70 jogos proibidos, banidos e mais controversos do mundo - parte 1


A censura não é algo novo. Mais conhecida na mídia, ela é uma pedra no sapato de muitas empresas, organizações, governos e pessoas, mas no mundo dos games está tomando uma forma cada vez mais assustadora a cada dia que passa. Muitos países chegam a banir jogos por motivos tolos e outros tem toda razão em banir. Confesso que tenho uma certa fascinação por alguns desses jogos e já acabei jogando uns títulos aí, mas quero deixar claro que excluí todos os hentais comuns ou pornográficos ocidentais e só inclui os realmente doentios porque uma coisa é pornografia e outra é sadismo. Também censurei algumas imagens e para vê-las sem a censura basta clicar em cima delas.

Confira a lista negra:

OS INJUSTIÇADOS

Mass Effect – os Emirados Árabes e Cingapura baniram o jogo por conter uma cena de beijo lésbico. Na verdade, pra quem não lembra ou não sabe, o personagem Shepard podia assumir qualquer gênero e a personagem Liara T’Soni é de uma raça alienígena que pouco se importa com o gênero para a procriação. O beijo da versão feminina de Shepard com a Liara acabou rendendo o banimento do jogo por causa da “incitação homossexual”. Cadê os direitos dos aliens?


Call of Duty: Black Ops 2 – o governo paquistanês considerou ofensiva a forma como o país foi retratado no jogo e acabou banindo-o. Quem se atrevesse a vender o título acabaria preso.


Pokémon Trading Card Game – foi banido da Arábia Saudita porque eles alegaram que algumas cartas de pokémons tinham símbolos como a estrela de Davi, ou seja, para os árabes o jogo fazia uma alusão ao sionismo (movimento político e filosófico que defende o direito à autodeterminação do povo judeu, incluindo as reivindicações de um estado nacional judaico).


EA Sports MMA – todo mundo sabe que MMA é sinônimo de violência. A luta entre dois participantes é cheia de golpes perigosos, mas não foi esse o motivo de a Dinamarca banir o jogo. O problema é que ao redor do octógono (o "ringue" onde eles lutam) tinha propagandas de energéticos e esse tipo de bebida é proibido naquele país, assim como propaganda de cigarro é proibida aqui no Brasil.


Football Manager (2005) – como um jogo de futebol pode ser proibido? Bem, para as autoridades chinesas o problema estava no fato de que o Tibete era reconhecido como país independente no jogo, o que não é a realidade segundo os chineses. Os desenvolvedores acabaram tendo que modificar o jogo e corrigir o problema para finalmente sair da malha fina chinesa.


Hearts of Iron – outro jogo proibido pela China porque o Tibete, Sinkiang e a Manchuria eram independentes no jogo. Sem contar que Taiwan era dominada por japoneses, uma ideia no mínimo inaceitável pro governo chinês.


Prototype 2 – a Indonésia baniu o jogo não pela violência explícita, mas pelo fato de conter muitos palavrões na trama. Será que eles são tão educados assim na Indonésia, p*rra?


Tom Clancy's Splinter Cell: Pandora Tomorrow – e mais uma vez as autoridades da Indonésia proibiram um jogo. O motivo? A organização chamada “Darah & Doa” representava uma ameaça ao presidente.


A saga de God of War – os Emirados Árabes não gostaram de ver o nome “god” (deus) no título. Para eles faz uma alusão ao deus judeu e cristão, mesmo sendo um jogo sobre deuses gregos. Além disso, eles também reprovaram as cenas de sexo e nudez dos jogos.


Injustice: Gods Among Us – outro jogo banido dos Emirados Árabes só porque tem “god” no título.


Medal of Honor (2010) – a versão de 2010 permite que você jogue no outro lado, ou seja, agora você faz parte das forças armadas do Afeganistão e combate americanos. A ideia não foi bem recebida por militares americanos que proibiram a venda em lojas de bases militares nos Estados Unidos (santa hipocrisia, Batman!).


