Bem.
Em vez de fazer uma empolgada narração de “aventura” que ninguém liga, gostaria
só de registrar três posições desse último campeonato que eu fui, e claro,
apesar de ter tido uma colação inferior ao último, eu senti que joguei melhor,
contra adversários mais fortes, e me senti um pouco satisfeito. Haviam dois
jogos que eu deveria vencer, é claro, que acabou sendo um empate, e outra uma
derrota desatenciosa, por eu não ter percebido um mate em 1 contra mim... Mas,
a vida segue, e sabemos lá no fundo, o quanto vencer e se tornar melhor se
tornou uma obsessão com todo o meu tempo livre. Sendo assim, enquanto os
vencedores estiverem com suas famílias e amigos comemorando as próximas datas,
jogando conversa fora e demais coisas “sociáveis” que “pessoas normais” fazem,
adivinha quem vai estar treinando sem pausas para abatê-los um a um? É bem por
ai... O engraçado é que a minha memória está melhorando mais, montei esses três
diagramas um dia após ter jogado as partidas...
Posição
01:
Essa partida acabou em um empate, porém, após meu Rei branco fugir para g5, as pretas estão imobilizadas, com a forte ameaça de Tc8+! ganhando imediatamente a Dama. Por imprecisão, não venci uma posição dessa, de Bispo a mais, peão passado, que praticamente, se vence sozinha.
Posição 02:
Essa é bem mais complexa. E contra um jogador bem mais forte, que já foi campeão estadual, e está entre os dez melhores do estado. Eu havia pressionado ele fortemente para ganhar o peão de c3, sem falar da pequena vantagem de mobilidade. Ele chegou a pensar por 4 minutos e ofereceu a troca de Damas. Eu aceitei, o que condenou toda a minha posição, desconsidere a Dama em a5, isso foi erro meu ao remontar o jogo.
Posição 03:
Perdi essa partida, mas senti que uma barreira foi ultrapassada. O jogador de negras é um dos mais fortes do estado, e apesar de não ter ganho o estadual em 2015 / 2016, já foi hexacampeão, sem intervalo. A primeira vez que eu o enfrentei, eu tinha 17 anos, acredito que em 2009. E nunca consegui vencê-lo, o rating FIDE atual dele é 2310. E claro, ele nunca me levou a sério, como ameaça de nada. Em anos, eu nunca havia nem o feito pensar, até esse Domingo, onde ele viu a porra ficar séria. Ele buscou a iniciativa, e em passos lentos, fui privando ele de casas chaves, até chegar nesse diagrama que tenho vontade de emoldurar. Cercado, ele sente um pouco do que já senti enquanto enfrentava ele. Foi similar ao arremesso de lança do Rei Leônidas contra Xerxes. Ao fim da partida, ele pela primeira vez, apertou de verdade a minha mão. Como eu disse, uma barreira foi cruzada, cabe a mim agora expandir mais, para na próxima não ter escape, ou mesmo empate. 21 de Janeiro, vai ter a próxima, sem falar do Match contra o Victor bem antes.
Não desistam.
Por mais que zombem de você.
Por mais que você não tenha talento, e erre por cima de erro.
"Lute e lutem. Até cordeiros virarem leões."
Força e honra.
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