- Meu pai... valoriza muito a fidelidade, mas--
- Ele mesmo não é muito fiel.
- Perspicaz. Notei isso assim que bati os olhos em você. E não, não é. Ele... dá suas voltinhas. Irrita profundamente a esposa.
- Esposa dele... Mas não sua mãe?
- Como falei. Ele dá suas voltinhas. Agora, preciso descobrir aonde foi. Ele anda sumido.
Esse encadernado saiu há um tempinho já, mas hoje eu vi que ainda se encontra nas bancas, então ainda vale a pena resenhar. Já era hora e finalmente começaram a publicar a surpreendente e competente série da maior heroína da DC Comics na era dos Novos 52. A maioria que me acompanha já deve saber faz tempo o quanto eu curto, aprovo e recomendo essa fase toda de aventuras da Amazona. Inclusive deve ter sido a última série de HQs que eu acompanhei as edições mensalmente, realmente aguardando e conferindo todos os dias se já havia saído a edição nova. Não é por nada que no final de 2014, quando saiu a última edição eu peguei e fiz um post gigantesco no meu antigo blog, você pode conferi-lo no belo link abaixo:
http://douglasjoker.blogspot.com.br/2014/12/fim-de-arco-da-mulher-maravilha-devia.html
Desde então eu venho recomendando essa série a todo mundo que parece conveniente e... até hoje adivinha a quantidade de pessoas que conferiram? A mesma de que assistiram "Uma Aventura LEGO" (sem eu esfregar o DVD na cara): ZERO. Com o lançamento desse encadernado teve um amiguinho meu que resolveu aceitar minha recomendação e comprou. O que ele me falou foi o seguinte: "A Mulher-Maravilha tem um universo muito legal! Como eu não sabia disso?". HA! Eu falei que era bom!!!
Então... sem mais delongas...
Análise de "Mulher-Maravilha: Sangue"
Logo no início essa série já carrega as melhores características que a sustentaram por três anos. Não há um tom de introdução, a primeira estória já coloca a heroína em batalha. Zeus, o deus dos deuses, pulou a cerca e agora já há interessados em eliminar o novo semideus que está no útero da mortal Zola. Hermes, o mensageiro dos deuses, chama a Mulher-Maravilha para ajudá-los e assim se dá a aventura. A trama maior conta com a super-treta dos deuses que tem segundos interesses após Zeus aparentemente ter sumido sem qualquer explicação, deixando assim... o tentador de ser sentado trono do Monte Olimpo vazio.
Irmãos, filhos e sua enfurecida viúva... Zeus deixou pra trás todo um elenco de sujeitos interessados no seu posto e sem qualquer escrúpulo no coração. Esse início introduz todos esses principais personagens e você não só os conhece bem como também já simpatiza em pouco tempo. Como dá pra ver pelas imagens, todos os personagens foram refeitos para os Novos 52 pelo desenhista Cliff Chiang, e alguns por Tony Akins, que se encarrega das últimas edições compiladas. Tem nada a ver com versões clássicas ou mesmo que estejam mais populares em outro trabalho moderno, foram eles mesmos que criaram pra se adequar com a nova estória de Brian Azzarello. A não ser que você seja muito apegado a alguma versão que já curte, os deuses não só estão legais como são introduzidos com bastante competência em sequências marcantes. Ares, o deus da guerra, além de estar em uma versão inédita é apresentado de forma sombria e estilosa, é impossível não gostar dele. Não faltam diálogos com discussões metafóricas sobre o que os deuses representam. E como diz a Discórdia: "Nesta família há dois tipos de membros. Aqueles contra você e aqueles contra você", então o leitor não demora pra notar que aqui ninguém é amiguinho.
Mesmo no início, também há uma importante subtrama da personagem principal! A amazona tem verdades sobre sua origem reveladas, coisas que ela não soube a vida toda. Isso não só mexe com o emocional dela, como também é influente pra todo o entrelaçado de acontecimentos. As variáveis e acontecimentos passados influentes pra trama são todos muito bem narrados. Brian Azzarello continua um escritor sem igual, um dos meus favoritos da atualidade, tudo flui tão bem que você lê quase sem perceber. Neste reboot a personagem e sua mitologia são tirados da zona de conforto e os envolvidos souberam desenvolver tudo com inesperada maestria. Mesmo "Sangue" contando apenas o início da série já há altos e baixos.
Lendo pela segunda vez tive a mesma sensação de quando li há uns anos atrás. É tão divertido que antes mesmo de terminar dá vontade que esse universo seja replicado em algum outro lugar, qualquer outro lugar! Uma série, um filme, um jogo, qualquer coisa. Mas que eu saiba, por enquanto essa trama da amazona ficou por aí mesmo.
1 de 6...
Alguns avisos relacionados a aquisição do encadernado: "Sangue" trás seis edições, mas essa série por inteira foi bem redondinha; a trama ou qualquer subtrama passam longe de terminar aqui. Não espere algo com início, meio e fim. Muito pelo contrário, há um final super aberto. Mas se vale a pena? Vale com certeza. A série toda com Azzarello, Chiang & Akins durou 36 edições, ou seja, se manterem esse tamanho (e lançarem tudo) dará um total de seis encadernados. É uma coleção, mas vale a pena? Vaaaaaale.
