- Eu sabia que você só podia ser da laia de Bat-Mirim, Mxyzptlk, Qwsp, Thunderbolt, Walt Disney e todos aqueles outros. - o herói conta mostrando seu raciocínio frio e calculista.
- Humpft. Ah é, Batman? Então como melhor detetive do mundo você deve saber que só pode se livrar de mim se eu pronunciar meu nome de trás pra frente, yo! E isso não vai rolar, humpft. Nem vem negão, yo!


- Aceite logo... Eu não sou negro na cronologia regular... E posso fazer qualquer coisa, porque... Eu sou o Batman!
Então de forma inesperada Batman agarra o pescoço de Xzibit e o esgana como se fosse um videogame ou um controle remoto, forçando com que saia da garganta dele:


TIBIZX!

E assim, o rapper apresentador de TV some no espaço apresentado na rede de entretenimento MTV, sendo banido de volta para o reino de Zrfff.
- Então ele era mal???
- Eu não gostava dele, ninguém pode ficar brincando com a realidade assim. É sempre uma questão de tempo até dividirem um episódio em duas partes dos super-amigos. Mas não se preocupe, Senhor Martin Luther King, reconheço sua honra e importância nos direitos civis dos Estados Unidos da América. Vou te ensinar como se usa o Bat-Móvel.
- Vamos lá!


Em menos de um minuto, de dentro do Bat-Móvel, Martin Luther King exclama chocado observando o Batman dirigindo - Mas precisava explodir a porta?
- Nosso amiguinho Xzibit já não está mais por perto pra fazer coisas chatas como abrir a porta. E é assim que o Batman faz as coisas!
- Oh... Ok, só não dirija tão rápido!
- Então, Luther, vamos direto ao assunto. Admiro muito você lutar pela causa da Liberdade, e da Justiça. Sei que se inspirou em mim, já que faço isso há muito mais tempo que você. Tenho uma looooonga lista de seguidores, cara, de todas as idades! De todos os gêneros! De todos os países! Até os animais seguem o Batman. Agora que você tem um carro da hora, seus ideais vão começar a representar alguma coisa. Agora você vai poder ser irado! Que nem eu! Veja só, tá vendo aqueles brancos opressores ali? É que eu não vou te deixar sozinho no carro agora, senão quebrava as pernas deles, mas veja o que acontece quando eu aperto esse botão.
- Jesus Cristo, Batman! Você matou eles!
- BÉH!!! Errado. O Batman não mata. O senhor está precisando ler mais histórias em quadrinho, mas não se preocupe, haverá bastante tempo para isso. Olhe ali, em cima daquele prédio!
- É algum super-vilão?
- Não!!! Um outdoor racista! Por que depois que passa na faculdade ele fica mais claro?! Humpft, vamos dar um jeito nisso!


- O que é isso?! Não precisava de mísseis no meu carro!
- Você viu nem metade, Sr. King!
- Batman! O que há com você? Seus traços... parecem mais grossos... como se você tivesse recebido uma arte-finalização pesada...
- Temo que não posso ajudar agora, mas meu amigo aqui atrás deve saber te explicar.
Então do banco de trás se levanta um velhinho mal-encarado, parecido com um frango, vestido de Robin com um chapéuzinho.
- O que é isso?! - exclama Martin - Esse Robin não está muito velho???


- Eu sou Frank Miller - explica o escritor - Eu só peguei essa fantasia aqui atrás. Não queria parecer apenas um escritor/desenhista andando no Bat-Móvel.
- E como você pode me explicar o que está acontecendo?
- Sabe, vocês pretos, negros, como quiser - o escritor começa a explicar - tem que criar culhões e conseguir as coisas com as próprias mãos! Ficar chorando por direitos e liberdade é frescura! Preste atenção no que eu tô dizendo.
- É, presta atenção aí - diz o Batman dirigindo feito um louco com um sorriso maroto.
- Nunca que um branco privilegiado filha da mãe vai ficar com peninha de você, ou... ou... prestar atenção nos seus discursos sobre como você é humano e tem "sentimentos"! E blá blá blá! O racista não é humano! Ele quer te tratar que nem merda, só porque ele acha que você tem cor de merda! Se eu fosse preto teriam que me prender com a quantidade de brancos que eu já teria MATADO! Só que esse é o ponto, eles nunca iriam me pegar! E é por isso... que eu teria respeito.
- Mas isso não é correto! - protestou King - Isso é barbaridade, tem nada a ver com os ensinamentos cristãos, meus irmãos confusos!
- #$%@!... Esquece esses ensinamentos cristãos, cara, esquece. Você tá andando com o Batman agora. Batman e Frank Miller, caso você tenha esquecido o meu nome! Cristo ficou com nhein nhein nhé e no que que deu?
- Mas...
- Não tinha que ter carregado cruz nenhuma! Jogava um raio na cabeça daqueles caras!!! Você já leu alguma estória que o Thor ou o Hulk é crucificado?! É claro que não! Quero dizer, eu tenho nada contra o cara, contra Cristo, mas só não acho que ele tenha passado boas ideias pra sobreviver na sociedade selvagem dos seres humanos. Hehe, o que eu preciso dizer? Ele não sobreviveu!
- Existem duas coisas que você tem que fazer nessa vida, King - explica o Batman enquanto dirige - Uma, sobreviver; duas, ser o Batman!
- E caso não tenha roupa de Batman, é só improvisar uma de Robin que nem eu - Miller explica sorrindo, mostrando porque é fodão - Senão nem vão ouvir falar de você. Que nem aquele... Você já ouviu falar do Pantera Negra?!
- Na verdade eu conheço ele, sim senhor.
- Você só conhece porque você é preto-idealista e gosta de ficar fazendo pesquisas sobre as conquistas da sua raça, nas... nas... nesses sites de pesquisar na Internet!!! Senão você não conheceria porra nenhuma!!! Escute! Esquece da Bíblia. Você já leu Sin City?!
- É claro que ele deve ter lido - responde o Batman -  E caso ele não tenha, não vamos deixá-lo sem graça por isso.
- Vocês não me deixam falar - desabafa o velho homem - Mas as coisas não são assim tão simples. Há uma lista de razões porque a violência não nos ajuda a alcançar o reino com o qual sonhamos dentro de todos os nossos corações.
- Pelo visto você prestou atenção em nada do que eu disse - resmunga Miller - Mas segura aí. Estaciona o Caralho-Móvel, Batman! Temos companhia.


