O que porra fizeram com a minha reputação? |
Inspirado sobre o quanto tem se falado sobre essa série do Constantine ser cancelada ou não ( e ela acabou sendo!),
resolvi pontuar algumas coisas que acho positivo, tanto no filme que foi feito
em 2005 estrelado pelo Keanu Reeves,
quanto a série que foi lançada em 2014. O que não pode
deixar de ser dito, é o quanto falta para ambas serem ao menos 40% do que os quadrinhos de Hellblazer são.
ROTEIRO:
Filme de 2005. Por mais que
a série seja mais fiel ao material original, deve-se convir que o roteiro do
filme, (embora bastante chapado por ter feito algumas modificações bruscas) é
ainda mais corajoso e incisivo que o da série, que devido provavelmente ao
baixo orçamento, vai barateando muitas vezes algo interessante que tinha para
filmar.
FIDELIDADE:
Eu penso que Constantine talvez tivesse emplacado como
um sucesso se tivesse optado a criar livros e personagens plagiando Hellblazer, colocando tudo na roupagem que colocou, casos
parecidos nós vemos por ai com certo bruxo
da Warner em relação a “Livros da
Magia”... Apesar de como mencionada a limitação que a série se impõe,
incluindo a parte ridícula de não poder
fumar, a série vem tentando aos poucos, pardamente adaptar o material de Jamie Delano com John Ringway nos anos
80 com o personagem, só que sem o charme que as histórias tinham nos anos 80,
incluindo o psicodelismo.
NARRATIVA E DIREÇÃO:
O filme. A direção é mais competente, só que mais uma vez saliento: censuras de
TV e orçamento apertado só não te atinge se você tiver além de criatividade
exemplar, e uma força de vontade maior ainda. O filme consegue prender mais sua
atenção nas principais partes, graças à direção muita bem executada, um caso
claro disso é a cena em que Lúcifer
vem buscar a alma de Constantine, uma aula como se filmar.
EFEITOS ESPECIAIS:
Mais
uma vez um filme, aliais, não só efeitos, como maquiagens e sons que casam bem
com muitos momentos. Pena a canastrice vir depois de todos esses momentos bons.
Enquanto o filme dá uma visão bem desenvolvida do inferno (embora os anos 80 em
Hellblazer sejam supremos em desenhos do inferno), enquanto a série mostra um
Nergal azul que aparece por alguns segundos, mas parecendo uma paródia da
Sessão da Tarde.
PROTAGONISTA:
A série, de certeza. A
primeira vez que vi Matt Ryan, parecia que a ilustração do John tomando um café
ao descobrir que tem câncer tinha ganho vida. Tanto que na expectativa entre
Flash, Gotham e Constantine, eu cheguei a ter esperança de ver algo tão
memorável como a fase do Garth Ennis, e quando eu falo dessa fase, “Hábitos
Perigosos” que é a mais comentada, é só a ponta do iceberg, a porra toda começa
mesmo quando a Kit deixa o John e ele vira um mendigo— Matt Ryan nasceu para o
papel, apesar do Reeves ter claramente gostado e se esforçado a maneira dele no
papel, mas enquanto Reeves atuava e você lembra do Neo, Matt Ryan se mostra uma
transcrição.
PRINCIPAL ANTAGONISTA:
A série ainda não tem, fica nessa de “inimigo da semana” e “vamos ver o que o
nosso mapa vai revelar hoje para nossa aventura crianças” e não põe realmente
alguém que realmente seja inimigo de John Constantine, mesmo John sendo estilo
o Cazuza “...Digo Alô ao amigo, encontro um abrigo no peito do meu traidor”, o
máximo que a série mostrou foi o Papa Meia-Noite, de modo parcial. O filme
preferiu colocar inimigos mais insanos como o Anjo Gabriel, Balthazar e Lúcifer
(Que deveria ser o Primeiro dos Caídos, já que Lúcifer é outro), a atuação
breve de Peter Stormare é de longe a melhor do filme, junto com seu personagem.
COADJUVANTES:
Sem dúvida um dos maiores
chutes que o filme dá é fazer o Chas ter virado um discípulo juvenil do
Constantine. A série mostra personagens de apoio mais consistentes, embora o
Chas da série esteja ainda muito pacifico e seja sei lá o que, já que pode se regenerar.
Quem sabe um dia teremos um Chas como o das HQs mesmo que chegava com um pé de
cabra pra resolver as situações? Sem falar na Zed, que fica um pouco mais
próxima da origem dos quadrinhos.
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Até o próximo.
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