“Tudo tem seu preço.”
História simples que brinca com alguns clichês de filme de ação, e entrega um filme interessante.
Conheça John Wick, mais um “cara qualquer” que acabou de perder a
mulher para o câncer. Desolado, ele vê que antes de morrer, a mulher lhe deixou
um carro e um cão filhote, para que ele não ficasse sozinho. John está tranquilamente em um posto abastecendo seu
carro, quando é abordado por um riquinho (desses que nós vemos de faculdade
particular aqui no Brasil) que lhe dispara quanto
quer no carro. John recusa e antes de sair recebe a frase “Tudo tem seu preço”. E tem,
principalmente se tratando de John Wick, revelado como um assassino
profissional aposentado, que agora tem de voltar
ao jogo. Pelo quê? Mais simples ainda: uma surra que leva do riquinho, seu
filhote de cão assassinado na sua frente, bem como seu carro roubado. O que vem
a seguir é o que chamamos de clássica eliminação de capangas até se chegar ao chefe
de todos, como em um vídeo game.
O que faz se destacar no filme mesmo é o papel que é quase um presente para Keanu Reeves exorcizar
alguns demônios pessoais dele. Tirando alguns excessos da ficção, Keanu Reeves
é o John Wick da vida real, portanto diferente de tantas atuações apáticas que
ele deu ao longo da carreira, aqui ele entrega um trabalho sincero, em tom de desabafo, tanto que considero,
junto com o Neo em Matrix, e em
parte em Constantine, a melhor atuação da trilha dele no confuso mundo
dos cinemas. William Defoe também dá
as caras, tornando o filme mais atrativo, porém o personagem que lhe dão acaba
sendo um tanto decepcionante, ele ficaria melhor como a função inicial de
antagonista. Porém em tempos cada vez politicamente corretos, em que filmes atuais de ação se preocupam
muitas vezes em colocar um protagonista galã do que uma história agitada e
violenta, John Wick, pela maneira que é filmado, lembra os filmes de gato e rato dos anos 70, que tinham uma
atmosfera noir, onde os finais eram
memoráveis, por mostrar o ciclo violento
pela busca de objetivos simples. Agora só resta esperar que não inventem de
fazer sequências desse filme, principalmente aqueles que mudam o ator principal
por questão de orçamento.
Nota: 7.0
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Até o próximo.
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