Senhores,
eu realmente sinto ódio e decepção pelo resultado que o nosso país acaba de
tomar hoje, dando mais quatro anos a
toda a bandidagem e anarquia que vive o nosso país. Peço forças para Deus para
que possamos lidar da maneira mais firme possível com o que nossa nação vai virar,
nós seremos mais caçados e reprimidos ainda pela inversão de valores que cada
vez mais se solidifica, mas sei que ao termino do dia, não teremos a
consciência suja por ter incentivado e participado dessa imundície que nosso
país se tornou.
O título dessa
postagem se remete a um dos inúmeros pontos altos de Watchmen, em um teste de
Rorscharch, Walter Kolvacs é questionado por um psiquiatra sobre o que ele
vê nas pranchas, em um gesto análogo do escritor traduzir aquela situação como
o nosso cotidiano, onde o cidadão médio egoísta sabe e se conforma com as mazelas
diárias, mas mesmo assim pergunta aos demais se está tudo bem, em uma maneira de tentar filtrar a realidade, bem
como no quadrinho, bem como no nosso mundo, olhamos para o erro, a corrupção,
injustiças, e tudo que fazemos é dar um
sorriso e confirmar um status de que tudo está sobre controle.
E não sei ao
senhor ou senhora que lê isso, mas eu me sinto humilhado por ver que o país
onde nasci, cresci, cantei o hino durante toda a infância nas escolas, se
tornou um amontoado de pessoas covardes,
corruptas e que temem qualquer minímo de raciocínio ou lógica, que aceita a
corrupção por também ser corrupto. Estamos vivendo no meio de pessoas que não
se importam com um patrimônio nacional como a Petrobras ser desfalcado por conta de porcentagens de roubo para
manter mais forte um partido,
pessoas que sofrem diariamente com a branda lei aos crimes, com a polícia sendo
transformada em “mal necessário e que deve ser pouco utilizado”, hospitais
públicos mais porcos que açougues, transportes públicos mais cheios que muitas
carroças, e a tudo isso, o “cidadão”
vem responder “sim, mas todos roubam,
pelo menos esse fez pelos pobres”. É justo essa permissividade,
identificação com o agressor que me fazia temer mais esse dia e esse resultado
que mesmo estreito, acabou chegando. Transformaram Aécio Neves em um “capitalista
opressor”, um “ofensor das mulheres” e “odiador dos pobres”, enquanto quebram
nosso país com a maior naturalidade possível, sem o mínimo de honra ao patriotismo
que devia ter o ser humano.
Tivemos a era
de mais escândalos, a própria revista
Veja tentou ser censurada pelo atual governo por estar mostrando
incansavelmente o celeiro que virou nosso dinheiro público, até mesmo uma copa
do Mundo que desafia a palavra superfaturada nos fez uma metáfora com aquela
seleção sobre o modo que nós estamos trabalhando no Brasil: pessoas despreparadas, sem plano de ação,
sendo esmagadas pela concorrência. O nosso país virou uma piada, e o mais revoltante, é ver o
brasileiro em vez de se revoltar com o que vê e tomar uma atitude, se revoltar
com quem fala do que está de fato acontecendo, infelizmente o brasileiro hoje
provou ser um corno que mata quem possuiu a sua mulher, responsabilizando esse,
e não a mulher que o traiu, é o mais próximo de semelhança de comportamento em
negar a realidade que eu vejo. É o paradoxo de sempre ver uma linda borboleta
no lugar do cão com a cabeça rachada, a bandeira nunca precisou ser tão amada e
defendida quanto agora.
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