Vingadores vs X-Men vs Quarteto Fantástico (Editora Panini)

A Panini lançou o encadernado Vingadores vs X-Men vs Quarteto Fantástico, e você confere agora a Opinião do Planeta aqui no Ozymandias Realista.



X-Men vs. Quarteto Fantástico foi uma minissérie em quatro edições escrito por Chris Claremont e desenhado por Jon Bogdanove, lançado em 1987.


Na edição #1, vemos o Quarteto Fantástico que durante um tempo teve em suas fileiras a Mulher-Hulk substituindo o Coisa. Mas, com o retorno de Ben, a equipe está passando por um momento de transição. Franklin tem mais um de seus pesadelos de premonição onde seu pai Reed comete um erro fatal envolvendo sua família e os X-Men.
Após o Massacre de Mutantes, Noturno, Colossus e Kitty foram feridos gravemente pelos Carrascos. Magneto, agora tentado se redimir de seus atos passados, descobre que Reed está trabalhando um aparelho de regeneração molecular que pode ser o único meio de salvação de Kitty. Às portas de ser julgamento pelos seus crimes passados, Magneto consegue convencer Reed a ajudar.
Porém, o Sr. Fantástico deixou uma discussão pendente com Sue sobre um diário de Reed onde mostra um suposto erro de cálculos antes deles realizarem sua viagem que os expuseram aos raios cósmicos. Esse evento do passado desencadeia uma reação extrema em Reed que começa a questionar de sua capacidade intelectual. Isso faz com que ele falhe em salvar Kitty. Os mutantes não acreditam que o Sr. Fantástico fez tudo a seu alcance para salvar a jovem Lince Negra e a confusão está armada.


Na edição #2, há um breve confronto entre o Quarteto (Sr. Fantástico, Tocha, Coisa e Mulher-Hulk, pois Sue não tinha condições de ir devido a sua descoberta) e os X-Men na Ilha Muir. Por causa do Massacre de Mutantes, o Dr. Destino envia um de seus robôs para averiguar a situação e oferece ajuda, afirmando ser a única esperança de vida para Kitty.
O Quarteto retorna derrotado em sentido emocional, pois temem que os mutantes aceitem essa proposta maligna. No edifício Baxter, Sue conta aos outros o conteúdo do diário de Reed que supostamente contém toda a verdade sobre sua viagem espacial que os transformaram no Quarteto Fantástico, uma verdade macabra e reveladora.
Enquanto isso, os X-Men debatem sobre que decisão tomar, já que eles não veem outra solução a não ser aceitar a oferta de Destino para salvar Kitty Pryde. No final, Ororo, atual líder do grupo tem de tomar a decisão que pode mudar tudo.
Há uma cena interessante, onde Vampira beija o Coisa para sugar seus poderes. Podemos perceber dois seres super poderosos, mas devido a isso, são muito carentes de afeto. Vampira chega a chorar de emoção ao absorver as lembranças amarguradas do Coisa.


Na edição #3, na Latvéria, Destino cura Ororo que foi queimada sem querer pelo Tocha Humana no breve confronto anterior. Kitty, sabendo que sua cura significa deixar os X-Men em eterno débito com Destino, une suas últimas forças e decide tirar sua própria vida, mas é impedida por Franklin que estava em sua forma astral observando os acontecimentos.
Em Nova York, o Coisa, que tinha abandonado o grupo sofre com sua baixa autoestima, enquanto que Johnny se sente egoísta com o que está sentindo com a situação toda. Reed continua amargurado, mas encontra em seu filho Franklin, uma renovada vontade de continuar a viver, e isso sensibiliza sua esposa.
Essa edição focaliza nos membros do Quarteto, em como cada membro lida com as descobertas do diário de Reed, e principalmente como cada um pode sair dessa situação revigorados.


Na edição #4, ainda um pouco inseguro, mas determinado a tentar salvar Kitty, o “Quinteto” Fantástico voa até a Latvéria. A projeção astral de Franklin tenta amenizar o sofrimento de Kitty.
Ao chegar à Latvéria, os dois grupos se confrontam novamente devido à uma manipulação de Destino, que não dá certo. Já dentro do laboratório do monarca latveriano, ele e Reed acabam travando uma luta psicológica, onde Destino pretende sair vitorioso, não se importando logicamente com a vida da jovem mutante.
A batalha interior de Reed é intensa, mas no final ele supera todas as suas dúvidas sobre si mesmo e a estrutura molecular de Kitty é regenerada, embora ela ainda se mantenha em sua forma fantasma. Sue parece ter descoberto outros segredos envolvendo o passado de Reed e Destino, passado esse que é mais explorado quando Johhny conversa com a Mulher-Hulk. Franklin teve um papel de suma importância em duas ocasiões nessa última edição.

Uma história surpreendente que vai muito além de pancadaria sem motivos. Vemos o conflito de Reed Richards que sempre foi uma pessoa muito segura de si por ser tão metódico e calculista. A quebra e reconstrução da família fantástica mostrando os dilemas de cada um. Os X-Men, embora pareçam ser apenas coadjuvantes de luxo tem uma participação quase que igualmente importante já que a trama se originou de um de seus membros gravemente feridos, e alem disso, é possível observar bem as personalidades de cada sendo bem exploradas durante a história. E também fica visível a motivação que leva Destino a ter uma rivalidade mortal com Reed Richards, mostrando bem a grande diferença que existe entre os dois, embora em termos de genialidades, se equiparam. Uma excelente história.

