Eu vou parafrasear o senhor Garth Ennis num prefácio que escreveu para uma edição especial em capa dura do Wolverine e dizer que na maior parte das vezes eu preferiria ter uma lula gigante grudada no meu rosto do que assistir uma história romântica. Não é a minha praia cara, não é mesmo. Eu corro de histórias românticas como o diabo foge da cruz. Em séries, em livros, em filmes eu estou sempre procurando escritores que façam alguma coisa diferente, que estejam interessados em contar outro tipo de história (qualquer outro tipo, menos a romântica). Sempre amei Friends, mas quando começava aquele drama de "Será que a Rachel vai ficar com o Ross?" eu notei que simplesmente não me importava, não estava nem aí, fiquem juntos ou não fiquem, pra mim tanto faz. Quase enfartei de felicidade quando no último episódio de True Blood o Bill Compton morreu e ele e a Sookie não terminaram juntos. Acho que o grande mérito de Harry Potter é focar na força da amizade, confiança e lealdade ao invés de simplesmente ser sobre o fácil e cômodo amor romântico, que o do Senhor dos Anéis é mostrar que esse tipo de coisa existe mas é é apenas uma coisa num oceano de coisas diversas maiores, e que o das Crônicas de Gelo e Fogo/Game of Thrones é dizer que esse tipo de sentimento sublime, delicado e precioso existe sim e é muito especial, mas pode ser (e com 99% de chance, será) reduzido a cinzas pela cruenta roda viva que é este mundo em que vivemos. Já disse pra mim mesmo que o motivo de não me interessar por histórias de "era uma vez um menino que conheceu uma menina" é o fato delas serem fáceis e clichês. E isso é uma puta mentira que eu conto pra mim mesmo, pois no fundo tenho plena consciência de que as histórias de "era uma vez um menino corajoso que precisava enfrentar um inimigo terrível" são igualmente fáceis e clichês, e eu as consumo em doses estratosféricas, jamais me canso delas, quero sempre mais. Qual o problema então com as histórias românticas? Não existe nenhum, eu é que não gosto, não por qualquer motivo específico, é paladar mesmo. Se seu organismo não se dá bem com determinado tipo de alimento não são argumentos lógicos e racionais que vão alterar seu paladar e te fazer passar a gostar daquela comida. Não gosto de histórias românticas assim como não gosto de carne bovina. E ponto.
Tudo isso dito, aqui estou escrevendo só para tecer loas e enaltecer o grande filme romântico do ano, e acrescento sem medo de exagerar, possivelmente da década. Que coisa, hein? Mas A Culpa é das Estrelas merece todos os elogios. É único, é um feito, é impressionante. Acrescento um adjetivo que raramente emprego: É brilhante. Olha aí, chato como sou, mais fácil é ganhar na loteria do que arrancar um "brilhante" da minha boca. Mas dou o braço a torcer aqui, esse é, a história é brilhante. No cinema é a maior história romântica contada desde do Titanic de James Cameron, e merece ser colocado na prateleira do lado deste, de Ghost, Uma Linda Mulher e o Guarda-Costas. Direção nota dez, fotografia dez, trilha sonora dez e todos os aplausos para a performance de Shailene Woodley.
Não entendo nada de histórias românticas. Estou tão próximo de ser um especialista nesse assunto quanto de ser um astronauta. Mas entendo um pouco (leia-se por "entendo", um "gosto muito e consumo bastante") histórias em geral e arte e ficção. Vou deixar os méritos sobre a parte romântica para quem manja e ficar na minha área, é bem feito, bem escrito e bem bolado. Os diálogos são bons. Essa visão inovadora é um jorro de luz num oceano de mesmisse e falta de criatividade. Não sou talhado para classificar o valor enquanto história romântica, atesto aqui o valor literário e o artístico.
Mas considerando o que eu disse no início sobre a lula gigante, arrancar tantos elogios é alguma coisa, não é? Só ter conseguido me prender até o final APESAR de ser uma história romântica já é. Se comigo, que não curto, teve esse efeito, nem alcanço conceber o estrago que fez nos miolos dos apreciadores do gênero. Veredicto do Ozymandias Realista? Numa escala de zero a dez, o filme A Culpa é das Estrelas leva um dez. Qualquer outra coisa seria um injustiça.
Tudo isso dito, aqui estou escrevendo só para tecer loas e enaltecer o grande filme romântico do ano, e acrescento sem medo de exagerar, possivelmente da década. Que coisa, hein? Mas A Culpa é das Estrelas merece todos os elogios. É único, é um feito, é impressionante. Acrescento um adjetivo que raramente emprego: É brilhante. Olha aí, chato como sou, mais fácil é ganhar na loteria do que arrancar um "brilhante" da minha boca. Mas dou o braço a torcer aqui, esse é, a história é brilhante. No cinema é a maior história romântica contada desde do Titanic de James Cameron, e merece ser colocado na prateleira do lado deste, de Ghost, Uma Linda Mulher e o Guarda-Costas. Direção nota dez, fotografia dez, trilha sonora dez e todos os aplausos para a performance de Shailene Woodley.
Não entendo nada de histórias românticas. Estou tão próximo de ser um especialista nesse assunto quanto de ser um astronauta. Mas entendo um pouco (leia-se por "entendo", um "gosto muito e consumo bastante") histórias em geral e arte e ficção. Vou deixar os méritos sobre a parte romântica para quem manja e ficar na minha área, é bem feito, bem escrito e bem bolado. Os diálogos são bons. Essa visão inovadora é um jorro de luz num oceano de mesmisse e falta de criatividade. Não sou talhado para classificar o valor enquanto história romântica, atesto aqui o valor literário e o artístico.
Mas considerando o que eu disse no início sobre a lula gigante, arrancar tantos elogios é alguma coisa, não é? Só ter conseguido me prender até o final APESAR de ser uma história romântica já é. Se comigo, que não curto, teve esse efeito, nem alcanço conceber o estrago que fez nos miolos dos apreciadores do gênero. Veredicto do Ozymandias Realista? Numa escala de zero a dez, o filme A Culpa é das Estrelas leva um dez. Qualquer outra coisa seria um injustiça.
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