MEGA POST: Tie-ins de Guerras Secretas – Parte 4


Antes de qualquer coisa, é bom lembrar que na época do lançamento de Guerras Secretas, o editor Tom Breevort disse que todos os tie-ins, embora levassem os títulos de grandes sagas que marcaram a Marvel, os autores teriam total liberdade de escolhas e adaptação das histórias.

Guerras Secretas – O Cerco e Caveira Vermelha, com a minissérie Siege, escrito por Kieron Gillen e a Caveira Vermelha, escrito por Joshua Williamson, lançado pela Editora Panini.


Caveira Vermelha mostra um esquadrão formado por Magneto, Electro, Rocha Lunar, Soldado Invernal, Halloween e Lady Letal, sob o comando de Ossos Cruzados, que foram enviados a mando de Destino para se certificar de que o Caveira Vermelha estava realmente morto. Lendas diziam que o Caveira havia sobrevivido às Terras Mortas e seus ideais de que Destino era uma farsa começavam a se espelhar pelo Mundo Bélico. Não sou de fazer comparações, mas foi inevitável não pensar no Esquadrão Suicida ao ler as primeiras páginas dessa minissérie em três edições, onde uma equipe de vilões é enviada para uma missão suicida com coleira inibidoras de poder e com sua liberdade em jogo caso sejam bem sucedidos. O problema é que, já a partir da segunda edição, a trama muda drasticamente e se perde, a meu ver. Leitura insatisfatória.

Faz dez anos que a Comandante Abigail Brand lidera as forças de defesa do Escudo rechaçando qualquer ataque contra os domínios de Destino. Enquanto se preparavam para um novo ataque vindo do sul, uma versão futura de Kang aparece e diz que, em 20 dias o Escudo cairá e Thanos será o responsável por isso. A partir daí, um clima de tensão e perigo se instala, à medida que a contagem regressiva para os 20 dias chega ao fim, e os defensores da muralha não fazem ideia de quem é Thanos... até o dia em que ele aparece! Um dos poucos tie-ins que faz ligação direta com a saga principal. Mostra basicamente os últimos dias do Escudo e do domínio do Deus Destino sobre o Mundo Bélico. O humor sagaz de Abigail está presente do início ao fim, sendo a personagem principal. De resto, uma narrativa fluída e um roteiro que não compromete, mesmo tendo de fazer uma conexão íntima com a saga em si. Leitura recomendada.

Guerras Secretas – Zonas de Guerra, com a minissérie 1872, escritor por Gerry Dugan e desenhos de Nik Virella, e Onde Vivem os Monstros, escrito por Garth Ennis e desenhos de Russ Braun, lançado pela Panini.


1872 conta a história da cidade de Timely, governada pelo inescrupuloso Prefeito Wilson Fisk. O único que mantém a integridade e cumpre a lei é o Xerife Steve Rogers. Depois de salvar a vida do lobo Vermelho que seria injustamente enforcado por tentar destruir uma barragem que impedia a água de chegar a seu povo, Rogers desperta a ira de Fisk e do Governador Roxxon, que envia um grupo de mercenários em seu encalço. Um clássico conto de faroeste, com todos os elementos que seus fãs apreciam, envolvendo heroísmo, bravura, corrupção e vingança. Durante a história é possível perceber vários personagens do universo Marvel em papéis bem distribuídos. A arte combina com o estilo da história e deixa no ar um desejo de querer ler mais. Leitura recomedada.

Onde Vivem os Monstros, conta a história do vigarista e aproveitar piloto da Primeira Guerra Mundial, Karl Kaufmman. Enquanto tentava fugir de mais uma de suas armações, se deparou com a bela Clementine Franklin-Cox, que necessitava de uma carona, mas logo foram pegos por uma estranha tempestade que os direcionou a um mundo selvagem e habitado por selvagens dinossauros e criaturas gigantescas. Mas não só isso, o lugar era habitado por uma tribo de guerreiras e escondia mais segredos do que se podia imaginar. Uma história típica de Garth Ennis, com seu humor negro e sem medo de desconstruir um antigo, pouco conhecido, mas bravo herói de guerra, transformando-o em um canalha incorrigível. A revelação final e o destino de Kaufmman fecham com chave de ouro essa história maluca e divertida. Leitura recomendada.

Guerras Secretas – Guardiões da Galáxia 4, Com as minisséries Senhor das Estrelas e Kitty Pryde e Capitã Britânia, lançado pela Panini.


O primeiro arco em três partes, escrito por Sam Humphries e desenhos de Alti Firmansyah, conta as aventuras de Peter Quill, um dos poucos sobreviventes que escapou na balsa criada por Reed Richards e que foi parar no Mundo Bélico. Ele vem se escondendo na Sala Silenciosa e conhece a versão de Kitty Pryde que trabalha para a Fundação Futuro de Deus Destino. Ela está atrás de uma anomalia para Valéria, mas é roubada por Gambit, o Colecionador. Uma aventura rápida e divertida, sem mais nada a acrescentar. Os desenhos cartunescos ajudam a dar o tom cômico da história. Leitura razoável.