X-Men vs. Vingadores foi uma minissérie em quatro edições escrito por Roger Stern e Tom deFalco e desenhado por Marc Silvestre e Keith Pollard, lançado em 1987.


Na edição #1, é mostrado que Magneto foi julgado por seus crimes passados e absolvido por um tribunal internacional. Porém, essa decisão não refletiu a opinião da maioria, e um novo tribunal foi instaurado e a prisão de Magneto foi decretada. Para cumprir essa ordem, uma equipe de Vingadores foi convocada. A história em si começa com os Vingadores – Capitão América, Thor, Capitã Marvel, Dr. Druida, Cavaleiro Negro e Mulher-Hulk tentando deter uma tempestade de meteoros, que parecem ter uma origem estranha. Na URSS os Supersoldados Soviéticos estão investigando um estranho pulso eletromagnético que poderia causar muitos desastres no local. Enquanto isso, os X-Men – Magneto, Tempestade, Wolverine, Destrutor, Cristal e Vampira estão relaxando um pouco, quando Magneto ouve nos noticiários que os Vingadores evitaram a queda de fragmentos do asteroide que antigamente era sua fortaleza orbital. Ele sai escondido no encalço dos fragmentos e desperta a desconfiança dos outros x-men. Ficamos sabendo que o governo soviético está aramando uma emboscada para capturar Magneto. Os Vingadores também partem em busca do mestre do magnetismo, mas com a intenção de levá-lo a um novo julgamento, e os X-Men aparecem no mesmo instante. A confusão está armada.


Na edição #2, os Vingadores enfrentam os Supersoldados Soviéticos, enquanto que os X-Men resgatam Magneto e fogem do local. Mesmo a salvo, Magneto insiste em procurar os pedaços do seu asteroide, mesmo que sozinho. Ele encontra o asteroide, recupera algumas partes e decide destruir o resto devido a sua periculosidade. Os Vingadores chegam e começam a enfrentar Magneto, mas os X-Men também aparecem e ajudam o mutante. Ao fugirem do local com Magneto, os X-Men não percebem, mas o Dr. Druida também se escondeu no Pássaro Negro. Achei os Vingadores imaturos e precipitados em suas decisões, principalmente quando Magneto estava tentando destruir o asteroide.


Na edição #3, o jato dos X-Men está avariado e eles precisam realizar um pouso de emergência. O Dr. Druida é descoberto, enquanto que os Supersoldados Soviéticos conseguem se libertar da hipnose do Druida. Todos acabam se encontrado em Cingapura, onde os mutantes se confrontam com alguns dos soldados soviéticos e conseguem escapar num navio rumo à Holanda. Magneto acredita que a parte que ele recuperou de seu asteroide, incluindo seu capacete, é a chave para acabar com a animosidade entre humanos e mutantes. Os soviéticos, vingadores e x-men estão todos no navio que começa a afundar, mas todos eles trabalham em conjunto para salvar toda a tripulação. Magneto escapa sozinho e decide retorna à Cingapura. Algo me incomodou nessa edição – num determinado momento, o Capitão América se pergunta porque os X-Men decidiram ajudar Magneto, sendo que, durantes várias vezes, os próprios X-Men haviam dito para os Vingadores que eles estavam do lado de um dos seus, ou seja, de um mutante. Para mim, foi uma pequena falha no roteiro que poderia ter sido evitado se o roteirista prestasse mais atenção.


Na edição #4, vemos todo o preconceito do governo ao aprisionarem os X-Men depois do resgate no navio holandês, enquanto que os soviéticos voltaram a seu país natal. Os Vingadores são deixados de lado e o próprio governo assume a responsabilidade de detectar e capturar Magneto. O mestre do magnetismo, já em Cingapura, é salvo por alguns mutantes locais que acreditam na filosofia anterior de Erik, ou seja, a aniquilação dos humanos para a sobrevivência dos mutantes. Magneto consegue adaptar seu capacete para controlar mentes. Ele convoca o Capitão América e os X-Men, e pede a ajuda do Sentinela da Liberdade sobre o que fazer com esse poder. Seria correto manipular as mentes de todos os humanos para que seus sentimentos preconceituosos desaparecessem? É claro que o Capitão diz ser errado. Magneto reconhece seu erro depois de tentar controlar a mente do Capitão América e decide se submeter a um novo julgamento num tribunal internacional. Magneto é julgado, mas acha que o julgamento é uma farsa para condená-lo à morte. Temendo que uma decisão dessas resulte na exterminação de outros mutantes, Magneto consegue manipular a mente do juiz e a decisão de inocentar Erik é tomada. Ao sai do tribunal, Magneto se depara com outro problema – sua libertação enfureceu a humanidade e é tomado por um forte sentimento de insegurança.

Essa história é focada em Magneto e seu dilema moral para se manter firme em sua decisão de seguir os sonhos de Xavier numa convivência pacífica entre humanos e mutantes. O roteiro usou as batalhas com os Vingadores e os Supersoldados Soviéticos como plano de fundo, mas a questão mais importante estava em torno de Magneto e suas convicções. Infelizmente, achei a história, embora com uma excelente trama, mas pouco desenvolvida, apesar de dar um desconto para o contexto da época. Acredito que, essa história escrita com os parâmetros de hoje por um bom escritor teria uma narrativa melhor. De qualquer forma, no geral, a história com o Quarteto Fantástico foi melhor do que essa, embora as duas valem a leitura.

Por Roger

Postar um comentário

0 Comentários