Guerras Secretas – O Cerco e
Caveira Vermelha, com a minissérie Siege, escrito por Kieron Gillen e a Caveira
Vermelha, escrito por Joshua Williamson, lançado pela Editora Panini.
Caveira
Vermelha mostra um esquadrão formado por Magneto, Electro, Rocha Lunar, Soldado
Invernal, Halloween e Lady Letal, sob o comando de Ossos Cruzados, que foram
enviados a mando de Destino para se certificar de que o Caveira Vermelha estava
realmente morto. Lendas diziam que o Caveira havia sobrevivido às Terras Mortas
e seus ideais de que Destino era uma farsa começavam a se espelhar pelo Mundo
Bélico. Não sou de fazer comparações, mas foi inevitável não pensar no
Esquadrão Suicida ao ler as primeiras páginas dessa minissérie em três edições,
onde uma equipe de vilões é enviada para uma missão suicida com coleira
inibidoras de poder e com sua liberdade em jogo caso sejam bem sucedidos. O
problema é que, já a partir da segunda edição, a trama muda drasticamente e se
perde, a meu ver. Leitura insatisfatória.
Faz
dez anos que a Comandante Abigail Brand lidera as forças de defesa do Escudo
rechaçando qualquer ataque contra os domínios de Destino. Enquanto se
preparavam para um novo ataque vindo do sul, uma versão futura de Kang aparece
e diz que, em 20 dias o Escudo cairá e Thanos será o responsável por isso. A
partir daí, um clima de tensão e perigo se instala, à medida que a contagem
regressiva para os 20 dias chega ao fim, e os defensores da muralha não fazem
ideia de quem é Thanos... até o dia em que ele aparece! Um dos poucos tie-ins
que faz ligação direta com a saga principal. Mostra basicamente os últimos dias
do Escudo e do domínio do Deus Destino sobre o Mundo Bélico. O humor sagaz de
Abigail está presente do início ao fim, sendo a personagem principal. De resto,
uma narrativa fluída e um roteiro que não compromete, mesmo tendo de fazer uma
conexão íntima com a saga em si. Leitura recomendada.
Guerras Secretas – Zonas de
Guerra, com a minissérie 1872, escritor por Gerry Dugan e desenhos de Nik
Virella, e Onde Vivem os Monstros, escrito por Garth Ennis e desenhos de Russ
Braun, lançado pela Panini.
1872
conta a história da cidade de Timely, governada pelo inescrupuloso Prefeito
Wilson Fisk. O único que mantém a integridade e cumpre a lei é o Xerife Steve
Rogers. Depois de salvar a vida do lobo Vermelho que seria injustamente
enforcado por tentar destruir uma barragem que impedia a água de chegar a seu
povo, Rogers desperta a ira de Fisk e do Governador Roxxon, que envia um grupo
de mercenários em seu encalço. Um clássico conto de faroeste, com todos os
elementos que seus fãs apreciam, envolvendo heroísmo, bravura, corrupção e
vingança. Durante a história é possível perceber vários personagens do universo
Marvel em papéis bem distribuídos. A arte combina com o estilo da história e
deixa no ar um desejo de querer ler mais. Leitura recomedada.
Onde
Vivem os Monstros, conta a história do vigarista e aproveitar piloto da
Primeira Guerra Mundial, Karl Kaufmman. Enquanto tentava fugir de mais uma de
suas armações, se deparou com a bela Clementine Franklin-Cox, que necessitava
de uma carona, mas logo foram pegos por uma estranha tempestade que os
direcionou a um mundo selvagem e habitado por selvagens dinossauros e criaturas
gigantescas. Mas não só isso, o lugar era habitado por uma tribo de guerreiras
e escondia mais segredos do que se podia imaginar. Uma história típica de Garth
Ennis, com seu humor negro e sem medo de desconstruir um antigo, pouco
conhecido, mas bravo herói de guerra, transformando-o em um canalha
incorrigível. A revelação final e o destino de Kaufmman fecham com chave de
ouro essa história maluca e divertida. Leitura recomendada.
Guerras Secretas – Guardiões
da Galáxia 4, Com as minisséries Senhor das Estrelas e Kitty Pryde e Capitã
Britânia, lançado pela Panini.
O
primeiro arco em três partes, escrito por Sam Humphries e desenhos de Alti
Firmansyah, conta as aventuras de Peter Quill, um dos poucos sobreviventes que
escapou na balsa criada por Reed Richards e que foi parar no Mundo Bélico. Ele
vem se escondendo na Sala Silenciosa e conhece a versão de Kitty Pryde que
trabalha para a Fundação Futuro de Deus Destino. Ela está atrás de uma anomalia
para Valéria, mas é roubada por Gambit, o Colecionador. Uma aventura rápida e
divertida, sem mais nada a acrescentar. Os desenhos cartunescos ajudam a dar o
tom cômico da história. Leitura razoável.