Eles saem do carro, e assustado King pergunta:
- Deus meu! Quem são esses homens?
- Somos a Legião dos Brancos do Mal! Temos estórias de origem que serão devidamente contadas em produtos caça-níquel; mas no momento vocês só devem se preocupar com suas vidas! E suas peles! Que serão devidamente esfoladas.
- Hah. Essa é a hora, Batman. - diz Miller excitado - Essa é a hora, King.
- Não cometam o erro de nos confundir com o Ku Klux Klan! Somos superiores! Somos melhores do que eles! Nossas roupas são mais legais e nunca sacaneamos nenhuma garota que era parsa dos Ramones! Porém... vamos acabar com vocês, liberais idealistas!
- Manda a ver! - sussurra Frank Miller tirando duas espadas samurais de seu cinto de utilidades. Ele assovia e todas as prostitutas da cidade se unem atrás dele com suas espadas e metralhadoras. Elas surgem de todos os cantos! De trás de postes, tampas de bueiros, debaixo de carros e daquele bolso que você não usa da sua calça!


- Então será guerra... - resmunga o branquelo - Então terá sangue...
- Não sei não, cara... - sussurra um branquelo número dois no ouvido dele - Eles têm... o Batman!
- Dane-se, cara!!! Todo mundo sabe que o Batman não tem super-poderes! Ele apanhou pra caramba no último filme e todo mundo sabe que o Frank Miller tá com câncer.
- Cof, cof-- Vamo passar ferro na boneca!
- Manda a ver!
- Eu sou a noite!
- Tantos brinquedos e já estou ficando entediada...
- PAAAAAAAAAAAAAAAAAREM! - grita o único homem que ainda tinha bom senso naquela multidão! Um sonhador! Um idealista! Um americano de princípios: Martin Luther King Jr!




- Eu suponho... Que nenhuma verdadeira razão foi dada para esse conflito, até o Batman começar a atirar e explodir pessoas pelas ruas da cidade. Como o veículo era meu... Eu me responsabilizo pelas atitudes dele... E... devo pedir... Desculpas.
Faz-se um silêncio.
- Bah! - resmunga Frank Miller.
- Meus irmãos e irmãs americanos. Gostaria de aproveitar a presença, de nossas irmãs prostitutas que têm que aguentar o peso das mais escuras ruas da sociedade, passando pelo meus compatriotas maníacos e os cidadãos trabalhadores brancos da classe média-alta, para pedir que todos tiremos um minuto de reflexão.
Todos param e começam a pensar.
- É errôneo servir-se de meios imorais para alcançar objetivos morais. O sangue nunca fez brotar da terra belas flores, ele apenas suja o solo com uma mancha que ao passar do dia só fica mais preta.
Um membro da Legião dos Brancos do Mal contém uma piadinha racista.
- Nós não podemos nos concentrar apenas na negatividade da guerra, mas também na positividade da paz. Olhem para o passado. Vocês ouviram belas histórias dos seus antepassados? De nossos pais, avós e tios? Ou vocês ouviram contos de desespero e hipocrisia, recheados de personagens que simplesmente não estavam juntos no final feliz? O presente, irmãos e irmãs, não é o tempo para orgulho, convicções exageradas e violência. É o tempo para surpresas e novas tentativas, o presente pode ser sempre a esperança de um novo dia.
As prostitutas e os racistas largam as suas armas e ficam pensativos.
- Nós não somos o que gostaríamos de ser - continua King - Nós não somos o que ainda iremos ser. Mas graças à Deus, não somos mais o que nós éramos.


Todos se sentem tocados e dispersos; sentem o instinto de se abraçarem, mas a Legião dos Brancos do Mal fica com nojinho de abraçar as mulheres porque elas têm cheiro de perfume de prostituta, e as mulheres ficam com nojo de abraçá-los porque eles têm cheiro de punheta.


