OBS.: Este post foi publicado originalmente há dois anos. Ele foi migrado pra cá com pequenas alterações para se adequar à época.
É meio impossível ler tudo dos Novos 52, afinal... são 52 por mês. Mais edições anuais. Como é um monte de coisa eu pensei "Bem, deve ser bacana ter uma recomendação" então escolhi escrever pra vocês um post analisando as histórias do Shazam. Apesar desses 52 incluírem "Nuclear", "Disque H", "Eu, Vampiro" e "Batgirl", não há um título próprio do Capitão Marvel.
"Por séculos, a Ciência governou o mundo. Agora, a Magia está retornando. E um mal antigo e brutal vem com ela."
Billy Batson dividiu as edições de a Liga da Justiça de #7 à #21, sempre com histórias curtinhas. Mas o herói foi deixado nas mãos de Geoff Johns, já acostumado a trabalhar com os principais heróis da DC. Esse reboot do Capitão Marvel foi um dos meus preferidos. Billy é o tipo de órfão que dá problemas e não consegue achar uma casa. Em dado momento um casal que dedica a vida a adotar crianças necessitadas aceita o revoltado Billy. O lar é cheio de crianças otimistas que encontraram um lugar após passarem por dificuldades, mas isso não é o que Billy quer. Ele acaba sendo escolhido por uma versão bem diferente e quase morta do mago Shazam, que dá ao rapaz os poderes dos deuses do Olimpo.
A partir disso, todos os personagens mudaram. Dr. Silvana tem nada de caricato e infantil, estando mais próximo de vilões como Hugo Strange e Lex Luthor (sim, digo por eles serem carecas). E eu conheço ninguém mais chato do que eu com reboots, mas tirando o fato que eu preferiria continuar vendo aquela longa barba branca no Mago Shazam, tudo ficou muito bem introduzido. Digamos que não faltam elementos. Não demora para que a chegada do inevitável antagonista Adão Negro comece a causar consequências. Até a conclusão, todos os principais ícones da mitologia do herói são apresentados e amarrados de uma forma nova, como o tigre Tawny e a Familia Marvel.
Pois bem, mas o que diferencia esse reboot? Além dos incríveis desenhos de Gary Frank que você pode ver nessas imagens, a adaptação que Johns colocou para o personagem foi ótima. Ele passa MUUUUUUUUITO longe de ser bonzinho, na real é um moleque chato. Seus pais morreram e ele sente que a vida o sacaneou. Aí um espírito de filmes de Sessão da Tarde como "Quero Ser Grande" entra quando o garoto ganha os seus poderes mágicos. Billy sai andando nas ruas com o seu irmão adotivo parecendo uma criançona grande. É diferente de qualquer coisa que você vá ver em histórias sérias de Batman e Super Homem.
Mas qual é a graça disso? Bem, chegando no final as novas aventuras do "Shazam!" tem pelo menos uma dezena de cenas realmente surpreendentes, sendo como um filme infantil de sessão da tarde só que no LV 99. Digamos que no final ao invés do herói juvenil enfrentar os bandidos no shopping, tem uns demônios e caras poderosíssimos com poderes elétricos se socando pelo ar. É muito divertido de acompanhar. Ficou melhor, por exemplo, que "Brainiac", que é da mesma dupla de criadores e apesar de todo o desenvolvimento bem trabalhado não tem uma luta realmente grandiosa no final.
Mas qual é a graça disso? Bem, chegando no final as novas aventuras do "Shazam!" tem pelo menos uma dezena de cenas realmente surpreendentes, sendo como um filme infantil de sessão da tarde só que no LV 99. Digamos que no final ao invés do herói juvenil enfrentar os bandidos no shopping, tem uns demônios e caras poderosíssimos com poderes elétricos se socando pelo ar. É muito divertido de acompanhar. Ficou melhor, por exemplo, que "Brainiac", que é da mesma dupla de criadores e apesar de todo o desenvolvimento bem trabalhado não tem uma luta realmente grandiosa no final.
A arte é linda, linda, linda. Os desenhos de Frank ganham uma verdadeira magia quando coloridos por Brad Anderson. Passa de cenas do subúrbio no inverno pra uma super ficção com cenas de ação cheias de raios e fogo. Ótimos artistas, pra mim ficou mais bem finalizado do que muitas histórias atuais do Batman e do Super. Eu sempre esperei uma oportunidade de ver uma versão moderna do Shazam que resumisse a sua mitologia, fiquei bem satisfeito com essa série. Gostaria de colocar imagens de algumas das melhores cenas, mas isso seria spoiler na certa. Lembre-se, é nas edições da Liga da Justiça. No final dessa série Marvel aparece em algumas aventuras da Liga da Justiça e não sei exatamente o que vão fazer com ele agora. Se um filme live-action fosse nesses moldes, seria um grande acerto.
Gente, que isso?! |
SHAZAM! ATUALIZAÇÕES!
1.Tudo foi finalmente lançado ano passado em um belo encadernado chamado "Shazam: Com Uma Palavra Mágica...", com um preço bem honesto, lembro que eu comprei, só senti falta de algum comentário do Johns ou do Frank sobre a produção. Não há qualquer introdução ou coisa do tipo. No caso do encadernado tudo se passa de uma forma meio estranha em sequência, pois originalmente eram curtas no final da HQ da Liga, mas também chega a ser nada grave que estrague a experiência. Conta com designs de personagens do Sr. Frank, achei legal que colocaram até uns que quase não aparecem na estória.
2.O Geoff Johns chegou a expressar via Twitter desejo de voltar a trabalhar com essa série.
3.De lá pra cá o Shazam foi colocado nas aventuras da Liga da Justiça sem muita influência dos elementos de seu universo, sejam vilões ou companheiros. Porém, essas estórias da Liga foram todas do Johns até passar pelo Darkseid War, que acho que acabou há pouco tempo, chegando no Rebirth, onde ninguém ainda sabe muito bem o que vai acontecer.
4.Após a má recepção de "Batman V Superman: A Origem da Justiça" Johns foi colocado como supervisor dos filmes da DC, o que nos leva a acreditar que isso reduzirá bastante seu trabalho nas HQs. Vale lembrar que no início dos Novos 52 ele estava escrevendo Liga, Shazam, Aquaman e Lanterna Verde ao mesmo tempo.
5.Por fim, é provável que o Shazam fique pra escanteio até segunda ordem e não vamos ver as novas aventuras contra o Sr. Cérebro e o Dr. Silvana tão cedo.
6.Uma outra recomendação é "Shazam! & A Sociedade dos Monstros", que também foi relançado há pouco tempo nos últimos anos. É muito bem feito, mas com uma pegada propositalmente infantil. Até vale a pena ler, mas apenas se você for eclético com quadrinhos menos maduros, é bem diferente de "Com Uma Palavra Mágica...".
SHAZAM! |
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