Counter-Strike – o jogo permite batalhas entre várias pessoas e todas envolvem um tiroteio mais pesado do que da Faixa de Gaza. Acontece que em 2007 o juiz Carlos Alberto Simões de Tomaz entendeu que o jogo era um “estímulo à subversão da ordem social, atentando contra o estado democrático e de direito e contra a segurança pública”. Resultado? O jogo foi banido do Brasil e junto com ele ainda foi proibida a venda de livros, encartes, revistas ou qualquer material que falasse sobre o jogo. A multa às lojas poderia chegar a 5mil reais. Entretanto os que já tinham o jogo não foram prejudicados, pois a ordem proibia a venda e não o uso. As lan houses tiveram que fiscalizar se os jogadores tinham mais de 18 anos para jogar e não foram obrigadas a desinstalar das máquinas. Também foi proibida a versão com favelas do Rio de Janeiro.


EverQuest – o RPG acontece num cenário da Idade Média e tem o mesmo mecanismo de batalha do Counter Strike, ou seja, um monte de gente online se matando num mesmo server. Acabou sofrendo a mesma censura do Counter Strike: foi banido do Brasil, proibida a venda de qualquer material sobre ele e os jogadores acabaram sendo fiscalizados.


Bully – o jogo é controverso pelo fato de o personagem principal usar o bullying para acabar com o bullying em seu internato. É aquela velha história de “fogo se combate com fogo”, entende? Enfim, o jogo foi banido do Brasil depois de uma ordem do juiz Flávio Mendes Rabelo. Ele se baseou em estudos psicológicos encomendados no Rio Grande do Sul que mostravam teoricamente que o jogo poderia causar danos psicológicos em todas as idades. A ordem ainda especifica que quem for pego comercializando ou jogando pode ganhar uma multa de mil reais.


Mortal Kombat – antes do lançamento, o primeiro jogo já era rodeado de polêmicas por ter sangue e muita violência. Eles até criaram uma versão em que trocavam o sangue por suor, mas nem assim agradaram as autoridades de alguns países, inclusive no Brasil que baniu sem pensar 2x. Sim, somos todos foras da lei. :)


GTA: Episodes From Liberty City – mais um da série GTA que deu uma dorzinha de cabeça pros desenvolvedores. Desta vez a proibição de venda do jogo veio do Brasil. O motivo foi que a justiça brasileira alegou que houve plágio da música “Bota o Dedinho pro Alto” do Mc Miltinho.  Mesmo a Rockstar provando com documentos que tinha os direitos, a justiça brasileira alegou que eram documentos falsos e proibiu a venda do jogo em terras tupiniquins (mas não a pirataria hehehe).


A LISTA NEGRA DA LISTA NEGRA

Saga Manhunt – existem 2 títulos e nenhum deles deixa a desejar no quesito violência extrema. No primeiro você é um assassino condenado à morte, mas é sequestrado e enviado a um cenário de um filme snuff. Sua única chance de sair desse inferno é matando todas as outras pessoas que aparecerem no seu caminho enquanto as câmeras gravam tudo para o filme. O segundo roda num hospício, onde você tem que se livrar de loucos e sãos pra ficar vivo. Quanto mais demoradas forem as mortes e quanto mais criativas (você pode usar tijolos, sacos plásticos para asfixiar, cordões, etc), mais pontos você ganha para se aperfeiçoar. O jogo, considerado um dos mais violentos da história, inclusive pelos próprios criadores, acabou sendo banido em vários países do mundo, incluindo o Brasil. No Reino Unido o jogo chegou a receber o título de “criador de assassinos” por alguns conservadores.


Homefront – o jogo se passa num cenário de guerra onde a Coréia do Norte domina grande parte do mundo, incluindo os Estados Unidos. O caso é que a Coréia do Sul achou que não seria uma boa ideia ter seu povo metralhando a galera do norte, mesmo que em um ambiente virtual, e acabou banindo o jogo. 


MadWorld – considerado como o jogo mais violento para Wii, onde os corações são literalmente esmagados. A ironia é que logo que a gente pensa em Wii vem à cabeça jogos bobinhos e familiares, mas o MadWorld tem um nível de violência impressionante! Por conta disso, a Alemanha proibiu o jogo e houve muita polêmica nos Estados Unidos porque os pais queriam que o governo proibisse o jogo também (o que não aconteceu no final das contas).


