"(...) Ela ri balançando as tetas. No alto, um único corvo olha para baixo ao passar e dá um grito, como se nos alertasse para a aproximação de algo que não pode ser visto a não ser daquela elevada altura. As nuvens se acumulam no lado oeste do horizonte. Na aldeia, as crianças perseguem um porco pintado entre as cabanas, ora festejando, ora reclamando, conforme a criatura assustada vira para um lado ou para o outro. Um borrão de cores vibrantes correndo e guinchando entre os barracões e os cercados dos cavalos. Que esperança pode ter uma coisa tão estridente e brilhante? Nenhuma. Absolutamente nenhuma esperança."
Alan Moore, "A Voz do Fogo"
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