Antes de qualquer coisa, é bom lembrar que na época
do lançamento de Guerras Secretas, o editor Tom Breevort disse que todos os
tie-ins, embora levassem os títulos de grandes sagas que marcaram a Marvel, os
autores teriam total liberdade de escolhas e adaptação das histórias. Para acessar a parte 01, clique AQUI.
Vingadores
2 – Força-V, escrito por Marguerite Bennett e G. Willow Wilson e desenhos de
Jorge Molina, lançado pela Panini.
Força-V não se trata de nenhuma saga Marvel publicada
anteriormente. Jennifer Walters é a Baronesa da paradisíaca Ilha de Arcádia,
que tem seus dias de paz perturbados por ataques misteriosos provocados por
portais que dão acesso a outros domínios. Um a um, membros importantes de sua
força tarefa formada originalmente por Capitã Marvel, Cristal, Nico Minoru,
Loki, Medusa e Miss América são eliminadas de uma forma ou de outra. Mesmo
contrariando a vontade suprema de Destino, a Força-V precisa investigar e
descobrir quem está por trás de tudo isso. Uma história bem escrita, com uma
narrativa fluente e bons desenhos. Não se trata de nenhuma leitura formidável,
mas é cativante e torcemos pelos personagens centrais da trama, o que é um
mérito da dupla de escritoras. Leitura recomendada.
Planeta
Hulk, escrito por Sam Humphries e desenhos de Marc Laming, lançado pela Panini.
Em Planeta Hulk, vemos Steve Rogers enviado pelo deus
Destino até o Gamamundo para matar o Rei Vermelho, em troca da liberdade, além
de salvar seu melhor amigo Bucky. A trama nas primeiras quatro edições se
limita a mostrar uma aventura numa terra selvagem, onde um guerreiro e seu
companheiro dinossauro, acompanhados de um Hulk seguem viagem até seu alvo
final. A diferença está no clímax, que em minha opinião tentou ser ambicioso,
mas acabou falhando, talvez por falta de um desenvolvimento melhor. Acredito
que, se a conclusão tivesse ocupado mais páginas, talvez umas duas edições, o
impacto seria melhor. Uma leitura mediana.
O
Comando Selvagem da Sra. Deadpool, escrito por Gerry Duggan e desenhos de Salva
Espin, lançado pela Panini.
A Metrópole dos Monstros é um domínio regido pelo
Conde Drácula. Depois de assassinar Deadpool, Drácula vira alvo de ódio de
Shiklah, a Sra. Deadpool. Ela empreende uma viagem em busca da arma definitiva
que irá acabar com o Conde e conta com a ajuda do inusitado e irreverente Comando
Selvagem. Uma história de aventura e terror com muita, mas muita diversão. É
possível dar boas gargalhadas com essa minissérie descompromissada, com uma boa
narrativa e bons desenhos. Para quem deseja uma leitura apenas para se
entreter, é altamente recomendada.
A
Era de Ultron vs. Zumbis Marvel, que reúne a minissérie Zumbis Marvel escrito
por Simon Spurrier e desenhos de Kev Walker e a minissérie Era de Ultron vs.
Zumbis Marvel escritor James Robinson e desenhos de Steve Pugh, lançado pela
Panini.
Zumbis Marvel se trata principalmente sobre a
história de Elsa Bloodstone, comandante do Escudo, que protege as muralhas
contra as invasões do zumbis das Terras Mortas. A aventura começa quando ela é
jogada para fora da muralha, e precisa retornar, ou seguir no caminho
contrário, na companhia de uma misteriosa e carismática criança. Uma história
calcada na relação pai e filha, e em como essa relação afeta as ações de Elsa e
seu jeito de ser hoje. Além disso, a trama segura os leitores para saber a
identidade da criança e do misterioso vigia que as acompanha à distância.
Apenas o final foi um pouco abaixo das expectativas criadas.
No mesmo encadernado encontramos a minissérie A Era
de Ultron vs. Zumbis Marvel. As Terras Mortas são a região onde habitam os
zumbis, enquanto que Ultron e sua horda de robôs se estabeleceram na Terra da
Perfeição. Dentro dessa terra, Visão, Tocha Humana Jim Hammond e Magnum criaram
uma cidade chamada Salvação, protegida por uma redoma de energia à prova dos
ataques dos zumbis ou dos Ultrons. Porém, uma aliança inesperada entre os dois
lados pode acabar com a paz de Salvação. A única esperança se encontra nas mãos
de Hank Pym. Uma história completamente diferente do que eu esperava, até mesmo
por causa do título. A narrativa é bem fluída, mas a trama em si deixou a
desejar, no meu caso. Saldo total, leitura insatisfatória.
Esquadrão
Sinistro, escrito por Marc Guggenheim e desenhos de Carlos Pacheco, lançado
pela Panini.
Esquadrão Sinistro é formado por Falcão Noturno,
Mulher-Guerreira, Dr. Espectro, Tufão e Hipérion, que é o barão de Utópolis.
Enquanto precisavam descobrir quem estava por trás da morte de um membro da
Tropa Thor antes de despertar a ira de Destino, o Esquadrão tinha de lidar com
rebeliões e sua constante busca por aumentar seu domínio, além de conflitos
internos. Basicamente a história gira em torno de traições, conspirações,
mistério, violência e conquistas. Mesmo que não seja uma grande surpresa os
desfechos, observar como o escritor encerra essa história, não deixa dúvidas de
que foi uma trama bem amarrada. Leitura recomendada.
