Editora original: DC
Editora Brasileira: Panini
Número de páginas: 68
Preço: R$:7,20
Lançada em: Agosto de 2015.
Contém as edições: Green Arrow #35 (dezembro de 2014)
Chegará um dia em que mensais serão relíquias, pelo menos
parece ser o passo lógico de um mercado de quadrinhos que parece vender mais
encadernados. Não obstante a competitividade de um material encadernado, “o
leitor” (leia-se quem colecione a menos de dez anos) não parece mais agradar-se
da ideia de esperar 30 dias por um material impresso em qualidade questionável,
que divide espaço por vezes com outro material que não agrega, quando ele pode
ter apenas o título que deseja em um acabamento de luxo, e por vezes com um
custo benefício maior.
Hoje em dia quando “o leitor” conversa com outro e recebe
a dica de uma boa leitura, sua resposta é categórica “Vou esperar começar sair
em encadernados”. Somemos isso ao preço de uma mensal fazer um enorme contraste
com a qualidade gráfica do material e uma distribuição atrasada e nós chegamos
a imaginar o porquê desse alarme de extinção. Eu não vou nem mencionar hoje em
dia quase não haver surpresas ao se ler uma história, seja por ter visto “spoiler”
na internet ou mesmo lido em scan, porque colecionador é colecionador, o cara
não se importa em ter lido algo, ele quer comprar e guardar, mesmo que não
volte a ler, é o tipo de comportamento que só quem “é do ramo” compreende. Não
me alongando mais nessa introdução quase descartável, por que não fazer
análises do que eu tô colecionando “assiduamente”?
ARQUEIRO VERDE:
“Meu nome é Oliver
Queen. Nos três primeiros quartos da minha vida eu fui um grande babaca. Agora
eu me dedico a não ser um. Se bem que tenho certeza... De que esses caras não
vão gostar de mim.”
Tentei ler em scan as primeiras edições dos Novos 52
tempos atrás, mas realmente não dava, com essa “segunda chance” que a Panini envolveu
o Arqueiro, resolvi também tentar outra vez. A história é regular, se apoia
muito no elemento da capa apresentar “convidados” na história, no caso dessa
Batman e Lex Luthor, o suficiente para minha criança interior parar para ler
buscando ver onde tudo se encaixa, embora usado com repetição (e me parece ser
essa a jogada nessa “fase”) é um recurso que evidência que o próprio personagem
não possui carisma suficiente para ter interesse do público, ou mesmo um
universo bem estruturado de enredos que o sustente. A capa ficou a cargo de
Bryan Hitch, não mais um excepcional artista como quando trabalhava em obras com
Mark Millar como Os Supremos, mas ainda competente.
A história tenta buscar um meio termo entre a sofrível
seriado da TV e o Arqueiro antes dos Novos 52. A conversa entre Oliver Queen,
Bruce Wayne e Lex Luthor serve como um reforço ideológico a ideia do Arqueiro
ser mais um “herói do povo” com pé no chão e adversários menores do que quase semideuses
como Luthor e Wayne, embora o ponto alto da história seja o do próprio Oliver
acompanhando de perto e utilizando os serviços que financia. Um toque sutil que
dá uma diferenciação a Queen.
Nota: 5.0
ESQUADRÃO SUICIDA:
“Já viu dois cachorros
lutando por um osso que quase não tem mais carne nele? Meu trabalho é fazer com
que a Rússia seja o cachorro mais forte.”
História confusa que não se decide entre dizer algo mais
ou ser apenas despretensiosa. Os desenhos de Jeremy Roberts são estáticos,
preguiçosos e o roteiro parece acompanhar esse ritmo. O leitor é envolvido em
uma aventura caricata da Guerra Fria enquanto tenta ignorar o fato de vários
personagens desperdiçados pela premissa do “Quem é o melhor lutando? Arlequina
ou Filha do Coringa? Exterminador ou Pistoleiro?”. Na edição seguinte um novo
desenhista (Tom Derenick) desenha de maneira mais fluida e envolvente, salvando
o quesito “ação”, levantando o interesse já nas ultimas cinco páginas...
Nota: 4.0
Na edição #02 o “mix” da revista vai receber a nova mensal
do Exterminador, tenho boas expectativas.
E ai? Gostou? Odiou? Deixe nos comentários e compartilhe o post.
Até o próximo.
Me siga no Instagram: @ozymandiasrealista
0 Comentários