GTA: San Andreas – o jogo mais famoso da série acabou sendo proibido na Indonésia. Explodir carros, atropelar pessoas, pagar prostitutas, roubar e assassinar qualquer um com diferentes armas não incomodou as autoridades de lá, mas sim o fato de que havia um hack que permitia ao personagem CJ aparecer em cenas eróticas com sua namorada e o jogador podia controlar “os movimentos”, digamos assim. Os Estados Unidos também tiveram que mudar a classificação do jogo para conteúdo adulto.
Grand Theft Auto – já não bastasse a malha fina da Indonésia, o povo também não coopera. Os jogos de GTA são sempre controversos, como dito anteriormente. Um jogador viciado de 18 anos resolveu tentar assaltar um taxi e acabou matando o motorista com uma faca. A desculpa é que ele queria ver se era tão fácil assim roubar um taxi como era no jogo. Ele acabou preso e o jogo foi retirado das prateleiras do país.


Ethnic Cleansing – já imaginou ser um skinhead ou um membro da Klu Klux Klan? Bem, esse jogo não só permite isso, como o principal objetivo é exterminar judeus, afroamericanos e latinos. O chefão do jogo é Ariel Sharon, o ex-primeiro ministro de Israel. A empresa que criou o jogo, que inclusive era formada por neonazistas e se chamava Resistence Records, foi processada por muita gente e por empresas como Microsoft e Sony. O jogo obviamente foi banido no mundo todo. Eles ainda chegaram a lançar uma continuação chamada White Law que posteriormente foi banida também.


Muslim Massacre – assim como o jogo anterior, este permite que você extermine muçulmanos e até mesmo Alá. Entretanto esse jogo foi criado por um australiano conhecido pelo pseudônimo de “Sigvatr” que afirmou ter se inspirado na guerra contra o terrorismo lançada por George W. Bush a alguns anos atrás. Acabou sendo banido no mundo todo.


Thrill Kill – o jogo foi banido antes mesmo de ser lançado. Inspirado na jogabilidade e estilo do Mortal Kombat, esse jogo se tornou talvez o mais insano do mundo! (e o primeiro a permitir 4 jogadores ao mesmo tempo no ringue) A começar que a história se passa quando uma deusa fica entediada e resolve botar algumas almas atormentadas do inferno para lutarem entre si. O vencedor ganharia uma reencarnação. Aí os personagens vão de gente mutilada a semi-demônios, todos totalmente bizarros, sádicos e brutais. A EA Games decidiu descartar o jogo por ser muito violento e com medo de que afetasse sua imagem. Também não permitiu que outras empresas o comprassem e lançassem.


Baby Shaker – o jogo lançado para smartphones consistia em acalmar um bebê que chorava e para isto bastava chacoalhar o aparelho. O problema é que se você chacoalhasse demais matava o bebê. O jogo causou tanta polêmica e revolta que foi banido 48 horas depois de ser lançado.


Carmageddon – seria só mais um jogo de corrida como qualquer outro se não fosse pelo fato de que atropelar as pessoas e destruir os carros inimigos é totalmente permitido e até incentivado. Cada corrida deve ser feita em um certo tempo, mas esse tempo pode aumentar conforme o número de atropelados e carros destruídos. Na época em que foi lançado, o jogo ganhou a fama de ser banido de um monte de países e acabou se tornando lendário. No Reino Unido os pedestres humanos foram substituídos por zumbis com sangue verde e na Alemanha foram substituídos por robôs. Porém, nem sua nova versão lançada a alguns anos atrás foi poupada da censura, sendo banido do Brasil também.


MENÇÕES (DES)HONROSAS

Pinball – inicialmente o jogo recompensava o jogador com dinheiro e por causa disso foi banido por ser considerado um jogo de azar. A proibição só foi retirada quando as máquinas pararam de recompensar os jogadores e finalmente se tornaram um ícone na história dos jogos.


Resident Evil 5 – não foi banido e nem censurado, mas foi tachado de “racista”. O jogo se passa na África e você tem que matar zumbis negros. Algumas pessoas não gostaram disso e declararam que era só uma desculpa pra maltratar os negros. Claro, porque até então matar os zumbis brancos no 1, 2, 3 e 4 não tinha problema, não é mesmo? Os criadores disseram que não tem só zumbis negros, mas que eles estão em maior quantidade porque estão na África.