Homem-Aranha
2 – Ilha das Aranhas, escrito por Christos Gage e desenhos de Paco Diaz,
lançado pela Panini.
A Ilha das Aranhas é dominada pela Aranha-Rainha, e
como normalmente acontece nesses domínios opressivos do Mundo Bélico, há uma
resistência. Dessa vez, liderada por Venom, contando com a ajuda do Visão e da
Mulher-Aranha. O objetivo é tentar livrar a cidade do controle mental dela, já
que a transformação da população é irreversível. Algumas ideias interessantes
como o uso de soros que criaram o Lagarto, Morbius, Lobisomen e até o Duende
Verde a fim de libertar alguns heróis do domínio aracnídeo. A história também
destaca a boa influência do Homem-Aranha na vida de Flash Thompson, que serviu
como combustível para que o jovem e seu simbionte alienígena persistisse em
seus objetivos de preservar a humanidade que ainda restava. Uma boa leitura.
X-Men
3 – E de Extinção, escrito por Chris Burnham e desenhos de Ramon Villalobos,
lançado pela Panini.
Essa história mostra um distrito onde mutantes são a
maioria e respeitados. Magneto lidera uma equipe de X-Men, mas mantém um
segredo obscuro que necessita da intervenção dos antigos X-Men – Ciclope, Emma
Frost e Wolverine. Basicamente, E de Extinção se utiliza de todos os principais
elementos abordados por Grant Morrison em sua fase pelo título Novos X-Men. Até
mesmo a maneira sarcástica que o autor retratou os personagens e as soluções
megalomaníacas encontradas são emuladas nessa trama. Para quem acompanhou toda
a fase de Morrison nos X-Men pode se identificar com essa série, mas mesmo
assim, não sei se agradaria a todos.
X-Men
4 – Programa de Extermínio, escrito por e desenhos de , lançado pela
Panini.
Essa história começa logo após o fim da saga Programa
de Extermínio original, e apresenta duas cidades mutantes separadas – a Ilha de
Genosha, liderada por Alex Summers (Destrutor) e Rahne Sinclair (Lupina) e
X-Topia da Baronesa Rachel Grey e seus X-Men. Genosha vive um período negro com
uma praga devastadora. Alex pede ajuda à Baronesa Grey. Quando a ajuda lhe é
negada, não resta outra opção, a não ser, invadir X-Topia e sequestrar Triagem
e Vampira, os mutantes X-Men que poderiam salvar os genoshanos. Porém, uma
reviravolta nos acontecimentos requer uma união improvável. História simples e
direta, sem muitos atrativos, porém com uma narrativa fluída. Não chega a
surpreender, mas também não compromete. Leitura razoável.
Guardiões
da Galáxia 2 – Desafio Infinito, escritor por Gerry Duggan e desenhos de Dustin
Weaver, lançado pela Panini.
Desafio Infinito mostra um domínio completamente
destruído pelo atraque dos insetos, e duas frentes em busca das Joias do
Infinito. De um lado, Eve e sua família de Novas em busca das Joias com o objetivo
de acabar com os insetos, salvar a pouca vida que resta e a esperança de
reconstruir tudo. Do outro lado, Thanos, em sua eterna busca pelo poder supremo
das Joias, arma um plano que considera infalível para obtê-las. A história
ainda tem as participações especiais do Senhor das Estrelas, Gamora, Groot,
Drax e Warlock. Uma trama que gira em torno de relacionamentos familiares acima
de tudo, mas algumas soluções mal explicadas e um final que não agradou tanto.
Leitura insatisfatória, embora com um bom início e um bom potencial.
Inumanos,
escrito por Charles Soule e desenhos de John Timms, lançado pela Panini.
Inumanos – O Despertar de Attilan não faz parte de
nenhuma grande saga Marvel, mas é uma história que está diretamente ligada à
Destino, que é o criador e senhor do Mundo Bélico. Medusa é a Rainha de
Manhattan e tem uma missão dada pelo próprio Destino – acabar com a Voz
Inaudível, uma facção rebelde liderada por Raio Negro. Porém, quando Raio Negro
é capturado e interrogado, Medusa passa a questionar sobre as motivações de seu
deus e soberano e da existência de Nova Attilan. O escritor Charles Soules é o
atual “comandante” do universo inumano da Marvel, e nessa história procura
trabalhar com personagens que seriam relevantes pós-Guerras Secretas nos
vindouros títulos dos Inumanos, com exceção de Maximus e Cristalys. No mais,
outra história envolvendo uma força de resistência contra o domínio opressivo
no Mundo Bélico. O atrativo fica por conta do final, onde fica bem claro o
poder que Destino tem sobre esse único e unificado universo Marvel que vigora
durante a saga principal. Uma leitura boa, nada de excepcional, mas não
compromete.
Futuro
Imperfeito, escrito por Peter David e desenhos de Greg Land, lançado pela
Panini.
Nessa história vemos Distopia, governada pelo Barão
Maestro, que deseja destruir Destino e tomar seu lugar. Então, ele oferece
Distopia para o Coisa, que lidera um grupo de revolucionários em troca de sua
ajuda na longa viagem em busca da arma suprema que pode acabar com o deus
Destino. Uma aliança frágil mas que funciona nas mãos competentes de Peter
David, uma trama simples mas com um desfecho que pode surpreender, Leitura
recomendada.
Por Roger
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