Em cinco separações
– extremas e convenientes – eu poderia classificar, independente do formato ou
autor, todas as minhas leituras:
-- Arte
-- Reflexivo
-- Regular / aceitável
-- Ruim
-- Desprezível.
É claro que sempre
haverá um longo – por vezes, inconclusivo –percusso cerebral entre a proposta
de quem escreve para os indivíduos que leem. Haverá também, sempre o argumento
de que se o sujeito não gostou do que viu, é devido á aquilo não ser destinado
a ela, por ele não se encaixar no “público alvo”. “Individualidade” e “descontentamento”
são sentenças cada vez mais perigosas, por isso, todo cuidado é pouco ao detonar
um quadrinho / filme – incluindo título desse texto-- que esteja “fora do radar”
de chacotas.
“O radar” é minha
maneira particular em descrever alguns bodes expiatórios à determinados
assuntos. Comecemos com Rob Liefeld. Se “Arkham War” tivesse algum roteiro,
desenho ou mesmo uma capa desse cara, boa parte dos leitores viriam com a
motivação de perguntar em voz alta “O que esse palhaço fez agora?!”. É o “radar”,
a predisposição em ser risível e não ter chance de reverter as engrenagens.
Puxando um pouco
para a política, eu cito a atual “presidente”. Estou longe de defender
corrupção, bandidagem e demais toneladas de injurias que cabem em duas
consoantes partidárias, entretanto, milhares – se não, milhões – salvam-se de
crimes enquanto nutre-se a imagem de Dilma ser o único obstáculo ao
restabelecimento utópico moral / político / econômico da nação. Logo,
não existe um sistema intricado, secularmente apodrecido, há apenas Dilma. Não
existem centenas de profissionais ruins nos quadrinhos, ou vivendo de fama, royalties e participações especiais em filmes, existe apenas Liefeld!
E claro ,existe eu,
pretenso enganador com esse texto, escolhendo entre traçar um raciocínio rápido
acerca de limitações confortáveis dos culpados à ter de traçar vinte linhas
relatando “Arkham War” como a leitura mais estúpida, monótona e desproposital
de todo o meu ano. Lembra das cinco separações do primeiro parágrafo e das
palavras peri—
...
"Há um novo inimigo lá fora..." |
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