Dj Boy – este jogo também foi considerado racista. Um garoto de patins tenta salvar sua namorada que foi sequestrada por uma gangue. Em certa parte do jogo aparece um chefão que é uma mulher negra e gorda que aparentemente te odeia sem motivo algum. Os conservadores mais uma vez criticaram outro jogo por causa do estereótipo.


Gekisha Boy – lançado para PC Engine ou Turbografix 16, um console da NEC, o jogo consistia em você controlar um fotógrafo que fazia de tudo por uma boa foto para tabloides. O jogo japonês propiciava o seu encontro com super-heróis, como o Homem-Aranha, e celebridades dos anos 90, como o Michael Jackson. A polêmica se deu porque todos os personagens negros que não eram o Michael Jackson ou eram cafetões ou eram prostitutas. O jogo ainda mostra outros estereótipos com pessoas brancas, ou seja, ofende os ocidentais também. Obviamente a crítica caiu matando em cima quando chegou às prateleiras do ocidente.


Square's Tom Sawyer – o jogo conta a história do famoso Tom Sawyer (se você não conhece, recomendo fortemente que leia o livro). No jogo, porém, há um personagem negro e totalmente estereotipado. Com lábios enormes, o personagem causou certa polêmica e a Square nunca teve coragem de trazer o jogo pro ocidente porque sabia que provavelmente ia dar em caca.

Note o mesmo personagem no canto inferior direito deste desenho da capa do jogo.

Minecraft – autoridades turcas chegaram a cogitar a possibilidade de banir o Minecraft de seu país. O aparente jogo inofensivo de construção de mundos por blocos está sendo visto como uma ameaça e possivelmente uma má influência para crianças, principalmente pelo fato de que você pode matar qualquer um e conseguir materiais e equipamentos desta forma. Muito embora a situação esteja ainda sendo investigada pelo governo turco o jogo continua sendo legal no país, mas a possibilidade de banimento ainda não foi descartada.


Valis X – o jogo original da saga de Valis consistia em ser uma crítica até bem bolada sobre a sociedade japonesa, principalmente no que se refere à prostituição “legalizada” que rola por lá (quem já jogou Yakuza pra PS2 sabe do que eu estou falando), além de mostrar outras virtudes do ser humano e exaltá-las, como qualquer bom jogo. A franquia de 4 títulos de Valis foi muito bem recebida no ocidente também e a infância de muita gente foi marcada pelas aventuras de Yuko, uma garotinha que lutava pra salvar o universo com sua espada mística Valis. Até aí não tinha nada de excepcional. Acontece que a empresa desenvolvedora, a Nippon Telenet, estava à beira da falência. Não tiveram dúvidas e lançaram o Valis X que nada mais é do que um remake do jogo original, só que aqui a Yuko é estuprada, agredida e humilhada, tudo na tentativa de salvar a empresa.  O game, outrora lendário e respeitado, se tornou um hentai dos mais asquerosos! Muitos fãs ficaram revoltados e consideraram uma enorme ofensa por parte da empresa, gerando uma polêmica destruidora. Adivinha o que aconteceu com a empresa no final? Isso mesmo, em 2007 ela faliu de vez. Em suma foi um “final fantasy” (quem conhece a história do FF sabe do que estou falando) que se prostituiu e não deu certo.


Bare Knuckle III – lançado para Mega Drive, o jogo tinha um chefão no mínimo inusitado chamado Ash ou mais conhecido por “Gay Boss”. O problema principal não é ele ser gay, mas ser estereotipado. Com roupas dignas de YMCA, Ash desmunheca a todo instante e possui golpes "fabulosos". O jogo foi tachado de homofóbico e na época, onde os ignorantes ainda reinavam, o personagem também foi uma afronta aos conservadores.


Bubble Bath Babes – criado para o nintendinho, o jogo era um tetris pornográfico. Mulheres nuas se dispunham na parte inferior como se estivessem numa banheira e as peças criadas com bolhas subiam para se encaixar na parte superior. O jogo não era licenciado pela Nintendo. Esse entrou pra lista porque achei criativo.

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Pra a postagem não ficar muito longa e cansativa, dividi todas as 3 categorias em 2 partes. A próxima postagem será publicada na semana que vem. Aguarde!

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1 Comentários

  1. Muito bom!! Vejam essa lista tbm http://kotakujogos.blogspot.com.br/2016/03/os-melhores-jogos-gratis-para-computador.html?m=1

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