Frank Miller desacreditado e com raiva fica tremendo olhando pra frente com sua fantasia de Robin sem mudar de posição com o Batman inseguro logo atrás dele.
- Am... Miller, o que nós vamos fazer agora? Parece que eles foram todos pra casa.
- Grrrrr... Escute aqui, Batman... Qual foi o último lugar que você viu o Superman...? Estou precisando chutar o rabo de alguém.
- Então senhores... - Interrompe Martin Luther King - E o que vocês dois aprenderam hoje?
Batman: Eu... vou me isolar na minha caverna, usar o dinheiro que uso pra acessórios customizáveis pra ajudar a caridade e iniciar um tratamento terapêutico assim não criando uma legião de super terroristas... É.
Frank Miller: Grrrr... cof. Eu... Eu... Eu aprendi que não se deve fazer sequências como "Cavaleiro das Trevas 2"... Pronto.
- E esse é o melhor que você pode fazer?
Batman: Também usarei o dinheiro para financiar produções cinematográficas de heróis menos conhecidos, como uma última sequência para o Hellboy.
Frank Miller: Grrrrr... Tá bom... Eu vou voltar pro passado e avisar a mim mesmo para não fazer o Cavaleiro das Trevas 2.
- Muito bom, irmãos. Juntos... somos mais fortes.



E APÓS OS COMERCIAIS...



Martin Luther King Jr. se aproxima da câmera no seu Bat-Móvel e alegremente diz:

- Um carrão é o catalisador que cria a ambiência necessária para uma nova partida, para um reinício! E esse foi o Pimp My Ride, pessoal! Com Martin Luther King, Frank Miller, Pantera Negra e até o Batman! Não percam o próximo episódio semana que vem, onde o apresentador Xzibit deve ser substituído por outro apresentador talentoso, já que hoje ele foi banido de volta para a quinta dimensão. Acreditem nos seus sonhos e fiquem ligados!




TIME PARADOX! 
CONTEXTUALIZAÇÃO E ADENDOS DO TIO JOKER

Olá, caro leitor que deve estar um pouco assustado agora. Migrei esse texto pra cá porque o Ozy NÃO PARAVA DE ME ENCHER O SACO pra migrar, então coloquei. Ele foi originalmente publicado no finado Blog Joker (link aqui). Lá eu não coloquei qualquer explicação porque eles estavam meio que acostumados comigo jogando um post nada a ver com o outro, mas aqui acho melhor explicar. Esse texto foi feito em janeiro de 2015, eu estava meio sem o que fazer porque não tava estudando nem trabalhando, então entrei em um workshop de escrita onde a professora passava alguns exercícios assim, o que gerou esse texto foi um em que ela falou pras pessoas fazerem algumas anotações em um papel, entre elas um programa de TV e uma celebridade, aí a gente trocava os papeis e você tinha que escrever envolvendo dois dos temas escritos. Os mais familiares pra mim (que nem eram tão familiares assim) eram Martin Luther King Jr. e o programa de TV Pimp my Ride. O resultado foi o texto acima.

1.Claramente, como entendo nada de carros, na primeira oportunidade que tive resolvi enfiar um tema que eu entendesse melhor. História? Política? Mulheres? Não! Batman! Funcionou... é um terreno mais familiar do que carros, hehe.
2.Esse Frank Miller caricato, eu nem sequer acho que ele é assim, aliás, eu sei que ele não é. Só quis aproveitar a fama (exageradíssima ) que ele tem de extrema-direita pra usá-lo com esse estereótipo no texto.
3.O mesmo vale pro apresentador do programa, o rapper Xzibit. Eu não sou tão familiar dele quanto do Frank Miller, mas assistia o programa por um tempo no horário de ir pra escola, eu tinha até um videogame desse programa, e sei que o Xzibit não é um estereótipo de rapper exagerado, mas foi outra coisa que eu exagerei conscientemente só pra ficar um personagem caricato mesmo (mais uma vez, parece ter funcionado, senão eu não sei como o tornaria divertido, teria que exagerar o Martin Luther King pra fazer um contraste, e  a ideia era que ele fosse a única pessoa sã da história).
4.Quer saber qual foi o resultado na oficina? Lá os textos produzidos ficavam expostos pras pessoas pegarem pra ler e opinar. O meu? Nem vi! A moça não colocou! Não culpo ela pela censura. Quer dizer, claro que a culpa é só dela, mas quero dizer que não condeno, eu entendo que um texto assim poderia ser extremamente polêmico, e faz sentido evitar problemas fáceis de serem evitados, não achei nada demais. E inclusive, a recepção foi boa na Internet, já que o Ozymandias gostou tanto que me fez passar pra cá.
5.Tinha outros textos que eu coloquei lá e as pessoas gostavam bastante. Nunca esqueço um que uma velhinha perguntou "quem foi que escreveu esse? Foi você? Ficou legal, eu gostei muito!" ela falou fazendo um positivo dando mó sorrisão, eu achei graça, hehe.

É isso. Am... É, é isso. Que estranho... O paradoxo temporal termina aqui, Martin!


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