O segundo arco em duas partes, escrito por Al Ewing e desenhos de Alan Davis, conta a história de Yinsen City, domínio em que Yinsen foi salvo no lugar de Tony Stark e agora rege seu domínio de maneira justa. Porém, com a chegada de Faiza Hussain, a Capitã Britânia e de seus próprios questionamentos, a cidade toda é condenada a ficar à mercê da rival vizinha Mondo City, regida pela Baronesa e Thor Hill. A arte de Alan Davis continua em alto nível, mas a trama em si é simples e também não acrescenta muita coisa. Acredito que se a minissérie fosse um pouco mais longa, haveria tempo para um desenvolvimento melhor. Leitura razoável.

Guerras Secretas – Homem-Aranha 4: Guerras Secretas 2099, escrito por Peter David e desenhos de Will Sliney, lançado pela Panini.


Guerras Secretas 2099 mostra a cidade de Nueva York, dominada por megacorporações, onde uma delas, a Alchemax financia seus heróis, os Vingadores que são liderados por Miguel Stone, ex-Homem-Aranha. Depois que um de seus integrantes sofre um atentado de morte, os Vingadores são convocados para investigar e se deparam com os Defensores, um grupo de heróis que age de forma independente. Peter David dá continuidade ao universo 2099 que ele mesmo criou nos anos 90, reimaginado para o Mundo Bélico. E faz isso bem a seu estilo, com diálogos sagazes e, por vezes, divertidos, personagens bem definidos e muitas vezes debaixo de um código dúbio, e uma trama que reserva uma pequena surpresa no final. Leitura recomendada.

Guerras Secretas – Vingadores 4, com a minissérie Salve a Hidra, lançado pela Panini.


Em Salve a Hidra, conhecemos mais um sobrevivente da Terra 616 antes de Guerras Secretas – Ian Rogers, filho de Arnin Zola e que foi criado por Steve Rogers e Sharon Carter. Ian vai parar no Mundo Bélico quando enfrentava Zemo momentos antes do fim de tudo, e acaba parando em um domínio regido por Zola e cuja resistência é liderada por Rogers. Rick Remender, criador de Ian, enfoca no personagem tentando lidar com toda essa situação, e aproveita mais uma vez para tratar de questões familiares, assim como fez em sua passagem pela revista do Capitão América na fase Marvel NOW. Além disso, deixa o final com muitas questões em aberto, ficando à cargo da imaginação do leitor. A história complementar traz o agente Hank Johnson da Hidra e seu dia-a-dia. Uma história completamente hilária com momentos divertidos do começo ao fim. Destaque para a cena inicial emulando a invasão de Nick Fury ao QG da Hidra extraído da revista Nick Fury, Agente da SHIELD #1 lançada nos anos 60 com desenhos de Jim Steranko. Leitura satisfatória para a série principal, mas a história do agente Johnson é altamente recomendada, pena que não foi uma minissérie também.

Guerras Secretas – O Fim do Universo Ultimate, escrito por Brian Bendis e desenhos de Mark Bagley, lançado pela Panini.


Fim do Universo Ultimate mostra um domínio diferente de Manhattan. Quando Destino criou o Mundo Bélico, uma “anomalia” passou despercebida e uma mistura das Terras 616 e 1.610 sobraram com alguns heróis de ambas as Terras situados em Manhattan. Agora, eles precisam descobrir o que está acontecendo. Foi mais uma boa história como parte dos tie-ins de Guerras Secretas, mas como um final definitivo para o Universo Ultimate, achei que poderia ter sido melhor, o Ultiverso merecia um fim mais impactante. De qualquer forma, Brian Michael Bendis, que teria todo o direito de por um fim no universo que ele praticamente criou, tratou de homenagear seus dois personagens mais queridos dessa Terra – Peter Parker e Miles Morales. A participação do Justiceiro 1.610 entrando em colapso foi um bom acréscimo, embora não tenha necessariamente influenciado diretamente em eventos cruciais. E mais uma vez, fica claro que o Doutor Destino é um dos, senão o maior nome dessa grande saga Marvel que foi Guerras Secretas. Leitura razoável.

Guerras Secretas – Capitã Marvel e a Tropa Carol, lançado pela Panini. 


Temos o Esquadrão Banshee, a linha de defesa aérea de Hala, liderado pela Capitã Marvel. Suas proezas são conhecidas, mas seu interesse pelo desconhecido pode por tudo a perder. Alguns eventos fazerm com que Carol e suas companheiras comecem a questionar o que há além dos limites de Hala. Esse forte desejo faz com que sejam consideradas blasfemadoras e perseguidas pela Tropa Thor. Capitã Marvel e a Tropa Carol é, acima de tudo, uma história sobre amizade e o forte desejo de satisfazer a curiosidade, sair da zona de conforto, mesmo que isso coloque em risco a própria vida. Leitura recomendada.

Por Roger


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