Fazendo um comparativo, é mais barato que esses encadernados da Salvat e da Eaglemoss. Claro que é mais fino, mas provavelmente seja melhor que a maioria dessas coleções (ao menos os volumes mais recentes). Recomendo de olhos fechados e ainda devo continuar recomendando por muito tempo. Como aquele último do "Aquaman: As Profundezas" que eu recomendei; "Mulher-Maravilha: Sangue" é só o início e depois fica cada vez melhor.
http://douglasjoker.blogspot.com.br/2014/12/fim-de-arco-da-mulher-maravilha-devia.html
Desde então eu venho recomendando essa série a todo mundo que parece conveniente e... até hoje adivinha a quantidade de pessoas que conferiram? A mesma de que assistiram "Uma Aventura LEGO" (sem eu esfregar o DVD na cara): ZERO. Com o lançamento desse encadernado teve um amiguinho meu que resolveu aceitar minha recomendação e comprou. O que ele me falou foi o seguinte: "A Mulher-Maravilha tem um universo muito legal! Como eu não sabia disso?". HA! Eu falei que era bom!!!
Então... sem mais delongas...
Análise de "Mulher-Maravilha: Sangue"
Logo no início essa série já carrega as melhores características que a sustentaram por três anos. Não há um tom de introdução, a primeira estória já coloca a heroína em batalha. Zeus, o deus dos deuses, pulou a cerca e agora já há interessados em eliminar o novo semideus que está no útero da mortal Zola. Hermes, o mensageiro dos deuses, chama a Mulher-Maravilha para ajudá-los e assim se dá a aventura. A trama maior conta com a super-treta dos deuses que tem segundos interesses após Zeus aparentemente ter sumido sem qualquer explicação, deixando assim... o tentador de ser sentado trono do Monte Olimpo vazio.
Discórdia é como o Coringa do universo da Mulher-Maravilha |
Irmãos, filhos e sua enfurecida viúva... Zeus deixou pra trás todo um elenco de sujeitos interessados no seu posto e sem qualquer escrúpulo no coração. Esse início introduz todos esses principais personagens e você não só os conhece bem como também já simpatiza em pouco tempo. Como dá pra ver pelas imagens, todos os personagens foram refeitos para os Novos 52 pelo desenhista Cliff Chiang, e alguns por Tony Akins, que se encarrega das últimas edições compiladas. Tem nada a ver com versões clássicas ou mesmo que estejam mais populares em outro trabalho moderno, foram eles mesmos que criaram pra se adequar com a nova estória de Brian Azzarello. A não ser que você seja muito apegado a alguma versão que já curte, os deuses não só estão legais como são introduzidos com bastante competência em sequências marcantes. Ares, o deus da guerra, além de estar em uma versão inédita é apresentado de forma sombria e estilosa, é impossível não gostar dele. Não faltam diálogos com discussões metafóricas sobre o que os deuses representam. E como diz a Discórdia: "Nesta família há dois tipos de membros. Aqueles contra você e aqueles contra você", então o leitor não demora pra notar que aqui ninguém é amiguinho.
A nova versão de Ares, o deus da guerra. Antes um vilão clássico da personagem, aqui ele não é inimigo da Mulher-Maravilha. |
Lendo pela segunda vez tive a mesma sensação de quando li há uns anos atrás. É tão divertido que antes mesmo de terminar dá vontade que esse universo seja replicado em algum outro lugar, qualquer outro lugar! Uma série, um filme, um jogo, qualquer coisa. Mas que eu saiba, por enquanto essa trama da amazona ficou por aí mesmo.
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1 de 6...
Alguns avisos relacionados a aquisição do encadernado: "Sangue" trás seis edições, mas essa série por inteira foi bem redondinha; a trama ou qualquer subtrama passam longe de terminar aqui. Não espere algo com início, meio e fim. Muito pelo contrário, há um final super aberto. Mas se vale a pena? Vale com certeza. A série toda com Azzarello, Chiang & Akins durou 36 edições, ou seja, se manterem esse tamanho (e lançarem tudo) dará um total de seis encadernados. É uma coleção, mas vale a pena? Vaaaaaale.
A "Saga do Monstro do Pântano" que terminou ano passado foram seis edições. Eu comprei tudo, valeu a pena. |
Fazendo um comparativo, é mais barato que esses encadernados da Salvat e da Eaglemoss. Claro que é mais fino, mas provavelmente seja melhor que a maioria dessas coleções (ao menos os volumes mais recentes). Recomendo de olhos fechados e ainda devo continuar recomendando por muito tempo. Como aquele último do "Aquaman: As Profundezas" que eu recomendei; "Mulher-Maravilha: Sangue" é só o início e depois fica cada vez melhor.
Indispensável para fãs da Mulher-Maravilha, de Mitologia Grega e de boas aventuras. |
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