O
segundo arco em duas partes, escrito por Al Ewing e desenhos de Alan Davis,
conta a história de Yinsen City, domínio em que Yinsen foi salvo no lugar de
Tony Stark e agora rege seu domínio de maneira justa. Porém, com a chegada de
Faiza Hussain, a Capitã Britânia e de seus próprios questionamentos, a cidade
toda é condenada a ficar à mercê da rival vizinha Mondo City, regida pela
Baronesa e Thor Hill. A arte de Alan Davis continua em alto nível, mas a trama
em si é simples e também não acrescenta muita coisa. Acredito que se a
minissérie fosse um pouco mais longa, haveria tempo para um desenvolvimento
melhor. Leitura razoável.
Guerras Secretas –
Homem-Aranha 4: Guerras Secretas 2099, escrito por Peter David e desenhos de
Will Sliney, lançado pela Panini.
Guerras
Secretas 2099 mostra a cidade de Nueva York, dominada por megacorporações, onde
uma delas, a Alchemax financia seus heróis, os Vingadores que são liderados por
Miguel Stone, ex-Homem-Aranha. Depois que um de seus integrantes sofre um
atentado de morte, os Vingadores são convocados para investigar e se deparam
com os Defensores, um grupo de heróis que age de forma independente. Peter
David dá continuidade ao universo 2099 que ele mesmo criou nos anos 90,
reimaginado para o Mundo Bélico. E faz isso bem a seu estilo, com diálogos
sagazes e, por vezes, divertidos, personagens bem definidos e muitas vezes debaixo
de um código dúbio, e uma trama que reserva uma pequena surpresa no final.
Leitura recomendada.
Guerras Secretas – Vingadores
4, com a minissérie Salve a Hidra, lançado pela Panini.
Em
Salve a Hidra, conhecemos mais um sobrevivente da Terra 616 antes de Guerras
Secretas – Ian Rogers, filho de Arnin Zola e que foi criado por Steve Rogers e
Sharon Carter. Ian vai parar no Mundo Bélico quando enfrentava Zemo momentos
antes do fim de tudo, e acaba parando em um domínio regido por Zola e cuja
resistência é liderada por Rogers. Rick Remender, criador de Ian, enfoca no
personagem tentando lidar com toda essa situação, e aproveita mais uma vez para
tratar de questões familiares, assim como fez em sua passagem pela revista do
Capitão América na fase Marvel NOW. Além disso, deixa o final com muitas
questões em aberto, ficando à cargo da imaginação do leitor. A história
complementar traz o agente Hank Johnson da Hidra e seu dia-a-dia. Uma história
completamente hilária com momentos divertidos do começo ao fim. Destaque para a
cena inicial emulando a invasão de Nick Fury ao QG da Hidra extraído da revista
Nick Fury, Agente da SHIELD #1 lançada nos anos 60 com desenhos de Jim
Steranko. Leitura satisfatória para a série principal, mas a história do agente
Johnson é altamente recomendada, pena que não foi uma minissérie também.
Guerras Secretas – O Fim do
Universo Ultimate, escrito por Brian Bendis e desenhos de Mark Bagley, lançado
pela Panini.
Fim
do Universo Ultimate mostra um domínio diferente de Manhattan. Quando Destino
criou o Mundo Bélico, uma “anomalia” passou despercebida e uma mistura das
Terras 616 e 1.610 sobraram com alguns heróis de ambas as Terras situados em
Manhattan. Agora, eles precisam descobrir o que está acontecendo. Foi mais uma
boa história como parte dos tie-ins de Guerras Secretas, mas como um final
definitivo para o Universo Ultimate, achei que poderia ter sido melhor, o
Ultiverso merecia um fim mais impactante. De qualquer forma, Brian Michael
Bendis, que teria todo o direito de por um fim no universo que ele praticamente
criou, tratou de homenagear seus dois personagens mais queridos dessa Terra –
Peter Parker e Miles Morales. A participação do Justiceiro 1.610 entrando em
colapso foi um bom acréscimo, embora não tenha necessariamente influenciado
diretamente em eventos cruciais. E mais uma vez, fica claro que o Doutor
Destino é um dos, senão o maior nome dessa grande saga Marvel que foi Guerras
Secretas. Leitura razoável.
Guerras Secretas – Capitã
Marvel e a Tropa Carol, lançado pela Panini.
Temos
o Esquadrão Banshee, a linha de defesa aérea de Hala, liderado pela Capitã
Marvel. Suas proezas são conhecidas, mas seu interesse pelo desconhecido pode
por tudo a perder. Alguns eventos fazerm com que Carol e suas companheiras
comecem a questionar o que há além dos limites de Hala. Esse forte desejo faz
com que sejam consideradas blasfemadoras e perseguidas pela Tropa Thor. Capitã
Marvel e a Tropa Carol é, acima de tudo, uma história sobre amizade e o forte
desejo de satisfazer a curiosidade, sair da zona de conforto, mesmo que isso
coloque em risco a própria vida. Leitura recomendada.
Por Roger
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